Categoria: Mundo

Tapa na cara (e bem dado)

Em 1992 aconteceu na cidade maravilhosa a ECO-92, uma oportunidade única para delegações de dezenas de países conhecerem e se esbaldarem nas praias do Rio de Janeiro. Quinze anos depois pouca coisa (ou nenhuma) mudou, mas algumas coisas ficaram e uma delas é um discurso de uma garota canadense para lá de pesado, um verdadeiro tapa na cara daqueles que lá estavam.

A garota não sei onde está. Pode ter sido assassinada pelos americanos ou ainda morrido de câncer devido ao monte de porcaria que produzimos, mas o vídeo do discurso (legendado) pode ser visto abaixo.

Eco 92 por pmichelazzo no Videolog.tv.

Think about

Resultados da Nova Zelândia

Comecei a trabalhar no DVD das imagens da última viagem para a Nova Zelândia. Confesso que é uma tarefa árdua, principalmente quando se tratam de aproximadamente 3 mil fotos e mais de 7 horas de vídeo. Cansativo mas vale a pena cada segundo das imagens.

O primeiro resultado é o trailer da produção (que chique!) que pode ser visto aqui.

Manifestação PNTL

Anteontem aconteceram as comemorações do sétimo aniversário de criação da PNTLPolícia Nacional de Timor Leste com alguns eventos pela cidade devido a passagem da data. Defronte do ministério em que trabalho foi feita também uma manifestação tanto pela data quanto para lembrar as mortes de vários policiais ocorridas ano passado no meio da crise timorense.

O evento me chamou atenção pois foi a primeira vez que observei uma manifestação tão próxima e também pela tristeza embutida no ato onde filhos de policiais mortos e suas esposas choravam diante das marcas de sangue ainda existentes no asfalto.

Não questiono políticas ou atos advindos destas. Há muito aprendi também que o “certo” e o “errado” são duas faces de uma moeda que pode ter formato muito diferente de acordo como se observa. O triste são as imagens (que podem ser vistas clicando-se aqui) ou ainda o exemplo abaixo, digno de lamentação.

MoJ

E foi-se mais um ano

Pensa que ia esquecer do meu aniversário? Faltava essa. Na verdade foi a falta de inspiração para escrever sobre o assunto, sempre ela. Engraçada essa coisa de inspiração. Tem dias que vem aquela vontade enorme de escrever sobre… pernilongos! Ou ainda sobre pizzas mas nada de escrever sobre outras coisas digamos, menos superficiais. Mas o que fazer? Quando chegar a inspiração para escrever sobre coisas mais palpáveis (ou sabe lá o adjetivo que deseja para isso), escrevo. Simples assim.

E hoje é sobre meu aniversário… semana passada! Que vexame! Nem sobre ele, meu Deus. Acho que é bloqueio para não lembrar que estou mais velho ou, para aquelas pessoas mais “educadinhas” (ou mais abestadas), “experiente”. Experiência quem tem é puta. Eu tenho é idade mesmo; não vem que não tem! Começam a aparecer os cabelos brancos (que ouço dizer ser “charmoso”), barriguinha, sono pesado e o bendito vício de não gostar de exercícios físicos, exceto pelas minhas práticas noturnas de raquetadas elétricas nos bichos voadores dentro do quarto. Até mesmo meu rebento mais velho já me chama carinhosamente de “velho”; e pior, eu gosto. Devo estar louco meu Deus!

Mas ser velho não é nada feio, pelo contrário. Além daquilo que chamam de experiência (não preciso repetir quem é que tem experiência não né?), velhos contam com várias vantagens. Fila exclusiva nos correios para pagar o carnê do Baú, andar de graça em transporte público lotado e ficar em pé no forninho lá na frente, dormir no sereno esperando a fila do INSS andar e quem sabe, com um pouco de sorte ser internado em um asilo porque os filhos e/ou netos não suportam mais suas incontigências noturnas.

Tirando a brincadeira realística brasileira de lado, ser velho é muito legal. Pode-se apreciar um bom vinho e fazer aquela cara de entendido que ninguém vai te contestar, pode-se jogar xadrez sem ser considerado cafona ou ainda escutar Ella Fitzgerald no laptop novinho em folha sem ser chamado de babaca. De minha parte, nada a reclamar pois os anos somente vão apresentado coisas melhores à mim. Mostram que a playmate do mês é menos atraente que um pôr-do-sol, principalmente com os “photoshops” de hoje em dia, que errar é mais que humano, é obrigatório para ser feliz, que é muito melhor dar do que receber, que não existem coisas impossíveis (mas existem sim bundas-moles que não querem fazer) e que a melhor mulher do mundo é a sua.

