Ano: 2009

Balanço pessoal de 2009

Não, este post não é resultado de meus dias de descanso nesta semana em Salvador. Não aprendi a dançar axé no pelourinho e tampouco virei baladeiro (do Timbalada). É somente aquele momento de retrospectiva do que aconteceu no ano que está indo embora, nada mais que isso. Saldão do dito? Bom, muito bom. Pouco a reclamar. Claro, percalços aconteceram de vários tipos mas se não aparecem estes, creio que as coisas ficariam sem graça (não posso dizer com convicção porque sempre tem percalços deste lado aqui).

A empresa cresceu, agigantou-se e quase me engoliu. Com ela aprendi várias coisas ao longo do ano e principalmente que sempre deve-se ter as pessoas corretas nos lugares chaves. Também aprendi que confiança é algo bom mas deve-se levar quase ao pé da letra o dito do “um olho no gato e outro no peixe”. No final, a esperança sempre é a última que morre e desta vez… não morreu! Fazer o trabalho correto, ser justo e principalmente trabalhar prá caramba, faz a diferença entre o que fica na estrada e o que segue o caminho. Pedra todo mundo tem; importa saber o que fazer com elas.

E por falar em estrada, ela foi a minha companheira durante o ano de 2009. Verificando o TripIt, ferramenta de gerenciamento de viagens, lá estão 36 ao longo do ano com mais de 58 mil quilômetros de estrada em cento e dezoito dias, ou seja, quase 4 meses em hotéis, motéis, hostels, pousadas, guesthouses, aviões, carros, trens e sabe lá mais o quê. Grande parte delas a trabalho mas também tive algumas para desopilar o fígado e conhecer novas terras como o deserto de Atacama no Chile (onde ficou provado que o “nada” existe) e a praia de Boa Viagem em Recife ou ainda matar saudades do peixe com molho branco de Boa Vista, dos camarões de Florianópolis, do barreado do litoral paranaense e o tutu a mineira do aeroporto de Belo Horizonte. Além deste saldo, outro muito bom: milhas. Milhares delas nos cartões das companhias aéreas que vão me levar para outras viagens durante 2010 (preferencialmente para descansar da correria que já se apresenta).

Tabelão das viagens de 2009

Tabelão das viagens de 2009

Mas o melhor mesmo não foram as viagens ou as investidas gastronômicas. Foram sim as pessoas que conheci ao longo do ano e também as que re-conheci. O que falar das meninas super poderosas da Arteccom (Adriana, Cris, Flávia e todo o time masculino também)? Dos geeks Akita, Dani, Dulcetti, Eliane, GC, Guanabara, Kauê e Makeenzy? Das feras Addi, Baeta, Ferrara, Gil Giardelli, Luli, Matt e Ryan? Ou ainda as peças raras que ressurgiram das cinzas como Alessandro Gil, Bimbo, Maçan, Noab, Juliano (que não cansa de sofrer com o Sport), Guilherme (que aprendeu a encher a cara), Pedro Moura e até mesmo o velho Gandhi de guerra voltou da tumba em 2009. Um ano cheio de grandes pessoas (algumas graaaannnndesss mesmo) e poucas perdas (ainda bem).

As meninas da Arteccom

As meninas da Arteccom

2009 também foi um ano musical, fosse pelo meu amado vizinho com seu meio de condução vermelho (não é possível chamar de carro) com som de chacoalhar o vitrô da minha sala, fosse pelas maravilhosas aquisições no iTunes (leia-se, nos torrent’s que foram para o iTunes). Peter White, Michael Lington, Rodney Thompson, Jake Shimabukuro, Dave Koz, Chris Botti e Mark Barrios. Um timaço de gente boa que veio se unir aos já conhecidíssimos da MPB brasileira. Só a nata mesmo!

E além de música, fotos, milhares delas. Na verdade 3 800 fotos clicadas em tudo que é paisagem deste mundão. Muita foto engraçada, muita foto estranha e também, muita foto bonita. Depois do encontro com representantes das camadas menos favorecidas da sociedade no ano passado, a 40D chegou arrasando quarteirão e muita coisa pode ser vista aqui mesmo no blog por este link. Não está tudo lá? Claro que não, alguém tem que trabalhar nesta vida né?

