Mês: dezembro 2010
Algo interessante. Num programa americano coloca-se frente a frente duas tecnologias: SMS e o código morse. Quem é mais rápido? Veja o vídeo:
Vergonha não? :)
“Sossegar o facho” é interessante. Começa-se a mudar conceitos, reaprender algumas coisas, voltar a fazer outras que se perderam lá atrás por motivos que nem se lembra mais e assim por diante. Para mim uma delas foi arrumar um companheiro canino para fazer diversas coisas que não mais fazia ou para me obrigar a fazer algumas que não faço. Mas arrumar um companheiro é tal como arrumar uma mulher: se não existe afinidade a relação se torna das piores possíveis para ambos e degringola ladeira abaixo.
Então passei três meses procurando quem seria meu companheiro nesta nova fase de “sossega leão”. Queria um animal tranquilo, que gostasse de água para poder ir a praia todos os dias, que gostasse de sair e andar e que principalmente não me enchesse o saco com latidos sem nexo ou que ficasse dando “piti” com qualquer coisa (odeio cachorro assim). Pode pensar que isso não existe mas o fato é que depois de muita pesquisa, conversa com algumas pessoas, e-mails e Google, achei uma raça que se encaixa em tudo isso e de quebra traz outras benesses. É a Golden Retriever.
Eu não acreditava em algumas coisas sobre cachorros. Por exemplo, a questão de latir. Cachorro tem que latir? Nem sempre. Uma raça como a Golden não pode latir pois a intenção era ter cães para caça de aves e se o bicho latir, acabou a festa. Óbvio que algumas vezes ele sai aprontando pelo quintal e chega a latir mas exceto estas raras excessões, é mudo. Nem mesmo gente na casa muda a tranquilidade do bicho, pelo contrário, em dois minutos já fez amizade e está querendo brincar.
Também lendo sobre ele, todos os criadores nacionais e internacionais indicam como uma das raças mais inteligentes que existe. Acredite ou não isso conta pois não tenho muito saco para ficar ensinando uma porta que ela não deve mergulhar na vasilha de ração. E no caso dele, fala-se duas ou três vezes que já aprende o que não pode fazer, e o que pode também.
Você já deve ter se deparado com um Golden em algum lugar. Normalmente em aeroportos internacionais ele é usado para farejar drogas pois seu olfato é dos melhores. Mas se não foi num aeroporto, certamente foi em algum filme de Hollywood ou ainda em cartazes de pet-shops ou venda de apartamentos. Por ter uma cara de “pidão” e ser estremamente tranquilo, ele é muito usado em peças publicitárias que precisam passar uma imagem de alegria, tranquilidade ou prazer.
O Sam
Então, decidido ter um “chapa” em casa, toca procurar um bom criador para comprar o filhote. Por sorte aqui em Florianópolis tem um canil só de Goldens muito bem recomendado e com animais de primeira linha. É o Golden Garden Canil cujos proprietários, Adriano e Tatiana são pessoas extremamente atenciosas e sempre preocupadas não só com as matrizes mas também com os filhos delas, afinal para o bem da raça e dos proprietários, os pequenos precisam estar bem sempre.
Então chegou o dia de pegar meu chapa. Com uma centena de dúvidas na cabeça ainda (afinal o último animal que tive foi com seis anos), vou no canil para escolher quem vai cuidar de mim. Chegando, o primeiro susto: o bicho fica enorme! O adulto tranquilamente bate com a pata na minha cara fácil. Para quem estava vendo os filhotes que era possível pegar numa mão e ver o adulto do lado daquele tamanho, assusta. Mas mesmo com todo este tamanho, não perdem a cara de pidões. Lindos, muito mesmo.
E a decisão? O crueldade! Acho que é a mesma coisa que acontece com pais adotivos. No meio de tantos, escolher um. Que fazer? No meu caso acho que foi o coração. Eram três machos nascidos em outubro passado e todos os 3 meio dormindo ainda. Mas eis que um deles acorda, levanta a cabeça com aquele ar de “que tá pegando???” Pronto! Amor a primeira vista. Peguei o pequeno no colo e vamos para casa.
Engraçado que para dar o nome foi simples. Queria algo fácil e que não fosse estranho (tem cada nome viu). Além disso, pronunciável em outros idiomas pois certamente vai conviver esporadicamente com amigos meus que não falam o português e fica fácil dizer o nome (consegue imaginar um australiano falando “pipita” ou “machão”?). Então veio na cabeça um nome de um cão que vi em um filme uma vez. Sam. Simples, fácil e pronunciável em qualquer sotaque.
