Categoria: Miscelanea

Lançamento do livro em sampa

Amanhã estou em sampa na FNAC da Av. Paulista (N. 901 – Fone: 2123-2000) para o lançamento do livro Internet: o encontro de 2 mundos. Começa as sete da noite e a entrada é franca. Dizem até que vai acontecer uma boca-livre por lá.

Se você estiver pela capital da fumaça, apareça!

Maiores infos sobre o livro na página oficial clicando aqui.

Turismo brasileiro

Estive neste final de semana em João Pessoa, Paraíba participando do ENSOL 2.0, um evento de software livre. Ao contrário do que pode-se imaginar, não pude fazer absolutamente nada de turismo por estar com a agenda cheia em todos os dias, mas nos caminhos entre hotel-evento-restaurante pude perceber que o turismo na cidade pouco mudou. Um dos fatores, claro, a falta de incentivo do governo local a esta importante forma de trazer recursos para a sociedade. Parece-me que o governador está mais interessado em trair sua mulher e tomar umas do que promover o turismo. De outra, uma questão geográfica que por um “azar” daqueles, deixa João Pessoa entre os dois destinos mais importantes do nordeste (Recife e Natal), fazendo com que a cidade, mesmo maravilhosa, tranquila e linda, seja colocada em segundo plano tanto pelos brasileiros quanto pelos estrangeiros.

Mas hoje lendo uma notícia na BBC penso que pode existir um terceiro motivo. A criminalidade em João Pessoa é pequena e os traficantes de droga e grupos do crime organizado (exceto aquele do governo) não estão muito interessados na cidade. Então com isso, pessoas deixam de ir à cidade por não poderem participar de uma nova modalidade de turismo em nosso país: o “encontro com traficantes armados”. Sim, isso mesmo, você paga uma quantia X para poder se encontrar com traficantes armados e conhecer seu dia-a-dia. Nada mais lamentável.

Fico imaginando onde vamos parar com toda esta criatividade. Acredito que daqui há alguns meses, até o BOPE e a ROTA estão dando opções para o turismo dentro de nosso país: participe de uma batida policial em uma favela paulistana ou em um morro carioca e sinta realmente o que é ser “puliça”.

Últimas aquisições

O “shopping Internet” anda quente. As últimas aquisições:

  • Keiko Matsui – A Drop Of Water, Dream Talk e The Piano. Jazz de primeiríssima qualidade;
  • Moby – Last Night. O último CD do maluquete da música eletrônica;
  • Jane Monheit – Surrender. Dei 4 estrelas para o CD, lindo mesmo (dá para escutar na web). Destaque para Caminhos Cruzados e Só Tinha Que Ser Com Você (viu!);
  • Gianluca Grignani – Cammina Nel Sole. Só para não perder o contato com a música italiana.

Preciso me cuidar

Notícia estarrecedora (pelo menos para mim): “Imigração barra casal por ser obeso na Nova Zelândia”. Imaginem, alguns quilos a mais e pimba, volta para casa. Tudo bem que aqui foram vááááários quilos a mais, mas…

Preciso me cuidar senão na próxima eu não passo. Vergonhoso!

A matéria na íntegra, aqui.

A cara do FDP

Tem coisa mais ordinária que uma pessoa que abusa de crianças, principalmente sexualmente? Duvido que tenha e para mim é tão ruim (ou pior) que genocídio. Para pessoas assim, execução sumária seria o mínimo aceitável.

Venho neste assunto porque recebi uma mensagem pedindo o auxílio de quem fosse para a captura de uma maçã podre. A polícia federal alemã (Bundeskriminalamt) conseguiu por meio de software retirar efeitos colocados em fotos postadas na Internet de um criminoso sexual e procurado pela Interpol. Uma técnica no mínimo interessante pois os efeitos distorcem totalmente a imagem, tornando-a irreconhecível.

Era meu nego, era irreconhecível. Depois dessa, só falta achar o safado que se fotografou abusando de crianças. E depois, preferencialmente, deixá-lo em algum presídio de São Paulo por uma semana. Vai virar uma verdadeira couve-flor.

Para ver o perfil do safado, a retirada dos efeitos das fotos e também o aviso de busca do cara, clique aqui. Se você já o viu, envie uma mensagem para a Interpol pelo formulário do site. Ajude a tirar mais este lixo da sociedade. As crianças agradecem.

Chacoalhou!

Virge maria, a terra chacoalhou!

02:08 da manhã de 13/09 (aqui já é 13). Ainda acordado verificando alguns sites para conseguir boas tarifas aéreas, sinto meu corpo mexer. Mas ao contrário de uma mexida de dança ou uma tremedeira, é algo denso, forte. Olho para os lados a fim de verificar se não estou doido e percebo que o abajur ao lado da mesa balança. Rapidamente viro a cabeça para a cadeira ao lado que também balança. Resultado: um terremoto.

