Estou tendo que passar pela sina de tirar um novo passaporte depois que a Indonésia acabou com o meu. Cada entrada de algumas horas naquele país me comiam US$ 10,00 e mais uma página da caderneta verde. O resultado disso foi que passei somente quinze dias ao todo naquelas ilhas vulcânicas mas tenho nove páginas inutilizadas por eles. Somam-se as demais usadas para outros países e fiquei com somente meia folha disponível, o que não dá para ir na esquina da América do Sul.
Então, para começar a maratona, entro no site da Polícia Federal a fim de preencher um formulário com meus dados e depois fazer o agendamento para a entrega de documentos e retirada da caderneta. E nesse momento, procurando uma profissão que servisse para explicar sem muita discussão minha condição laboral encontro entre as listadas ela, a profissão mais velha do mundo: prostituta.
Claro que fiquei chocado. Não por lá estar listada a profissão que em nosso país não é crime, mas sim por ela, sem lei nenhuma e sem ninguém dizer nada, ter sido elevada ao status de profissão, coisa que já acontece em países corretos como a Holanda. Entenda, meu choque não é por ser profissão, o que acho que deveria ter sido resolvido há muito tempo pois as leis que tratam do assunto são da década de 40, mas sim por ninguém falar nada nem para a população, nem para as prostitutas. Mas o que esperar da terra dos bate-bocas das igrejas de todos os tipos para discutir quem é que pode falar mal de quem e quem é que pode chutar a santa?