“A verdade acaba quando vira zero e um”. Certamente essa é uma frase de efeito mas que explana muito bem a sociedade em que vivemos.
Volta e meia encontro imagens lindas na Internet de lugares que imagino conhecer um dia. Paisagens deslumbrantes em nosso planeta onde não é possível deixar de se emocionar. Mas pera aí. Será que são verdadeiras? Será que toda a exuberância apresentada na foto é realmente compatível com o que lá está? Na maioria das vezes… não.
Gosto muito de fotografia e faço dela somente um hobby (que ando afastado). Por gostar, tento aprender e aperfeiçoar sempre lendo livros e vendo tutoriais e/ou cursos sobre o assunto. Muitos desses materiais são sobre um tema que exageradamente é usado nos dias de hoje: retoques. Claro, sempre é necessário dar uma retocadinha aqui e ali numa foto, principalmente quando ela é usada para publicidade, afinal o belo é que vende. Mas existe um lado macabro nessa técnica que é a indução do observador a acreditar que o que está vendo é verdadeiro. Veja o exemplo a seguir:
Essa foto foi tirada de um anúncio de uma revista de fotografia, que apresenta uma empresa especializada em retoques digitais, sendo que a mulher da esquerda é a foto realmente tirada e da direita, o “resultado final” usado na web, revistas, catálogos e etc. É possível acreditar que as duas são a mesma pessoa? Difícil não é?
Já tinha comentado sobre isso num outro post (Os maiores gênios do mundo) mas volto a tona pois, num supermercado, fiquei impressionado com a quantidade de revistas de beleza penduradas em gôndolas próximas aos caixas. Mais interessante é ver que as mulheres compram no perdido desejo de ficarem iguais ou próximas daquelas beldades apresentadas nas mesmas. Será que não percebem que é tudo questão de zeros e uns? Melhor seria certamente comprar um livro espiritual qualquer para embelezar o espírito, e não o corpo que, inexoravelmente, vai ficar velho e se acabar.