Lagunas Miscanti - Chile

Lagunas Miscanti – Chile

A coleção de pinguins também cresceu com novos participantes que já lotam o ninho e precisam de um novo em breve bem como a biblioteca que chegou naquela vergonha de ter livro sobre livro. Resultado: toca procurar um móvel maior para acomodá-los todos como merecem. A única coisa que não mudou é: ainda não tenho TV :-)

Então que venha 2010 com muito mais voos, muito mais livros, muito mais músicas, muito mais pessoas e principalmente, muito mais desafios. Afinal, sem eles a coisa fica muito sem graça. Ahhh, e muitos textos também. Prometo!

Um 2010 sensacional para você!

Geisy para diretora de criação

Claro, até eu tinha que comentar sobre o caso da Uniban. Ou melhor, burraldinos da Uniban. Sim, burraldinos porque depois de todo o escândalo montado, mandar a “minina” embora é de uma estupidez sem limites (muito bem descrita inclusive no texto de Hélio Schwartsman na Folha de hoje).

Para falar a verdade, eu queria contratar a Geisy para a área de marketing da empresa. Ela não deveria estar fazendo turismo, mas sim empregada em uma grande agência de publicidade como diretora de criação. Quer ver porque?

A mocinha, feinha de dar dó (coitada), posa de gatinha para os marmanjos e incita o restante da mulherada menos dotada;

Arruma uma confusão, vai parar no horário nobre da TV e ganha advogado de graça

Aproveita-se da burrice da faculdade e vai parar na mídia internacional

Ganha um contrato para posar na Playboy

Ganha a bolsa de estudo de qualquer faculdade (privada, claro) que quiser estudar

Mobiliza OAB, direitos da mulher, estudantes, UNE, governo e até mesmo ONG’s dos pandas da China.

Resumindo, somente com seu “charme”, entra na mídia nacional e mundial, mobiliza todos os setores da sociedade e ainda põe uma grana no bolso.

É ou não é uma pessoa para ser diretora de criação?

The Wall

Um pequeno pedaço do Muro de Berlin em minha casaHá vinte anos, numa noite fria de novembro os alemães armados com pás, picaretas, marretas e até tratores derrubavam um dos mais nojentos e infames símbolos da guerra fria. O muro de Berlim. Construido para separar as terras germânicas em duas, comunista e capitalista, ocidente e oriente, leste e oeste, o muro com seus 120 quilômetros de extensão foi usado para “defender os orientais das garras do capitalismo” e também para “limitar visivelmente” a fronteira entre o que era bom e o que era ruim (como se ambos não fossem um lixo).

Vinte anos se passaram e ainda existe, em algumas partes de Berlim, pedaços do muro mantidos como recordação como na Bernauer Strasse, perto do Portão de Brandemburgo, O restante está espalhado por dezenas de países do mundo em bibliotecas, praças, universidades e outros lugares como uma lembrança macabra do que se passou.

Mas também está em minha sala. Quando de minha visita a Berlim, dois anos atrás, fiz questão de conhecer de perto um pouco mais desta aberração caminhando sobre a linha que se extende pelo caminho que o muro seguia e também conhecer o Museu Haus, ao lado do Checkpoint Charlie e que apresenta muita coisa interessante sobre o que se passava naquela parte da cidade e também com a guerra fria. Nele, pude ver várias formas que os alemães orientais usavam para escapar do lado comunista como um velho fusca adaptado com compartimentos que mal cabiam uma mala e que entravam pessoas, todas “dobradas” para tentar escapar.

Veja também:

Diário de Bordo – Viagem à Europa (cap. 1)

Cervejas em 50 idiomas

Para quem gosta de beber e anda pelo mundo, nada melhor do que aprender como pedir aquela loira estupidamente gelada no idioma deles.

Alguns, fáceis de aprender, outros, só mesmo com a lista na mão. Veja a lista aqui e… Enjoy!

Dica da Ana Cruz.

 

O que é inovar?

Passando na agulha

Passei hoje pela minha primeira sessão de acupuntura. Devido uma dor insuportável na região lombar que resolveu aparecer há uma semana e nem com anti-inflamatório e tampouco com reza brava, desapareceu, resolvi seguir conselhos e entrei na agulha.

Confesso que sou cético para algumas coisas como, por exemplo, a cura pela pinga ou ainda aquelas receitas milagrosas para emagrecer (por falar, a dieta já rendeu a redução de 5 quilos em um mês). Também sou cético com outras coisas mas que não vem ao caso neste momento.

