Nestas últimas semanas sumido pela dedicação ao desenvolvimento dos novos sites (sim, novos pois este vai mudar também), aproveitei para fazer novas aquisições na lojinha Internet; três CD’s que podem ser qualificados como ruim, bom e ótimo.
Primeiro, claro, o ruim porque assim já acaba o assunto.
Caetano continua uma bosta. Desculpem àqueles que o amam (dá para amar coisa desta?) mas Caetano é um João Gilberto magricela com sotaque baiano, ou seja, um chato medito a besta. A mania que tem de ficar cantando parte de músicas em inglês, francês, espanhol e, se deixar, grego, cansa e suas composições deixaram há muito de ser algo do tipo “óóóó”. Exceto por alguns repentes atuais como “Sozinho” e “Você Não me Ensinou a te Esquecer”, o baiano mais chato do mundo só regrava o que já foi regravado. Acho que seu período no exílio deixou-o meio “marolado”. Dele, recebi o último CD (lançado ontem), Cê – Multishow Ao Vivo que nada mais é que o último show agora feito por encomenda para o canal Multishow. Acho que ele está precisando de uma graninha porque fazer isso, tenha dó. Do CD, para mim salvaram três músicas, o resto, lixeira do iTunes.
Já o médio fica por conta dos Engenheiros do Hawaii. Sim, eles existem e estão aí mas confesso que tive que forçar o ouvido em alguns momentos para saber que era o Humberto que estava cantando. Os anos passaram e mudaram bastante mas, ao contrário do “chaetano seboso”, os Engenheiros se refizeram. O último CD, Novos Horizontes – Acústico traz velhos hits como Parabólica, Toda Forma de Poder e Prá Ser Sincero com várias novas. Duas que ficaram muito boas foram “No Meio de Tudo” e “Alívio Imediato” que aparentemente mostram a mudança pela qual a banda passou. Ficou mais velha mas como um bom vinho, soube se reciclar e ficar melhor. Não é mais o Engenheiros que vi em 92 quando trabalhei na transmissão do show no ginásio do Guarani em Campinas, que tinha uma energia tremenda e chacoalhava mais que terremoto na Indonésia, mas certamente ainda são os Engenheiros e.. acústicos.
Agora, o ótimo é mais que ótimo, é maravilhoso. A dona da voz chama-se Rosália de Souza, uma espetacular carioca de Nilópolis que canta a bossa-nova tão bem que poderia ser chamada de “maestro Tom de saias”. Mas além disso, envereda-se pelo verdadeiro samba dos morros cariocas e que lembra com uma facilidade muito grande artistas como Paulinho da Viola, Roberto Menescal e até mesmo Chico Buarque. Seu último CD, Brasil Precisa Balançar é uma viagem sensacional à um dos melhores períodos de composição da MPB e gostoso demais de ouvir. As mais belas composições ficam por conta de “Nem Que Seja a Nado” e “Rio de Janeiro”, além de “Meu Amigo Tom”, uma verdadeira declaração de amizade para o maior maestro brasileiro. Este CD vale a pena, mesmo que você não goste muito de bossa-nova. Escute e vai entender o que digo.
E tem mais? Tem, mas não agora. Deixa colocar o site novo no ar. O universo conspira…