Neste final de semana fui assistir mais um filme saido de livro. Sherlock Holmes, o detetive de Arthur Conan Doyle já foi motivo de outros filmes (como o Enigma da Pirâmide ou Young Sherlock Holmes) mas agora virou zona. Até mesmo seu companheiro Dr. Watson virou fera e resolveu aprender a dar pancada. Só mesmo Hollywood para isso.
Não é um filme ruim mas é mamão com açúcar. O que salva é a irreverência e o escracho do detetive interpretado por Robert Downey Jr. em vários momentos da película (destaque para a cara da camareira que o pega algemado na cama peladão) e também as cenas computadorizadas de uma Londres antiga. O restante, fraquinho, fraquinho.
Mas pelo menos valeu a saída de casa. Depois de uma semana infernal de trabalho (inclusive virando a noite em cliente), serviu para algumas boas risadas. Enquanto isso, sigo aguardando O Hobbit que foi postergado para 2012 (antes que o mundo acabe, espero).
Há algumas semanas perdi todas as minhas músicas no iTunes (história para outro post). Tudo bem, Tinha coisa lá que nem eu imagino mais o que era e vai ser uma busca incansável pela Internet. Algumas, tenho os CDs ou LPs comigo que já estão de volta no player. Coisas como Chris Botti, Yanni, Faithless e Ella Fitzgerald. Outras…
Das que mais gostava perdi toda a série do Max Mix (simplesmente TODA) e também uma que nunca tinha visto o single desde quando trabalhei em rádio no começo da década de 90. Era Vogue de Dorian Gray, um Italo-House daqueles espetaculares (tá bom, Mysterious Art também arregaça!)
Bem, com a Internet é o maior shopping center do mundo, bastava procurar. Óbvio que não foi uma “procura” qualquer pois a música é de 1992 mas… achei perdida em um site de um russo! Sim, achei a safada e também o disco para vender originalíssimo e zerado! Coisas de Internet.
Não entendeu não é? Então clique no play abaixo para entender.
Aproveitando, o site DiscoGS é algo mais que impressionante. Tudo aquilo que você procura de velharia encontra a venda por lá. Vale a pena dar uma sapeada se você ainda tem uma Gradiente D-35 em casa ou quem sabe uma SL1200 :-)
Acabei de ler a obra Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil do jornalista paranaense Leandro Narloch e confesso que há muito tempo não lia algo tão bom sobre nossa história (acho que o último foi a série de Elio Gaspari sobre a ditadura em nosso país).
De fácil leitura e com português para qualquer ameba entender, o jornalista fez um soberbo trabalho de busca e recuperação de informações sobre as verdades de nossa história e que são, convenientemente, jogadas para baixo do tapete a fim de pintar um quadro mais bonitinho. Levanta “lebres” sobre a escravidão no Brasil, sobre os portugueses, sobre a Guerra do Paraguai, a ditadura, figuras como Santos Dumont e Aleijadinho, além da divertida passagem sobre o Acre (que ainda acredito ser a terra de Lost da América do Sul).
Valeu cada centavo pago no mesmo, fosse pela qualidade do material ou ainda pela coragem do jornalista que joga titica com um baita ventilador na cabeça de muita gente. Melhor assim. Quem sabe desta forma não paramos para pensar no que somos realmente?
Disponível nas melhores (e piores) livrarias do Brasil.
Passei entre Natal e ano-novo na casa de amigos em Salvador. Acredite, não conhecia a cidade mesmo já estando nela umas quatro vezes. Infelizmente, como a correria é grande, pouco (ou nada) tinha visto.
Muito bem. Gostei do que vi. Andei pelo Pelourinho (que está feio, descascando e pouco cuidado), pelo centro histórico, tomei sorvete na tradicional sorveteria da Ribeira (diga-se de passagem, sensacional) e ainda deu para dar uma molhada de buzanfa na praia. Mas claro, alguma coisa tinha que dar errado… e deu.
Trata-se da pífia e sem-graça ida à Igreja e Convento São Franscisco. Não que o local seja feio, ao contrário. É lindo, bem harmonioso e de uma arquitetura soberba. O sem graça fica por conta de uma daquelas estupidez que ninguém sabe de onde vem mas que todo mundo presencia, calado. Falo da proibição de tirar fotos dentro da igreja.