Caramba! Pensei que ia passar em branco na minha estadia no anel de fogo do Pacífico. Que nada! Aconteceu! E interessante que parecem ser as placas se ajeitando pois há algumas horas atrás ocorreu outro perto de Jakarta com a intensidade de 7.9 na escala (depois revisto para 8.2), ou seja, um baita terremoto.

A sensação? Indiscritível. Mesmo sendo um tremor que somente quem estava acordado percebeu (tanto que meu roommate não saiu correndo da cama :-)). As mãos ainda tremem e a única coisa que me lembrei na hora foi do “T” verde, enorme que vi no estacionamento do aeroporto de Lima, no Peru. Lá estando em 2003, achei estranha aquela “coisa” no meio do nada e perguntei para um policial o que era. Simplesmente disse com a maior calma do mundo “se a terra começar a tremer, corra para lá”. Hoje entendi o que é o “corra para lá”.

Agora só espero poder dormir. Depois destes dez segundos, vai saber se não vem um dos bravos mesmo? E com o sono de pedra que tenho, é capaz de cair a casa e nem perceber.

American Photo Emerging Project

Muita gente gosta de minhas fotos. E eu também. Até dizem que deveria deixar de fazer software para virar fotógrafo. Não, definitivamente pelo menos por agora não é minha aspiração. Gosto de fotografar pelo prazer e não pela grana.

Mas claro que ser reconhecido pelo seu trabalho, seja ele qual for, é sempre bom. Então resolvi participar do American Photo Emerging Project, uma “busca” da revista American Photo em conjunto com a Apple atrás de novos e emergentes fotógrafos que possam estar escondidos em algum lugar do mundo. Para isso, enviei dez imagens já trabalhadas a fim de testar se tenho algum dom para esta área. Quem sabe não gostam e acabo virando fotógrafo de um jornal mundial ou ainda da National Geographic? A disputa certamente é difícil mas não custa tentar :-D

Ah, e se você também quer participar, acesse o site do projeto clicando aqui e veja as regras. Mas corra, o prazo para a submissão dos trabalhos vai até dia 30 deste mês.

Aliviando a tensão

Os úlimos tempos andam complicados e ando fazendo coisas, digamos, estranhas. Nada que me condene e tampouco que me acabem com a imagem, mas devido a tensão que paira no ar pelos problemas de instabilidade política, a maldita “rádio pião” que teima em fanfarrear em tudo que é blog, lista e site as mais esdrúxulas notícias sobre o país e também o celular que vive quente pela sistemática recepção de mensagens da área de segurança da ONU para todo o staff ficar avoid the area, ando usando técnicas interessantes para tentar desligar um pouco a cabeça.

Uma delas é a caminhada diária ao final do dia. Caminho quase quatro quilômetros que fazem bem as minhas pernas e também para a tensão do dia-a-dia. Como caminho na orla perto da estátua do Cristo (que ainda não entendo porque está de braços abertos para a Indonésia e não para o Timor), posso ver o sol se pondo atrás de Ataúro numa apresentação maravilhosa de beleza. Cada dia um pôr-do-sol diferente, cada dia um deslumbre novo. Isso me dá prazer e efetivamente faz com que deixe por uma hora os pensamentos da água do caldeirão fervente bem longe.

Já a outra é mais cerebral. No final do dia, antes de me deitar e depois de ter escrito pelo menos umas quatro páginas do livro que está saindo em breve (além dos posts aqui no blog e no meu outro site), dou uma passada na Desciclopédia. Um site de humor no melhor estilo Wikipédia mas que, obviamente, contém todo o tipo de piada de bom e mau gosto sobre todos os assuntos possíveis e imagináveis, além de um verdadeiro rosário com o que há de melhor e pior em palavras de baixo calão.

Algumas páginas são uma bostinha (como os próprios editores confirmam), mas outras são verdadeiras pérolas da criatividade humana. Dentre elas inclusive existem aquelas que vejo regularmente, seja para verificar a existência de novo conteúdo ou ainda para dar risada da mesma coisa. Na lista das melhores estão: Emo’s (existem seres assim?), Galvão Bueno, Brasil, o narrador da Sessão da Tarde e claro, Chuck Norris.

Pode não ser o alívio que tanto desejo e tanto preciso (mas que está pertinho de chegar). Mas, pelo menos, de tédio e amargura não morro e espanto até mesmo os sonhos como o da última noite em que estava no meio de uma guerra civil em Dili, com pessoas armadas de um lado e chumbo internacional do grosso de outro.

Enfim, já que terminei o post, deixe-me ir para a Desciclopédia dar umas risadas pois o tempo urge e a cama chama. Boa noite!

