Olha ai o que deu a idéia de girico.
Mês: setembro 2009
Eu não sei quem é que tem este tipo de idéia de girico. Agora, ao invés de colocar mais trens na linha e reduzir o tempo entre os mesmos, vão colocar os funcionários do metrô de São Paulo para “tentar” organizar a baderna que fica em algumas estações nos horários de pico, não permitindo a entrada de mais que 600 pessoas por trem.
Lendo isso na mídia, me vem as seguintes perguntas: a) como é que vão contar se existem 600 pessoas dentro do trem? Olhômetro? b) acreditam mesmo que 200 funcionários vão conseguir dar conta de 2000 pessoas que se estabanam nas plataformas a cada trem? c) a mais importante: de quem é a idéia?
O sistema público de transporte é de longe uma vergonha. Já andei de metrô me pelo menos dez países diferentes e nunca vi nada igual como o nosso. Nem mesmo no Chile ou na Colômbia existe tão pouco caso com aqui. Isso falando somente do sistema sobre trilhos. Se começar a falar de ônibus, é de chorar. Como não fizemos investimentos ao longo dos anos, o sistema ficou estagnado e simplesmente vai travar dentro de alguns anos (e não sou eu que afirmo isso). Também pudera, uma obra de construir 2 escadas e uma salinha na estação da USP da CPTM leva ano e meio e consome mais de 5 milhões de reais, queria o quê?
Paulistano, prepare-se. O metrô vai mudar. Cão de guarda na estação e borrachada comendo solta, infelizmente.
Putz, vai entender, bateu uma nostalgia de Timor esta noite… Estava vendo as fotos de minha estada no país. Quantas saudades.
Saudades das pessoas que ficaram lá, das pessoas que conheci. Saudades dos amigos do Ministério da Justiça, da ONU, os voluntários como eu. Saudades do café do Hotel Timor (não que aqui não tenha melhor) e dos almoços do Timor Brazuca, o melhor e mais sensacional grupo de pessoas que já conheci. Saudades do Landmark e do Lita, das cervejas Bitang e Tiger, dos chocolates da Nova Zelândia.
Saudades até das ruas depois da chuva, da praia de Areia Branca, das caminhadas, do pôr-do-sol na frente do palácio do governo e dos peixes comprados na beira d’água, as eternas garoupas de Marcelo. Saudades das doideiras de Zeni (e de suas malas, claro), do fiel escudeiro George e de nossas viagens juntos. Saudades de tantas coisas…
Foi um bom tempo e definitivamente, imensurável.
Saudades…
Vivemos numa sociedade estranha. Digo estranha pois para mim ter que explicar o óbvio é algo extremamente estranho. Se é “óbvio” então, é óbvio que não precisa ser explicado mas equivoca-se aquele que, como eu, pensa desta forma. O óbvio precisa ser explicado (e ai ficamos naquela, se é obvio, para que explicar?).
Venho pensando nisso com certa frequência devido as andanças pelo mundo. Por exemplo, é necessário explicar que para entrar em um elevador precisa-se que ele esteja parado no andar? Se o elevador não está lá, não pode-se usar elevador (a menos que pense ser homem-aranha ou superman). E mais, se o elevador não está parado no andar, decerto a porta não abre. Se abre e o elevador não está onde deveria estar, porque cargas d’água entrar? Aliás, não seria entrar, mas sim, “pular”.
E o mais bizarro disso é que existe uma lei que obriga prédios a colocar uma plaquinha ignóbil na porta dizendo isso, ou seja, o óbvio precisa ser explicado.
Pode-se argumentar que existem pessoas desatenciosas e que podem entrar sem que o elevador esteja lá (ele não entra, ele comete suicídio). Tudo bem, deixo passar. Mas e como fica a plaquinha da foto flagrada em um banheiro de uma cafeteria paulistana? Será mesmo necessário dizer para o usuário mijar na privada se ela está na frente da mesma? Nonsense.
Como estas existem milhares por ai explicando o óbvio e que fazem a alegria de muitos (inclusive a minha) quando se observa. Dias atrás encontrei uma também interessante. Num restaurante, os talheres vinham em um saquinho plástico lacrado que continha a seguinte frase impressa: “para usá-los, retire do plástico”. É possível ter alguém que consegue cortar uma picanha com a faca embalada ou ainda pegar uma sopa com a colher dentro do plástico? Vai saber não?
As vezes fico pensativo: será que eu estou muito chato ou o mundo está cada vez com um número maior de estúpidos que precisam de explicação para o óbvio? A pensar…
Não teve jeito. Depois de dez dias na estrada participando de dois eventos e pegando uma chuva torrencial no litoral do Paraná, tive que entrar na dieta. Engordei alguns quilos (nem sei quantos) e estou me sentindo uma bola fofa com excesso de tecido adiposo. Para ajudar, ver meu tio que está enorme também ajudou na decisão. Tenho medo de sofrer um enfarte logo mais e pimba, acaba o blog (o que seria certamente uma tristeza e tanto).
Mesmo sendo uma tarefa hercúlea, prometi que vou cumprir religiosamente o cardápio. Muita salada, pouco doce e café da manhã, coisa que somente faço quando estou em hotel. No cardápio da janta de hoje, meia lasanha de microondas e só. Míseros 325 gramas de comida. Meu Deus, isso é tortura (que vontade de comer a lasanha inteira…) mas vai valer a pena.
Vou aproveitar inclusive o blog (que está com nova cara, viu só?) para manter a dieta. Ao invés de comer, vou escrever. Assim reduzo a ansiedade e gasto mais calorias… nos dedos :-)
Vi na Folha: foto de modelo com “pneuzinho” gera elogios nos EUA. Claro, mais que rápido fui verificar e… não é que a loira está bem?
Particularmente não consigo entender a busca incansável do mulherio pelo “tanquinho” (quer tanquinho, compre um no material de construção) ou ainda pela anorexia desenfreada. Claro, um dos principais motivos, sem dúvida, são as revistas de estética e de “beleza” que pregam o padrão “madeirith” para todas. E as fofinhas? Morrem de desgosto porque acreditam que vão estar sempre “em segundo plano”. Besteira. Comprovadamente existe uma tampa para cada panela do mundo, por mais torta e amassada que esteja. Quer prova? Vá em um ponto de ônibus do centro de uma cidade grande qualquer e observe como isso é verdade.
E vez enquando observo edições da famosa revista Playboy de diversos países do mundo e de diversas épocas da históra (thanks torrent!) pois algumas vezes aparece uma ou outra reportagem interessante. Até mesmo a número 1 editada nos EUA tenho. E o que percebo nelas:
- as revistas antigas ainda tinham o padrão de beleza com pneuzinhos (consegue imaginar a Marily Monroe seca?);
- as revistas mais novas tem costelas demais
- as revistas alemãs não tem mulheres, só carros
- as revistas italianas vendem ternos a rodo (até para mulheres)
- as revistas francesas pensam que nu é coisa de museu
- as revistas do leste europeu não conhecem pessoas que não sejam brancas
- as revistas da Ásia são tão ousadas e excitantes quanto um catálogo de lingerie da C&A
No frigir dos ovos penso que feliz é o Maluf que produz eucatex até cansar e pode, de uma hora para outra, mudar o objeto final da empresa: vender mulher “tábua”. Lamentável!