Já andei por museus de tudo que é canto do mundo. Gosto deles. De uma forma ou de outra, a história do mundo me fascina. Mas em nenhum vi uma estupidez como a da igreja baiana que não permite tirar fotos de nada mas ao mesmo tempo permite a filmagem, mesmo que seja com luz das câmeras. Vão dizer alguns que é por causa do flash. Ok, ok, o museu do Louvre em Paris não permite o uso de flash ou qualquer outro tipo de iluminação artificial mas permite as fotos. O mesmo ocorre em todos os museus da Ilha dos Museus em Berlin, no Museu do Cairo no Egito e até mesmo na Biblioteca do Congresso Nacional em Washington D.C. Então, porque raios não posso na igreja baiana?
Certo que não iria obter uma resposta convincente, perguntei para a moça da recepção que me viu com o trabuco na mão (minha Canon 40D) o porque da proibição e ela simplesmente me diz: não pode por causa do ouro das paredes. Conversa fiada, retruquei. A máscara de Tutancamón, toda de ouro, pode ser fotografada. O buda de ouro do Palácio do Rei da Tailândia, idem. Então, porque não lá? Logo depois descobri o porque (pelo menos em minha visão): ao lado da entrada existe um balcão que vende fotos, postais e souvernis da igreja para aqueles que não puderam tirar fotos pela módica quantia inicial de R$ 5,00. Ok, os franciscanos precisam de grana para manter o treco em pé, alguns podem dizer. Outra conversa fiada. Cobraram R$ 3,00 de entrada (sem direito a nenhuma devolução) e estavam lá vários pedreiros trabalhando na restauração interna usando o dinheiro do erário para a obra (financiado pelo BNDES e outras empresas/associações). Uma vergonha!
Se não bastasse, conversando com meu amigo que me acompanhava, ele chegou a mesma conclusão que a minha baseado no que viu e principalmente em seu conhecimento de um doutor em Geologia que conhecer minerais (inclusive o ouro) como poucos no país. Poderiam usar de outros artifícios para arrecadação e não proibir uma mísera fotografia de um lugar que pertence ao patrimônio de todos os brasileiros.
Me impressiono com a capacidade que tenho de arrumar enguiço quando tento fazer valer meus direitos. Tanto é fato que logo no primeiro dia do ano já arrumei um com as Casas Bahia, grande magazine paulista e sua enorme capacidade de negligenciar os consumidores. Explico:
Adquiri antes do natal um guarda-roupas pequeno. Coisa besta mesmo, só para organizar um pouco a baderna. Me entregaram o dito cujo há alguns dias e neste primeiro dia do ano ligo para agendar a montagem do móvel (que se fizer por conta podem alegar vício na montagem e não me ressarcirem caso tenha algum problema) para um dia em que estarei em casa (coisa rara) ou que a faxineira aqui está. Na conversa telefônica de 6 minutos, a atendente me informa que a montagem será realizada “no horário comercial”, ou seja, entre 08:00 e 18:00 horas.
Então aqui começa o problema. Ela somente esqueceu da existência de uma lei no estado de São Paulo datada de 07/10/2009 e regulamentada em 12/11/2009 que “obriga os fornecedores de bens e serviços localizados no Estado de São Paulo a fixar data e turno para a entrega de produtos ou realização de serviços aos consumidores” (Lei nº 13.747/09 de autoria da deputada Vanessa Damo). Questionando a operadora da empresa (Srta. Tais) sobre a lei, ela me solta a seguinte pérola: “estamos nos adaptando a lei e não podemos marcar período”. Boa desculpa não é mesmo?
Então, escolha uma das alternativas sobre o assunto:
A empresa estava ciente desde o dia 10 de outubro do conteúdo da lei e nada fez;
A empresa aproveita-se da estupidez e ignorância do consumidor para passar por cima da lei
A empresa não está nem ai com a lei
A empresa não está nem ai com o consumidor
Resultado do embrólio? Ir ao Procon no dia 4 para registrar queixa e solicitar a devida tomada de providências contra a empresa, além de ficar esperando a montagem na tal data. Isso claro, se no dia não devolver o montador para casa junto com o guarda-roupa pedindo o ressarcimento do valor pago.
E tudo isso porque o slogan da empresa é: “Dedicação total à você”. Imaginem se não tivesse…