Ano: 2011

Notícias para mudar a vida

Acho que estou ficando a cada dia que passa, mais chato. Tempos atrás escrevi que não mais iria votar em minha vida, decisão tomada devido diversas constatações explicadas no texto em questão. E de um tempo para cá, não mais assisto noticiários e tampouco leio jornal. Alguns podem pensar que vivo numa clausura ou ainda que estou virando ermitão. Não é nada disso, somente procuro algo que agrege em minha vida e não a coloque para baixo.

A mídia é um quarto poder. Tem forças para colocar um presidente sentado em sua cadeira e também forças para tirá-lo. Manipula a opinião pública de forma soberba que nem mesmo Jim Jones seria capaz de fazer igual (se bem que ele também era mídia). E assim dita, dia-a-dia, como as vidas das pessoas vão ser guiadas, seus hábitos de consumo, seus medos e tudo aquilo relacionado com a psicologia do ser humano. Se ainda fosse usada em pról da melhoria desta mesma vida, vá lá. O problema que os únicos beneficiados são os poderosos donos da “informação” e claro, seus anunciantes. Leia Mais

Quem é você?

Parece-me que as pessoas passam por uma crise de identidade tão grande quanto a incerteza do que nos reservam os próximos dez mil anos. Não falo da incerteza de não saber o que vai ser ou deixar de ser no futuro. Eu mesmo não sei o que vou ser e tampouco me preocupo com isso. Acho uma perda de tempo imensa tentar prever o futuro e, como não tenho bola de cristal, piora. Fazer planos numa vida que pode acabar em um mísero segundo é no mínimo tolice.

Mas no afã de ser algo para a sociedade que cobra a cada dia mais resultados, mais esforços e mais suor e lágrimas, pessoas esquecem a essência do que são; absolutamente nada. Isso mesmo, nada vezes nada. Simplesmente um aglomerado de átomos que deram a baita sorte de estarem organizados de tal forma a montarem um corpo e este andar sobre outros átomos também organizados em forma de terra e água. Crer que somos alguma coisa mais que isso só pela capacidade de raciocínio, é perpetuar o erro que nossos pais e avós legaram quando insistentemente cobravam que “precisávamos ser alguém na vida”, completando com um título ou nome de profissão o final da frase. Leia Mais

Deixando o mínimo

Mudança é sem dúvida uma das palavras que mais gosto da língua portuguesa. Gosto de mudanças e espero sinceramente poder tê-las em minha vida até o último suspiro. Por mais simples que sejam, as mudanças sempre tiram algo velho de lugar, que cede espaço para algo novo; uma idéia, uma camisa, uma casa ou até mesmo uma profissão. Para alguns, mudar traz medo e desespero pois tira-o da zona de conforto pré-estabelecida e sempre é abominada como vampiros, monstros ou quaisquer personagens de filmes de terror. Já para outros como eu, elas são mais que desejos; são necessidades.

Há algum tempo estava procurando uma nova cara para o blog (outra, meu Deus!) já que a última mudança aconteceu em 2009 e levou o visual mais próximo do simples. Mas do começo do ano para cá comecei a ficar insatisfeito com sua maquiagem e resolvi trocar. Tal como as mulheres que de tempos em tempos mudam o corte de cabelo ou a cor do esmalte por simplesmente enjoar, precisava fazer a mudança. Mas, para que lado seguir? Leia Mais

Atrasado? Que nada!

Dias atrás recebi uma mensagem de um leitor do blog perguntando se eu estava atrasado com as postagens aqui. A resposta é um grande não. Tudo bem que estive nas cavernas do Petar e na República Dominicana neste lapso de tempo e tenho um monte de coisas para contar. Mas a verdade é que estou escrevendo mais coisas técnicas e deixando as pessoais um pouco ao relento.

Mas prometo, volto logo para a alegria de muitos e tristeza de alguns :)

Human Planet

Já rendi aqui algumas palavras para a BBC e não é por acaso. Eles são realmente fantásticos.

Dê uma olhada neste vídeo (dica: se tiver banda, assista em tela cheia com resolução máxima em HD).

https://www.youtube.com/watch?v=2HiUMlOz4UQ

A bouça oculpada

Dizem que o pior cego é aquele que não quer ler. Tenho que concordar com a frase pois não consigo imaginar algo pior. Mas a cegueira não é somente aquela da visão. A da educação também pode ser colocada neste rol e normalmente é muito pior que a ocular.

Ter problemas com a língua portuguesa não é feio. Muita gente tem (inclusive eu). Palavras como lida, sanca ou até mesmo pergolado, aquelas que pouco usamos no cotidiano sempre pregam peças até mesmo nos mais eruditos. Mas existem algumas coisas que são inaceitáveis.

Dias atrás Josué (nome fictício) me pergunta no Facebook se eu estava “oculpado” para fazer um projeto. Confesso que não respondi pois meu nível de tolerância anda tão baixo com este tipo de coisa que preferi ignorar a dar uma resposta daquelas. E pensando na resposta, perguntei em meu twitter, o que deveria fazer sobre isso. Algumas dicas são muito interessantes:

“fala pra ela que vc ADIMRA muito seu esforsso!” (by @alemenon)

“Seja magnânimo e “declupe”” (by @anahuacpg)

“Mata a pedrada” (by @hadesjunior) <- gostei desta ;)

“pede desculpa, e procura outra…sem culpa…” (by @adriano_campos) <- hilária

“Que não pode “experar”” (by @dwalisson) <- boa também

“Se ela está com alguma culpa, basta desoculpá-la” (by @Kl0nEz)

A coisa anda tão feia que estou pensando seriamente em escrever um “dicionário do português chulo”, algo como um tutorial de como você deve interpretar determinadas palavras cuja ortografia dói nos olhos e fazem o cérebro entrar em parafuso. Por quê disso? Bem, quando alguém escreve “bouça”, o que você deve pensar?

