Se já não bastasse a Polícia Federal vasculhando o Orkut da moçada atrás de “atos ilícitos”, agora vem outro furão querendo seus dados digitais.
Depois das ameças de terrorismo nos aeroportos ingleses de agosto passado, começaram a ser proibidas bagagens de mão que não fossem documentos, cartões de crédito ou remédios que deveriam ser ministrados em pleno vôo. Mas aparentemente isso não satisfez os ávidos olhos do Big Brother americano que, de acordo com a edição de ontem do jornal britânico Telegraph, assina acordo com os europeus para “passar o olho” no extrato de cartão de crédito e/ou no e-mail de qualquer pessoa que para a América viaje.
O que você tem a ver com isso? Muito pouco se não estiver viajando para os EUA. Caso contrário, indica-se NÃO comprar passagem aérea com seu cartão de crédito e tampouco fornecer informações de seus e-mails para qualquer companhia aérea. Paranóia? Pode ser que sim, pode ser que não, mas como tenho sempre dois pés atrás com os “gringos” não duvido que o acordo seja extensível para outros países, mesmo que não exista acordo assinado.
Resultado prático da ação
Caos, constrangimento e nenhum terrorista preso. Ou alguém acredita piamente que Osama Bin Laden e sua trupe compram explosivo plástico com AMEX na BestBuy americana? Óbvio que não.
Claro que esta é mais uma ação em nome do “combate ao terrorismo”. Se já não bastasse ser tupiniquim pobre e terceiro mundista, ainda é preciso liberar aqueles e-mails com piadas de português e correntes com arquivos PPT anexados para serem bisbilhotados pela CIA ou departamento de Imigração americano. Tudo para a proteção do “american way of life”