Dia: 2 de junho de 2008

Tapa-“sem vergonha”

Uma bela lentePara certas coisas sou um cara extremamente antiquado e não tenho vergonha disso. Prefiro móveis antigos aos moderninhos de MDF, prefiro o velho e bom guaraná às águas cheirosas e refrigerantes “zero”, prefiro carros “de velhos” aos mais arrojados. Claro, tenho o outro lado também que é gostar da tecnologia que tudo tem de moderno. Mesmo amando telegrafia feita com QRP’s (transmissão de sinais com 5 watts ou menos), não dispenso um bom Kenwood para berrar em tudo que é lado e adoro meu iMac, meu iPod e fico fascinado com controles remotos cheios de botões.

Na lista do “antiquado” tenho algo muito forte também que é “moda”. Odeio moda, odeio revista de moda e odeio gente que adora moda. Acho a coisa mais bizarra você ter que se adequar aquilo que meia dúzia de histéricos acreditam que é bacana. E a moda como sempre, sai com mais uma coisa bizarra: o “tapa-cofrinho”.

Antes de continuar, explicando o “cofrinho”…

Ao contrário do que tinha na minha época de criança, cofrinho não é mais aquele porquinho de plástico azul ou ainda aquele redondo de papelão e lata da poupança Haspa (lembra-se disso?). Atualmente cofrinho é o nome carinhoso para o rêgo. Sim, isso mesmo, aquela vala que fica entre as nádegas e que se torna mais profunda a medida que o dito ou a dita enchem o rabo de pástico. Esta parte do corpo foi assim apelidada pela analogia de se colocar moedas dentro. Tudo bem, não consigo compreender isso pois não é lugar para moedas, mas enfim.

Voltando…

A moda inventou então um tal de “tapa-cofrinho” que nada mais é que um pedaço de pano amarrado na cintura com a finalidade de esconder o dito cujo dos olhares mais interessados. Também, como diz a reportagem da Folha, algumas mulheres estão usando a nova invenção para esconder nádegas avantajadas destes mesmos olhares.

Não tive oportunidade de ver tal peça do vestuário feminino mas penso que seja algo como uma fralda amarrada na cintura e usada por aquelas que amam as tais calças de cintura baixa. No mínimo, ridículo para não dizer ignóbil.

Fiquei pensando o que se passa na cabeça tanto de quem inventou mas também de quem usa (diz a reportagem que uma loja em sampa já vendeu mais de 2 mil peças). Não é um pedaço de pano que vai esconder aquelas ancas (desejadas ou não) da verdadeira mulher brasileira e penso ser mais prático e coerente usar uma calça normal que a fralda. Tão simples; para quê complicar?

Se quer usar a calça baixa, deixe o cofrinho aparecer oras. Quem sabe não aparece alguém para colocar na poupança?

Gola rolê

Com o frio que anda fazendo aqui no sudeste, começam a sair dos armários as roupas mais bonitas e também as mais estranhas. Confesso que prefiro o inverno por vários motivos. Pode-se tomar vinho todos os dias sem ninguém dizer que é alcoólatra, come-se muito bem, veste-se melhor e além disso, claro, edredon é algo obrigatório. Mas como tudo na vida, existe seu lado estranho e, na minha opinião, o mais estranho deles é o congelamento dos neurônios de algumas cabeças. Exemplo? Veja a pergunta que me mandam:

“Tá chegandú o frioxinho e quero sabê si gola rolê é coisa de EMO? Mi ajudaaaa!”

Meu amigo, claro que não é. De acordo com as escrituras, gola rolê é para aquele que dá “ré no quibe” pois pode praticar tal atividade em qualquer lugar sem a necessidade de esperar chegar em casa para morder fronha.

Não se preocupe, sua gola rolê vai fazer xuxexo!