Mês: fevereiro 2007

O futuro promete (não sei ainda bem o quê)

Mesmo com as pancadas esporádicas de chuva que caem em Dili nesta manhã de sexta-feira, o dia começa quente. Três mortos e uma confusão digna da saída do Pacaembú em domingo de clássico. Barulho nas ruas das sirenes de polícia, mensagens de texto pipocando no celular e a ‘rádio peão” à toda.

E pior, o quadro pintado à frente não parece ter outra cor senão o vermelho sangue. Eleições, sentença de ex-ministro e agora a falta do arroz. Resta esperar e rezar (será que resolve!?) para que os ânimos se acalmem e tudo volte a tranquilidade.

Vega de novo

Já estão careca de saber que sou um fã da Banda Vega de São Paulo. Rock de primeira linha que me recorda os bons tempos de Plebe Rude, Camisa de Vênus, 365 (de quem inclusive regravaram “São Paulo”) e por ai vai.

Bem, hoje recebi um mailing deles com várias infos sobre shows em São Paulo (lamentável não estar na terra da garoa para assistir) e também um link para download de uma nova composição chamada “João Valentão”. A música original é do grandioso Dorival Caymmi (a qual já conhecia) e que ficou maravilhosa na nova roupagem “pop”.

Quer uma cópia? Pois então acesse este link, faça seu cadastro (coisa simples) e depois receba o endereço para download. Vale a pena os 5 minutos necessários para isso. Se quiser conhecer a letra da música, clique aqui.

O melhor (para mim) é o refrão da música que traduz o que sinto distante do Brasil:

“E assim adormece esse homem
Que nunca precisa dormir pra sonhar
Porque não há sonho mais lindo do que sua terra.”

Um mês de Timor

Hoje é aniversário. Há um mês pisei em solo timorense e por mais incrível que possa parecer e mesmo com todas as mudanças, estou sem inspiração para escrever. Culpa do remédio que se encontra longe.

Enfim, são menos trinta dias na conta.

Feliz Aniversário!

Duplo sentido

– Querida, não vai funcionar lá em casa.

– Como não? Sempre tive PAL-G e sempre funcionou muito bem, com ótima performace em todos os sentidos.

– Mas querida, não é compatível…

– Como não? Está me chamando de louca? Claro que é compatível, eu tenho certeza absoluta que PAL-G é compatível pois já tive vários e nunca pude reclamar de nada!

– Mas querida…

– Não tem mais nem menos, é PAL-G mesmo que quero!!! Você está insinuando que não tem PAL-G? É isso?

– Não meu amor, estou só dizendo que…

– Chega!!! Não quero mais ouvir nada! Ahhh já sei, você está querendo dizer que vou ter que me contentar com PAL-M mesmo né? Seu safado! Você me enganou, sempre disse que poderia ter PAL-G e agora vem me dizer que não pode? Que não funciona?

– Do que você está falando meu bem?

– Que “meu bem” coisa nenhuma seu sem-vergonha, mentiroso. Eu quero meu PAL-G, seja seu ou de outro!

– Outro? Mas nenhum DVD padrão PAL-G não funciona no Brasil mulher!!!

– DVD? Que DVD homem!

– Estou falando do padrão do DVD que você quer comprar. Padrão PAL-G não funciona no Brasil, tem que ser padrão PAL-M!

– Ah desculpe meu amorzinho, pensei que estava falando de outra coisa, pode ser PAL-M então….

Texto inspirado nos comentários de padrões de TV de minha querida amiga Thaiza Castilho. Entenda como quiser ;)

Para pensar na cama

Ser “do mundo” não é sinônimo de ser “para todo mundo”. Existe uma grande diferença entre as duas situações que somente aqueles que realmente desejam podem reconhecer.

Dicas para o Timor

Estamos em um período que alguns brasileiros deixam nossa terrinha para aportar nas praias timorenses. E como sempre tem gente que precisa de uma forcinha para fazer uma viagem ou mudança destas, escrevi uma FAQ com dicas sobre a viagem para o Timor Leste, principalmente coisas que devem ser deixadas para trás, que devem ser trazidas e também dicas sobre a viagem em sí.

O documento em formato PDF pode ser encontrado aqui.

Bem-vindo ao Timor Leste!

Cuidado com o Estadão

Na verdade deveria ser “cuidado com a imprensa”. Ao contrário do que saiu hoje no jornal “O Estado de São Paulo” no Brasil, Dili ainda continua “habitável”. A operação feita pela UNPOL e outros órgãos de segurança foi realizada no período da noite onde somente escutávamos os helicópteros indo e vindo sobre nossas cabeças. Além disso, nada além de mais uma noite de sono tranquilo.

Claro que a cidade não está calma como é Paratii no Rio de Janeiro, mas está longe de ser a guerra civil que a mídia teima em pregar. Operações como a realizada esta noite são como as operações nos morros do Rio ou nas favelas de São Paulo. A cidade e tampouco o país podem parar por isso e enquanto estiverem fazendo operações deste tipo, está tudo bem. O pior é se a coisa degringola mesmo, ai é um Deus nos acuda que não tem tamanho.

Assim, pense três vezes antes de levar a cabo tudo o que lê. Sensacionalismo faz parte da mecânica de vender jornal ou comerciais na TV.

Oportunidade

Quase sete anos após a saída da Indonésia do Timor, ainda existem espalhados pelas ruas de Dili, diversos prédios públicos destruídos ou queimados à custas dos indonésios que por “pirraça” resolveram tocar fogo em tudo, atitude esta certamente aprendida com os “magnânimos professores” da CIA e sua política de “terra devastada”.

Menina

Enfim, a história não é esta, mas sim uma foto que consegui esta semana. Estive clicando no evento “Justiça e Paz” promovido pelo Ministério da Justiça e em uma de minhas saídas para fumar me deparei com a cena a seguir:

O que marca é o contraste do muro destruído com seu rosto esperançoso que um dia a situação realmente mude. Quiçá seja assim.