Essa série vai ficar famosa, tenho certeza.
Em Malta, o primeiro-ministro (leia bem, o camarada que manda no chiqueiro) tem direito a dois carros para sua atividade de gerir o país. Um deles usado “oficialmente” por ele e outro para funcionários do gabinete usarem em atividades relacionadas ao trabalho.
Pois bem. Foi lá a mídia encrenqueira e golpista fuçar e descobriu que o segundo carro consome em média cerca de 87 litros de combustível por semana, que são 38 litros a mais que o carro oficial (49 litros). Estes 87 litros custam ao erário o “absurdo” de 114 Euros, ou R$ 503,00 na cotação de hoje.
A grita agora aqui é “porque o segundo carro consome mais e porque ele foi, por mais de duas vezes, visto nas mãos da esposa do primeiro-ministro se ela não faz parte do gabinete”? Ninguém sabe, porém estão cutucando para saber onde vai parar a diferença de 38 litros de combustível, ou cerca de 50 euros/semana.
Num paralelo interessante, cada vereador da capital alagoana, terra do clã Collor de Mello e que possui tamanho similar a Malta (assim não precisa se rodar tanto), conta com 1.300 litros de combustível por mês para locomoção. Multiplicando-se pelo preço raso de R$ 3,50 o litro, gasta-se cerca de 1.000 euros por mês, enquanto na “pobre” Malta, o primeiro-ministro “torra” cerca de 712 Euros/mês com a locomoção em seu gabinete (detalhe, o carro “oficial” é seu carro particular por escolha própria. Um Alfa-Romeo 159); isso num local onde o PIB per capita é 5 vezes maior.
Diante de tal comparativo não resta dúvida que o povo maltês é realmente encrenqueiro e briga por mixaria, afinal, Maceió, que é “somente” a sexta cidade mais violenta do mundo e a segunda no Brasil, não reclama.
Vai entender.