Com a acupuntura confesso que tinha uma certa desconfiança pois não imaginava como pequenos pedaços de metal enfiados no meio de minha epiderme poderiam resolver alguns problemas mas tenho que confessar publicamente; o treco funciona.

Obviamente que tirei aquela soneca na maca enquanto parecia um porco-espinho mas isso não tira o louvor do tratamento. Na manhã de hoje, só consegui colocar as meias depois de um banho de Tiger Balm na região lombar e na saída do tratamento, quase nada sentia. E melhor, doze horas depois, a dor quase sumiu. Um milagre? Só se for Made in China.

Valeu a pena cada espetada (que espetada?) e mais ainda os reais economizados com drogas que acabam com você tanto no bolso quanto na saúde. Mas vou deixar a medicina química de lado? Claro que não. Se precisar rosquear meu braço novamente, ainda acho que um ortopedista é a melhor solução.

Para os homeopáticos puritanos de plantão

Gosto de textos inteligentes, bem escritos e bem fundamentados. Este é um desses que distrincha de forma magnífica o assunto da homeopatia usando como exemplo o caso da menina australiana morta este mês. Vale com certeza a pena ler, sem mágoas, sem rancores e sem falsas verdades.

Acesse a coluna Pensata de Hélio Schwartsman no site da folha clicando aqui.

Charles Pizzaria – Nota 5

Para descansar um pouco e sair da frente do computador, fui neste final de semana à uma pizzaria. Mesmo de dieta, o DNA italiano fala mais alto e já que perdi 3 quilos e meio desde que comecei a dita cuja, um “crime pequenino” não iria fazer muita diferença.

O local escolhido foi a Charles Pizzaria, próximo da Av. Indianópolis e 23 de Maio. Não a conhecia e por isso fiz uma pesquisa na Internet sobre a mesma. Hummm, pizzaria rodízio. Bom bom bom. Então, simbora.

Confesso que não achei graça. A pizza já comi melhores até mesmo no nordeste brasileiro (e olha que eles chamam qualquer coisa redonda com massa, tipo PizzaHut e Domino’s de “pizza”), o atendimento deixou a desejar pela demora de entrega de bebidas e até do café e o preço muito, mas muuuuuiiiitoooo salgado pelo que é servido. O pró do lugar é a variedade de pizzas que é bem grande e o chopp que mesmo sendo “Sol” (nome estranho), estava muito, muito bom. Ahhh, e claro, não ter catchup e tampouco maionese na mesa, mesmo existindo uma pizza de cachorro quente pois comer pizza com estes condimentos e não com azeite é algo risível na cidade de São Paulo; bem coisa de americano (que não sabe o que é pizza, claro).

O ambiente é agradável e para um sábado de feriado, era possível conversar com as pessoas na mesa sem muito barulho. Também bem limpo e arrumado. Se não fosse pelo preço salgado, levaria nota melhor.

Eu não falei?

Olha ai o que deu a idéia de girico.

http://www.estadao.com.br/geral/not_ger442434,0.htm

Não vai dar certo

Eu não sei quem é que tem este tipo de idéia de girico. Agora, ao invés de colocar mais trens na linha e reduzir o tempo entre os mesmos, vão colocar os funcionários do metrô de São Paulo para “tentar” organizar a baderna que fica em algumas estações nos horários de pico, não permitindo a entrada de mais que 600 pessoas por trem.

Lendo isso na mídia, me vem as seguintes perguntas: a) como é que vão contar se existem 600 pessoas dentro do trem? Olhômetro? b) acreditam mesmo que 200 funcionários vão conseguir dar conta de 2000 pessoas que se estabanam nas plataformas a cada trem? c) a mais importante: de quem é a idéia?

O sistema público de transporte é de longe uma vergonha. Já andei de metrô me pelo menos dez países diferentes e nunca vi nada igual como o nosso. Nem mesmo no Chile ou na Colômbia existe tão pouco caso com aqui. Isso falando somente do sistema sobre trilhos. Se começar a falar de ônibus, é de chorar. Como não fizemos investimentos ao longo dos anos, o sistema ficou estagnado e simplesmente vai travar dentro de alguns anos (e não sou eu que afirmo isso). Também pudera, uma obra de construir 2 escadas e uma salinha na estação da USP da CPTM leva ano e meio e consome mais de 5 milhões de reais, queria o quê?

Paulistano, prepare-se. O metrô vai mudar. Cão de guarda na estação e borrachada comendo solta, infelizmente.