2 meses
Já vão fazer 2 meses do nascimento do Sam que vive debaixo de minha mesa de trabalho enrolado em meus pés. Vez enquando sai para o quintal para pentelhar suas bolinhas ou tomar água. Adora um banho, um ar-condicionado, faz suas necessidades no gramado e está sempre tranquilo. Nada melhor para quem, como eu, tem uma vida agitada e precisa pisar no freio vez enquando. Um presente maravilhoso para mim mesmo.
Dentro de alguns meses, outra mudança na vida. Desta vez, um retorno a uma atividade que nunca esqueci. Aguarde.
Para mim que sou paulista, Floripa não tem trânsito, tem alguns pontos de encheção de saco somente e certamente impressiona a cada esquina com coisas que seriam impensáveis na capital da fumaça. Claro que para o manezinho o trânsito é infernal. Tudo bem, não vamos generalizar pois existem horários e momentos que o trânsito é só para paulistano que aprendeu com o tempo a ter paciência, tal como nas partidas do Avaí na Ressacada (a pista sul fica terrível!), a ponte de manhã e no final do dia e também quando a prefeitura inventa de brincar de Sim City em pleno sábado a noite na Beira-Mar norte e reduz a pista para uma, quando não meia. Também a SC-405 que vai para o sul da ilha pede uma duplicação há anos e parece (parece…) que vai sair na próxima legislatura.
Mas o trânsito tem algo interessante e que me deixa boquiaberto. Educação nata. Brasiliense se gaba que levanta a mão na faixa de pedestres e os carros param. Aqui amigo, não se levanta a mão; simplesmente para-se na faixa e coisa funciona sem que ninguém atrás fique reclamando que você parou no meio da pista para dar a vez a um pedestre. Outra coisa interessante que percebo é que os carros que vem para Florianópolis devem passar por um PEM que acaba com suas buzinas. Não ouço ninguém buzinando feito um paulista maluco para que o trânsito ande, afinal o dispositivo é para sinalizar atenção e não é polidor de chifre de corno para ficar usando a cada segundo. Isso contribui para um trânsito mais humano, menos irritante. Também vejo, por exemplo, algo que nunca poderia ser visto em SP ou Rio. Para ir ao sul da ilha, a melhor forma é usar a pista sul e depois a SC-405. Pois bem, devido a construção de um viaduto no final da pista, o trânsito fica ruim como é esperado. Na pista da esquerda, carros que vão para a ilha sul, na direita, carros que vão para o aeroporto, Ressacada e outros bairros. A fila para a parte sul fica imensa e você deve pensar “todo mundo fura fila”. Que nada! Fica aquela fila enorme mas todos, um atrás do outro aguardando sua vez. Claro, sempre tem aquele resto de aborto mal educado que leva a lei de Gérson ao pé da letra, mas a maioria das pessoas compreendem que se fizerem isso, só piora a coisa.
Pode-se pensar que a devido a frota ser nanica, isso é mais fácil de resolver. Que nada. A frota de Floripa é maior que a paulista quando colocamos habitantes x veículos na planilha. São hoje cerca de 268 mil veículos registrados na capital, perfazendo 0,66 veículos por habitante. Em São Paulo o número é similar, 0,6 veículos por habitante. A diferença é: educação.
Resumindo, até o trânsito colaborou para que eu viesse a Florianópolis ;)
Alguns de meus amigos já sabem, outros não mas o acontecido é que me mudei novamente de casa. Depois de uma temporada de 2 anos e meio em São Paulo, resolvi que chegou a hora de “sossegar o facho” de mudanças, jogar âncora e arrumar um lugar tranquilo para viver. Durante minha vida toda, tal como a música do Legião Urbana, “já morei em tanta casa que nem me lembro mais”. Bauru, Brasília, Campinas, Dili (Timor Leste), João Pessoa, Jundiaí, Paulínia, Poços de Caldas, Rio de Janeiro, São Paulo… tantos lugares, tantas casas diferentes que chegou a hora de um basta.
Quando estava saindo de Brasília em 2005 tinha duas opções para escolher: ou João Pessoa ou Florianópolis. Naquela época o nordeste me encantava com o sol de ano inteiro, falta de frio, amigos por lá e custo de vida baixo. Este conjunto fez com que tivesse escolhido a capital paraibana naquela época em detrimento ao sul do país. Leia Mais