Ano: 2007

MekongTux

O Tux mais rápido de todo o Timor Leste não está nos servidores do Ministério da Justiça ou na ONU, mas sim na Mekong 110 estilizada com o pinguim mais livre do mundo! Se vê-la em sua frente, corra! Ele pode te atropelar. :-)

Encontro de culturas

Encontro de CulturasOntem comprei o livro “Encontro de Culturas em Timor-Leste” (assim mesmo, com um hífen no nome) que é o resultado da dissertação acadêmica do autor, Francisco Xavier de Menezes de 1968, ou sejam, 39 anos atrás e trata, claro, do Timor Leste daquela época e também de hoje.

Ainda não posso fazer comentários sobre o mesmo mas, infelizmente, a qualidade gráfica ficou a desejar pois a maior parte das folhas estão grudadas como se tivessem esquecido de refilar o livro. Espero que o conteúdo não esteja assim também.

Quando terminar, conto as impressões.

O Lavrador

Coisa que gosto muito é pegar estrada para o interior de São Paulo principalmente quando passa a região de Campinas, mais industrializada, e começam as plantações de cana-de-açúcar, laranja, abacaxi ou ainda os pastos de gado. É bonito de se ver toda aquela terra arrumadinha e os bois engordando para virar churrasco no final de semana.

O legal destas viagens é que posso soltar o lado “brega” que trago comigo desde quando mudei para o interior, lá nos finais da década de setenta. Entrando pelo estado, posso colocar os CD’s de música sertaneja com os sucessos das empregadas domésticas: Tonico e Tinoco, Barrerito, Irmãs Galvão, Tião Carreiro e Pardinho, Fátima Guedes e alguns mais novos como Rick & Renner, Chitãozinho & Xororó e claro, filhos da terra, João Paulo & Daniel.

É brega? Claro que é. Para os “bacanas” que povoam as avenidas da grandes cidades, quem canta dores-de-cotovelo ou as lágrimas do coração é muito, mas muito brega. Como bacanas que são, preferem o bate-estaca do trance, tecno, tri-hop e outras coisas em alto-falantes de 15 polegadas no tampão do carro em um volume tão alto que o som é capaz de fazer qualquer garota gozar sem a necessidade de mexer um único músculo, tal é a vibração gerada pela potência sonora.

Mas eu sou brega mesmo. E quando bate a saudade da terra, pego o iPod, faço uma sessão choradeira com o melhor do sertanejo e saio pelas ruas de Dili cantarolando e lembrando da época da colheita de cana lá para as bandas de Mineiros do Tietê e Jaú, onde sentava no capô do carro para ver a luz vermelha da queimada na madrugada.

E numa destas sessões, achei algo interessante. A filha de Zezé de Camargo, Wanessa, cantando uma música com o eterno Titã Nando Reis. “O Lavrador” traz toda esta lembrança boa de volta em uma letra daquelas que faz qualquer um com um pouco mais de melaço no sangue, parar e pensar a falta que faz um fogão de lenha e um café de coador.

Eita saudade arretada!

PS: a letra pode ser vista clicando aqui e a música está no CD do filme “2 Filhos de Francisco”.

Na metade do caminho

A Nova Zelândia é muito legal mesmo. Cheia de paisagens de quebra-cabeças, cidadezinhas de primeira (daquelas que passou a segunda, já era), neve, mar, rios, lagos e por aí vai.

Já tinha lido muito sobre ela mas não tinha me dado conta de um detalhe. Juntamente com o Chile e a Argentina, ela é um dos três países cortados pelo paralelo 45 sul, a meio caminho do Pólo Sul.

Claro, nada de mais para a maioria dos mortais (e também para mim), mas que foi muito interessante estar na metade do caminho para a Antártida, foi. Quem sabe dia destes não tiro uma foto destas nos 90 graus? Óbvio que devidamente encapotado para aguentar o frio de rachar.

45sul

Tripé na fotografia, indispensável

A maior de minhas tristezas quando tiro fotos de paisagens com pouca luz ou ainda à noite, é ver o resultado final. Normalmente ficam tremidas e tão ruins que não vale a pena tentar salvar uma que seja. Isso aconteceu pela última vez em Auckland onde, em uma saída noturna para conhecer a cidade e tirar fotos (além de jantar, é claro), em um conjunto de 80 batidas, somente duas ou três salvaram e assim mesmo, “malemal”.

