Como o sr avalia o acordo quanto à dupla grafia de palavras como, por exemplo, PURÉ, PURÊ, adoção, por empréstimo, do francês purée? Parece-me que o que ampara a existência da dupla grafia é o respeito à fala regional, diatópica.
No caso do Brasil, que no seu regionalismo lingüístico registra, também, em dicionário, a palavra PIRÊ, sob provável cruzamento com pirão, do tupi, como lidaríamos com uma tripla grafia em sala de aula ou em formação de professores da língua portuguesa?
O Acordo não desrespeitaria, no tocante às prescrições da dupla grafia, à variação regional interna dos países ao fixar unicamente as duas formas puré e purê?
E do ponto de vista cultural isso não é ruim para o Brasil e também para Portugal?
“O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, sobre-humano”. (Base II – Do h inicial e final, 3º).
Todavia, há um adjetivo, sem hifen, nas mesmas condições acima, como aistórico ( datada, segundo Houaiss, de 1930,). Aliás, o próprio Houaiss informa que aistórico , menos corrente e mais usado que anistórico, refere-se a uma forma ” neológica controversa; propõe-se como forma alternativa anistórico, vocábulo calcado no pressuposto de que o a- privativo grego toma a forma an- antes de vogal, o que é verdade quando não se trata de vogal aspirada – precisamente o caso de histórico, do gr. historikós” .
O Acordo não acolheria aistórico por ser uma forma neológica?
Como lidar com esta situação em sala de aula, especialmente na formação de professores de língua materna?
Michelazzo
16/03/2009 — 02:33
Mais um que caiu com meu “bizônho” :-)
Mauro Estênio
15/03/2009 — 12:46
Caro amigo de comentário afiado. BISONHO se escreve com S e o acento do seu BIZÔNHO caiu em 1971.
Vicente Martins
07/02/2009 — 11:27
Como o sr avalia o acordo quanto à dupla grafia de palavras como, por exemplo, PURÉ, PURÊ, adoção, por empréstimo, do francês purée? Parece-me que o que ampara a existência da dupla grafia é o respeito à fala regional, diatópica.
No caso do Brasil, que no seu regionalismo lingüístico registra, também, em dicionário, a palavra PIRÊ, sob provável cruzamento com pirão, do tupi, como lidaríamos com uma tripla grafia em sala de aula ou em formação de professores da língua portuguesa?
O Acordo não desrespeitaria, no tocante às prescrições da dupla grafia, à variação regional interna dos países ao fixar unicamente as duas formas puré e purê?
E do ponto de vista cultural isso não é ruim para o Brasil e também para Portugal?
Um abraço cearense
Vicente Martins
Vicente Martins
07/02/2009 — 11:27
Acordo prescreve assim:
“O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, sobre-humano”. (Base II – Do h inicial e final, 3º).
Todavia, há um adjetivo, sem hifen, nas mesmas condições acima, como aistórico ( datada, segundo Houaiss, de 1930,). Aliás, o próprio Houaiss informa que aistórico , menos corrente e mais usado que anistórico, refere-se a uma forma ” neológica controversa; propõe-se como forma alternativa anistórico, vocábulo calcado no pressuposto de que o a- privativo grego toma a forma an- antes de vogal, o que é verdade quando não se trata de vogal aspirada – precisamente o caso de histórico, do gr. historikós” .
O Acordo não acolheria aistórico por ser uma forma neológica?
Como lidar com esta situação em sala de aula, especialmente na formação de professores de língua materna?
Vicente Martins
Eder L. Marques
18/01/2009 — 23:02
Isso parece invenção do Júlio. :p
Michelazzo
18/01/2009 — 23:04
E não é? :)