Vez ou outra tenho que ir ao interior de São Paulo. Ao contrário da maioria dos paulistanos que acha o interior aquela coisa “chucra”, eu adoro (já contei isso aqui anteriormente). Gosto de ver a terra, de ver as estradas, de conhecer novas pessoas simples. Gosto da tranquilidade de lugares onde o temp (ou o passar dele) não importa muito. E o mais interessante é que sempre regressando do interior, volta minha vontade de escrever, consigo destrancar várias coisas que ficam na cabeça durante os dias da frenética vida cosmopolita e os dedos parece que coçam. Não entendo porque disso mas é fato (tanto que estou escrevendo hoje).
Nesta semana estive em Nova Europa, uma pequenina cidade de 10 mil habitantes próxima de Araraquara e Matão para tratar de negócios que minha empresa estará fazendo com a prefeitura de lá. Mais que o negócio em si, valeu o papo com o diretor de TI do município, Sr. Gilnei e a coca-cola tomada em um bar defronte a praça da cidade num final de tarde. Ver a vida passar sem muita pressa e sem muita correria é uma dádiva para poucos. Ele me explicou do que o município vive, das obras do telecentro que está prestes a ser inaugurado, da colheita da cana e da laranja na região. E a cada dezena de minutos, passava um conhecido que cumprimentava; o carteiro, a senhora da esquina, o dono do bar, uma outra pessoa qualquer. Coisa de interior mesmo.
De volta para casa, são momentos assim que descansam a alma. Para mim, só um defeito; não existe mar próximo, coisa que tanto gosto. Então quem sabe em minhas andanças não acho uma cidadezinha assim a beira-mar para passar o resto da vida? Alguém sugere alguma?