Isto não pelo fato de eu ser acometido por mal de Parkinson ou ter “mão mole” e não conseguir sustentar a câmera, mas sim devido a necessidade de um tempo de exposição maior quando se tiram fotos com pouca luminosidade, ou seja, aquelas entre o final da tarde e o início da manhã. Claro que não somente nestes períodos ele pode ser usado. Diria que nestes períodos ele é fundamental e que pode ser dispensado em outros momentos onde a luminosidade é constante ou que você precisa tirar fotos em movimento. Além disso, se a câmera possui uma lente um pouco mais pesada, definitivamente ele é uma verdadeira mão na roda.

Irado com esta situação vexatória de tremedeira constante, resolvi de uma vez por todas acabar com isso adquirindo um tripé simples, mas que pudesse manter a máquina parada por longos períodos de tempo. Infelizmente somente pude comprá-lo em Melbourne pois resolvi deixar todas as compras para o último dia a fim de não ficar carregando peso desnecessário na viagem.

Pois bem. Hoje foi o dia do teste do tal tripé. Depois de ser acordado de uma soneca pelo meu vizinho George que teima em me azucrinar nas melhores partes dos sonhos, passei a mão na câmera, em uma das lentes pequenas e no tripé para tirar umas fotos do pôr-do-sol. Como tenho o prazer de morar há 5 minutos de caminhada do mar, resolvi aportar na baía e ver no que dava. O resultado foi a perda de somente duas fotos por erro no foco (não tinha ligado o automático) e imagens maravilhosas como a vista abaixo que não foi tratada em absolutamente nada, mostrando fielmente o que foi o fim de tarde deste 1 de Maio em Dili, Timor Leste.

Dili 1º de Maio

Ao contrário do que muitos podem pensar, o tripé não é um Manfrotto ou daqueles que poderiam ser categorizados como “primeira linha” no mundo fotográfico. Ele é um simples tripé de alumínio, levíssimo, com poucas regulagens mas que cumpre seu papel de manter a câmera parada. A opção deste modelo se deu principalmente por dois fatores: primeiro o custo baixo (US$ 25,00), e segundo o peso não maior que um quilo, permitindo que leve-o para as viagens ao redor do mundo.

Alguns vão comentar que deveria ter comprado uma peça melhor dizendo que a qualidade do mesmo é baixa. Mas ao usá-lo hoje percebo que neste momento não existem diferenças entre um tripé “peba” e um de primeira linha. “Ahhh mas o fulano tem regulagens mil, fica na horizontal e etc etc etc”. Bem, se precisasse de regulagens comprava um kit de injeção eletrônica e não um tripé e se precisar colocar na horizontal é porque certamente estou num momento que não irei fotografar por estar dormindo. Futuramente pode ser que a qualidade de um primeira linha apresente-se melhor pelo uso constante, mas por estabilidade, seis por meia dúzia, acredite.

Então, daqui para frente, tremedeira só em terremoto e quarto de hotel!

The Journey ends

Monte Cook - Nova ZelândiaCom um atraso de cinco dias desde meu retorno ao Timor Leste, posto a notícia da volta da Terra Média. No total, três mil e setencentos quilômetros de asfalto, terra, pedras, neve e paisagens maravilhosas, mais de três mil fotos e sete horas de vídeo. Um conjunto gigantesco de imagens e sons deste que é, sem medo de errar, o país com as mais belas paisagens naturais que já vi em minha vida.

Aos poucos o resultado da viagem vai sendo aqui postado. Infelizmente por estar atarefado e com uma bendita infecção em um dente, me falta condições para separar todo o material. Mas sai em breve pois inclusive preciso abrir espaço para a próxima viagem em agosto, à Europa.

Voltemos a faina então!

PS: Se acha que já viu esta foto, assista o filme Senhor dos Anéis, as Duas Torres. É o Monte Cook, usado como “farol” de Minas Tirith.

The journey begins

The Lord of The Rings MapChegou o dia do começo da jornada. Daqui há pouco (09:00 horas) embarco para a Terra Média, ou melhor, Nova Zelândia, a fim de conhecer pelo menos doze locais diferentes nas duas grandes ilhas do país. Uma viagem de quase vinte dias onde certamente vai faltar cartão de memória para salvar todas as fotos tiradas (e por isso o MacBook vai junto).

