Aos 78 anos, morre David Sanborn. Uma lenda do saxofone e um especialista em fazer qualquer melancolia ficar mais pesada.

Ao contrário que alguns acreditam, não gosto somente de rock. Na verdade gosto tanto de rock quanto jazz (alguns posts aqui no blog provam isso) na mesma proporção. Sim; antagônico. Estranho nem tanto pois ambos são boa música.

E eis que me deparo hoje com a triste notícia do falecimento de David Sanborn, um dos maiores mestres do saxofone, ganhador com justiça de seis prêmios Grammy, no último domingo, dia 12/05.

Não digo que fiquei arrasado, mas confesso que chateado pois o tenho (tinha?) em minha lista do Songkick para quando estivesse “nas cercanias”, pudesse assistir uma apresentação ao vivo. Infelizmente o câncer não permitirá que eu assista-o e me resta então escutar a coleção dele que tenho em minha storage com quase 30 álbuns.

David Sanborn, a lenda

Difícil não conhecê-lo e decerto muitos já o ouviram mas nem sabem quem era. Exemplo simples pode ser visto na trilha sonora dos filmes Máquina Mortífera. Sim, estou falando daqueles filmes da sessão da tarde com Mel Gibson e Danny Glover. A trilha sonora sempre foi interessante e em todas as cenas e músicas onde tem sax, era David Sanborn tocando.

E foi assim também que eu o conheci. Já gostava de alguma coisa de jazz quando adolescente, mas aquela melancolia do sax de David nos filmes era de cair o queixo. Depois, virou história. Consegui a coleção completa de seus CD’s que volta e meia coloco para tocar, principalmente em noites mais escuras quando estou só, tomando uma Orval.

Àqueles que não o conhecem, deixo aqui um exemplo de seu trabalho. A linda Don’t Let Me Be Lonely Tonight com vocais de Lizz Wright do álbum Closer de 2005.

Esse é decerto um dos que farão bastante falta na história da música.