Chegou o dia!
Às 17:40hrs embarco para dois anos longe do concreto de São Paulo, das praias de João Pessoa, do asfalto das rodovias brasieliras, dos hotéis em tudo que é capital de estado, dos amigos, da comida da velha, dos churrascos, e de tudo o que aqui tem de bom e de ruim.
Honestamente, nunca pensei em minha vida que tal coisa iria acontecer; nem mesmo nos sonhos mais estranhos que poderia ter isso passava pelo rol das maluquices. Dois anos de trabalho, de novas amizades, de aprendizado, de troca de conhecimento e principalmente daquele verdadeiro sentimento no coração de estar fazendo algo para alguém sem demagogia e tampouco sem dar esmola. Melhor que isso? Só ajudar a resolver o conflito na Somália.
Aos que aqui ficam, notícias terão de tempos em tempos mas sem periodicidade. Já não gosto muito dos prazos que as revistas me colocam para enviar os artigos, imaginem escrever no blog. Mas certamente existirá muita coisa para escrever e vontade não faltará.
Já começou a bater a saudade, infelizmente. É impressionante como este país e esta gente é cativante. Desconheço, nas minhas andanças pelo mundo lugar tão saudoso como o Brasil. Enfim, é cuidar dela para que não atropele-me como uma locomotiva de um TGV capaz de derrubar o mais forte dos seres.
Na mala, além daquilo que é necessário, ainda estão a bandeira da terra, a cafeteria para o expresso forte e quente (como deve ser), as fotos impressas daqueles que amo (ficaram lindas!), alguns livros, as músicas das minas gerais, do planalto, da amazônia, do nordeste e, no meio disso tudo, a pedrinha mágica que diz ser preciso voltar.
Enfim, é isso…
Pas! (em Tetun)