Junto com meu escudeiro George (já estão chamado a dupla de Frodo e Sam), pretendemos conhecer a maior parte das locações usadas na trilogia do “Senhor dos Anéis”, uma obra fantástica de J.R.R. Tolkien que levou uma baciada de estatuetas do Oscar (17), sendo considerado o filme mais premiado da Academia até hoje (conta-se o conjunto todo da obra). O interessante é que não temos muita coisa planejada. Na verdade, como bons brasileiros que somos, somente possuímos as passagens aéreas. Nenhum hotel, nenhum carro, nada. Nem mesmo a certeza de todos os locais que vamos. E olha só, chegamos em Auckland, primeira parada na NZ as 4 da madrugada do domingo! Mas o que importa? O legal é isso mesmo, se der vontade de parar, paramos; se der vontade de dormir, dormimos e então vamos conhecendo este país mágico da melhor forma, sem pressa e aproveitando cada minuto.

Convido-o a acompanhar aqui os relatos da viagem, mais conhecidos como meus “diários de bordo”, já famosos pela quantidade de passagens interessantes, dicas e claro, muita coisa engraçada pois afinal, viajar com cara de bisteca mal passada não é para mim. Feliz ou infelizmente não existe uma regularidade específica para os posts, inclusive porque acredito que conexão no meio de Helms Deep será um pouco difícll e, além disso, quero descansar e não ficar digitando.

E o Smeagol se prepare, vamos aterrorizá-lo tanto que vai querer voltar as profundezas da Terra Média :-)

Dois maravilhosos monstros

Meu gosto por Ella Fitzgerald vem de longe. Acho que desde a primeira vez que li a obra de Mario Puzo, O Chefão. Nele, Jonny Fontane, um dos personagens da trama, é um cantor decadente com um problema nas cordas vocais que o impede de cantar como nos bons tempos. Frustrado, passava horas ouvido outros cantores e dentre eles, Ella Fitzgerald. Coincidência ou não, creio que tenha sido influenciado pelo livro pois em casa pouco se escutava o jazz americano; o velho ainda preferia os clássicos Chopin, Schumman, Listz e Tchaikovisk. Não importa. Hoje a paixão que tenho por Ella se compara somente a que rendo a Sinatra e Sammy Davis Jr. O restante fica léguas para trás. Sua voz vezes aveludada, vezes acetinada, vezes cheia de farpas, Ella é aquilo que se ouve na penumbra sorvendo um bom vinho para deixar a mente fluir embalada pela música.

Mas e quando este conjunto de qualidades se encontra com outro tão grande e tão forte quanto Antônio Carlos Jobim, o nosso maestro Tom? O que fazer? Certamente preparar a ambulância para o ataque do coração.

Pois descobri semana passada na web um presente para os ouvidos e o coração. Um songbook de Ella cantando músicas de e para Tom, mesmo nunca tendo trabalhado com o maestro brasileiro. No repertório de “Ella Abraça Jobim”, vários sucessos imortalizados por dezenas de artistas pelo mundo todo e outras músicas que são um verdadeiro presente não só para o brazuca, mas para todos que ouvem.

Ao contrário de alguns críticos, o álbum em minha opinião é sensacional. Tenho que confessar que o repertório deixa um pouco a desejar pois “esqueceram” de algumas músicas mais conhecidas e mais sonoras, mas isso não tira o brilho e a beleza da obra que deve obrigatoriamente estar na coleção de quem gosta de um ou de outro e, principalmente, de quem gosta dos dois.

A ficha técnica e comentários sobre o songbook podem ser lidos na Amazon clicando-se aqui e o álbum pode ser encontrado via torrent, clicando-se aqui. Mas atenção, compre o CD. Não pela pirataria em si, mas para ter guardada uma verdadeira obra que reverencia um dos maiores, senão o maior artista brasileiro.

Enjoy!

Viajando como peba*

Na quinta feira próxima saio para gozar meu primeiro R&R (Rest & Restauration); um descanso a cada doze semanas (no caso de Dili/Timor) que vou usar para conhecer a Nova Zelândia com meu fiel escudeiro George. Serão 14 dias na terra do kiwi e também do Senhor dos Anéis, onde pretendemos conhecer a maioria das locações usadas pelo diretor Peter Jackson na trilogia. Sem dúvida uma viagem para ficar marcada na vida. Leia Mais

Pensando…

Além da contemplação do pôr-do-sol atrás das montanhas da Indonésia lá no fundo, adiante está Madagascar e depois Moçambique e a África e depois o Oceano Atlântico e depois o Brasil e depois São Paulo e depois….

Pensando