Cartilha para os brazucas fora da terrinha

Tomei ciência da criação de uma cartilha para brasileiros que pretendem viver ou vivem no exterior e também para aqueles que estão voltando para casa. A mesma é um trabalho conjunto de vários ministérios de nosso país e trás de forma simples e objetiva, as respostas para a grande maioria das perguntas relacionadas com migração.

Tomei um tempo para ler suas vinte e seis páginas e o conteúdo está muito bom. Informações sobre questões relacionadas à educação, saúde, trabalho, vistos e outras são abordadas inteligentemente neste documento. Nele inclusive, obtive algumas informações que não conhecia sobre alguns temas relacionados a “morar fora”.

Se você está pensando em “pular do barco”, dê antes uma lida nesta cartilha que pode ser encontrada dentro do site do Ministério do Trabalho e Emprego, clicando-se aqui. Ela pode persuadir você a mudar de idéia e mostrar que a realidade (que vivo contando nestas páginas) não é tão colorida como aparenta.

Agora se você está longe do churrasco e caipirinha, também dê uma olhada. Existem informações muito interessantes sobre a vida aqui fora.

E foi-se mais um ano

Pensa que ia esquecer do meu aniversário? Faltava essa. Na verdade foi a falta de inspiração para escrever sobre o assunto, sempre ela. Engraçada essa coisa de inspiração. Tem dias que vem aquela vontade enorme de escrever sobre… pernilongos! Ou ainda sobre pizzas mas nada de escrever sobre outras coisas digamos, menos superficiais. Mas o que fazer? Quando chegar a inspiração para escrever sobre coisas mais palpáveis (ou sabe lá o adjetivo que deseja para isso), escrevo. Simples assim.

E hoje é sobre meu aniversário… semana passada! Que vexame! Nem sobre ele, meu Deus. Acho que é bloqueio para não lembrar que estou mais velho ou, para aquelas pessoas mais “educadinhas” (ou mais abestadas), “experiente”. Experiência quem tem é puta. Eu tenho é idade mesmo; não vem que não tem! Começam a aparecer os cabelos brancos (que ouço dizer ser “charmoso”), barriguinha, sono pesado e o bendito vício de não gostar de exercícios físicos, exceto pelas minhas práticas noturnas de raquetadas elétricas nos bichos voadores dentro do quarto. Até mesmo meu rebento mais velho já me chama carinhosamente de “velho”; e pior, eu gosto. Devo estar louco meu Deus!

Mas ser velho não é nada feio, pelo contrário. Além daquilo que chamam de experiência (não preciso repetir quem é que tem experiência não né?), velhos contam com várias vantagens. Fila exclusiva nos correios para pagar o carnê do Baú, andar de graça em transporte público lotado e ficar em pé no forninho lá na frente, dormir no sereno esperando a fila do INSS andar e quem sabe, com um pouco de sorte ser internado em um asilo porque os filhos e/ou netos não suportam mais suas incontigências noturnas.

Tirando a brincadeira realística brasileira de lado, ser velho é muito legal. Pode-se apreciar um bom vinho e fazer aquela cara de entendido que ninguém vai te contestar, pode-se jogar xadrez sem ser considerado cafona ou ainda escutar Ella Fitzgerald no laptop novinho em folha sem ser chamado de babaca. De minha parte, nada a reclamar pois os anos somente vão apresentado coisas melhores à mim. Mostram que a playmate do mês é menos atraente que um pôr-do-sol, principalmente com os “photoshops” de hoje em dia, que errar é mais que humano, é obrigatório para ser feliz, que é muito melhor dar do que receber, que não existem coisas impossíveis (mas existem sim bundas-moles que não querem fazer) e que a melhor mulher do mundo é a sua.

Fiz trinta e cinco anos e com esta passagem, um pacto com o manda-chuva: numa conversa dia destes, acertei que ficaria aqui até os setenta. Depois disso, hora-extra sem pagamento em dobro. Ele concordou sabendo inclusive que se puxasse antes, tocaria o inferno no céu. Como já conhece a peça de outros carnavais, resolveu não arriscar. Assim, pelo menos mais trinta e cinco nesta vida. Depois vemos o acordo para a próxima, afinal não estou a fim de voltar cabrito ou urso panda.

Comemorando aqui do outro lado do mundo, amigos e colegas conquistados neste tempo em Timor Leste, um almoço na companhia destes (aqui estão as fotos) e alguns presentes maravilhosos para serem guardados com todo o carinho. No mais, a falta de quem está longe, a saudade e claro, a vontade de ouvir aquele “thisssssss” de uma latinha de Skol sendo aberta. Trinta e cinco anos bem passados, bem vividos e com a certeza que ainda tenho muito o que fazer nos próximos trinta e cinco, principalmente fazer feliz.

Então, paz e sossego para o velho aqui pois afinal, quem tem experiência é puta.