Dureza não?

Rebola boleto

É isso aí. Acaba o feriadão e além da ressaca desgraçada por causa da marvada e aquele sentimento de culpa pelas besteiras que fez nos dias de folia, como se vestir de mulher, tomar todas, acordar na sarjeta ou não lembrar o nome do cara com quem acordou no dia seguinte, o day after traz outro problema: pagar contas. A grande maioria dos brasileiros tomam uma verdadeira dose de alucinógeno nesta época e por incrível que pareça acontece uma amnésia coletiva. Até mesmo os bancos deixam de trabalhar e… cobrar contas.

Como você é um destes que perdeu o prazo e já está tomando paracetamol só de lembrar que tem aquela fila imensa do banco para pagar o boleto atrasado, deixe eu lhe dar uma forcinha. Existe na Internet uma ferramenta para você reescrever o código numérico dos boletos vencidos de forma que os netbankings aceitam sem problemas. Assim você não precisa enfrentar aquela monstruosa fila só para pagar suas contas.

Como funciona? Assim:

Você entra no site do reBoleto clicando aqui e com o boleto atrasado em mãos, digita os números nos espaços correspondentes. Nos campos multa e juros, informe as porcentagens ou valores correspondentes. Feito isso, coloca-se a data de pagamento (hoje ou futura) e… bam! Está criada uma nova linha de números que vai usar para o pagamento. Simples não é?

Aí você pode perguntar: mas isso é válido? É correto? Sim, é. Simplesmente é gerado um novo número para os dois últimos campos do código. O primeiro campo é um dígito verificador e o segundo, o valor a ser pago e a data de pagamento. Os demais campos ficam inalterados.

Claro que se você não informar os campos de multa e/ou juros, a linha vai ficar errada quanto ao valor e depois terá problemas. Este sistema NÃO É para você sacanear ninguém, mas somente evitar que pegue aquelas filas absurdas nos bancos somente para o caixa fazer a mesma coisa que o reBoleto faz: recalcular as duas últimas casas.

Gostou não é? Então pegue um pouco da grana que ia gastar com estacionamento, gasolina e tempo e faça uma doação para o cara que criou o reBoleto. Ele certamente vai agradecer e muito!

Manhã 07/03

É quando o sol vai quebrando
Lá pro fim do mundo pra noite chegar
É quando se ouve mais forte
O ronco das ondas na beira do mar

Manhã de sol na praia do Campeche - Floripa

Blues novinho com jeito de antigamente

Muita gente não gosta de blues porque tem aquela visão dos negros americanos e seus cânticos religiosos. Blues tem suas raízes nisso mesmo mas não podemos esquecer de Eric Clapton ou ainda B.B.King em suas gitarras infernais que fizeram história e levaram o blues para um patamar muito acima do que simplesmente “cânticos”.

Dias atrás estava assitindo uma de minhas “novelas”, o seriado House M.D. na Universal e as cenas finais de um dos episódios era acompanhada de um belo blues que não conseguia identificar se era algo “das antigas” ou ainda algo do chamado Chicago Blues que não tanto conheço. Procurando na web, algumas pessoas tiveram a mesma curiosidade que eu e acabei descobrindo os pais da criança. Trata-se de uma banda nova nascida na Flórida (quem diria) chamada JJ Grey & Mofro que segue os passos dos grandes do blues e mesmo sendo branquinho seu vocalista, a força de sua voz e o jeito de cantar lembra em muito o antigo blues do delta do Mississipi.

A banda está em turnê nos EUA e poderia ser uma das convidadas para algum destes eventos como Free Jazz Festival (ainda existe isso?). Certamente o público iria adorar.

Quer ouvir? Clique aqui e faça o download da faixa The Swettest Thing do último disco deles. Vale a pena.

Nojeira sem noção

A banda/bloco Olodum já foi inovadora. Em seu começo tinha grandes sucessos que até mesmo eu que sou terminantemente contra os modismos passageiros, gostava de algumas canções e claro, da batida compassada e bem feita que empolgou Michael Jackson e levou a trupe para o estrelato internacional.

De ONG, virou lixo. Há alguns anos não faz bosta nenhuma a não ser música de qualidade duvidosa e agora, neste carnaval sela de vez a má fase quando toca junto com os pseudos-cantores boiolas-emos Restart.

Sempre pensei que certas coisas não tinham como ficar pior mas o anúncio destas duas “bandas” no carnaval prova que não. Por mim, tudo bem, não gosto de carnaval e tampouco vou estar em Salvador para presenciar tal fato obsceno. Mas confesso que fico com dó daqueles que passaram o ano todo esperando pela data para se divertir e mais ainda por aqueles que vem do exterior, gastam os tubos de dinheiro para aportar nas terras de São Salvador e serão brindados com tal apresentação.

Depois não querem que o gringo sai do Brasil pensando que temos só lixo. Tem como?