Fiz trinta e cinco anos e com esta passagem, um pacto com o manda-chuva: numa conversa dia destes, acertei que ficaria aqui até os setenta. Depois disso, hora-extra sem pagamento em dobro. Ele concordou sabendo inclusive que se puxasse antes, tocaria o inferno no céu. Como já conhece a peça de outros carnavais, resolveu não arriscar. Assim, pelo menos mais trinta e cinco nesta vida. Depois vemos o acordo para a próxima, afinal não estou a fim de voltar cabrito ou urso panda.

Comemorando aqui do outro lado do mundo, amigos e colegas conquistados neste tempo em Timor Leste, um almoço na companhia destes (aqui estão as fotos) e alguns presentes maravilhosos para serem guardados com todo o carinho. No mais, a falta de quem está longe, a saudade e claro, a vontade de ouvir aquele “thisssssss” de uma latinha de Skol sendo aberta. Trinta e cinco anos bem passados, bem vividos e com a certeza que ainda tenho muito o que fazer nos próximos trinta e cinco, principalmente fazer feliz.

Então, paz e sossego para o velho aqui pois afinal, quem tem experiência é puta.

Oportunidade

Quase sete anos após a saída da Indonésia do Timor, ainda existem espalhados pelas ruas de Dili, diversos prédios públicos destruídos ou queimados à custas dos indonésios que por “pirraça” resolveram tocar fogo em tudo, atitude esta certamente aprendida com os “magnânimos professores” da CIA e sua política de “terra devastada”.

Menina

Enfim, a história não é esta, mas sim uma foto que consegui esta semana. Estive clicando no evento “Justiça e Paz” promovido pelo Ministério da Justiça e em uma de minhas saídas para fumar me deparei com a cena a seguir:

O que marca é o contraste do muro destruído com seu rosto esperançoso que um dia a situação realmente mude. Quiçá seja assim.

A alegria de ser timorense

Foto clicada na festa da defensoria pública em 13/01/07, dia que estava chegando em Dili. Sorte? Não sei, mas feliz por ter registrado momento tão bonito.

Quer aprender outro idioma? Experimente estas dicas

Já dizia o velho guerreiro Chacrinha que “quem não se comunica, se estrumbica”. E nos dias de hoje onde a globalização deixa de ser um sonho para se tornar algo ao alcance de alguns cliques, o aprendizado de outros idiomas é mais que uma necessidade, é uma obrigação.

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Meus amigos marroquinos

Passei as duas últimas semanas de novembro em Recife/PE ministrando um curso no Tribunal de Contas do estado. Um trabalho tranquilo e que adoro fazer, além de uma turma extremamente interessanda e batalhadora. Deste período, além de meus novos compadres cachaceiros, primos de Juliano (Guto, Hugo, Fabio, etc) e da Bodega do Véio (um “point” em uma viela de Olinda remanescente daqueles tempos que se achava numa bodega até parafuso de cabo de serrote), também tive a oportunidade de conhecer duas pessoas que, além de serem extremamente engraçadas, são exemplos de perseverança dos mais bonitos.

Fiquei todo este tempo em uma pousada em Olinda chamada Pousada D’Olinda. Um casarão antigo defronte da Igreja de São Pedro. Simpática, limpa, arrumada e tranquila, a pousada é certamente uma das melhores da cidade não somente pelo preço justo mas também pelo maravilhoso atendimento proporcionado pelos irmãos marroquinos que dela são donos.

O mais velho, Abdul (ou pelo seu nome brasileiro, Artur) chegou antes no Brasil. Resolveu ficar seis meses viajando e depois de um ano, recebeu uma proposta de um amigo para voltar e cuidar da pousada que hoje está. Engenheiro Químico de formação, ele já fez de tudo na vida; foi cabelereiro, garçom e artista plástico. Aventureiro nato, deixou sua terra natal devido ao magnetismo que o Brasil exerce nos estrangeiros (palavras dele inclusive) para simplesmente aqui viver. Estudou gestão hoteleira por correspondência no SENAC e depois de formado com louvor, mesmo falando um português simplório na época (mas falando fluentemente francês, inglês, árabe e espanhol) ele assumiu a pousada “zerada” e com muita força de vontade e dedicação, manteve o bom nome da casa, constituiu família aqui e hoje não pensa em voltar.

Seu irmão, Abdila (ou Andrey), depois de um ano e meio de seu irmão no país, foi convidado para também vir ao Brasil trabalhar e viver. Ele tem uma história mais engraçada ainda. Seu pai, comerciante no Marrocos deu um ultimato daqueles que os jovens precisam para virar homens: “ou você se casa e toca a loja da família ou vai morar com seu irmão no Brasil”. Ô dureza!!! Pediu um tempo para pensar nas duas propostas. Em suas palavras, diz ele que “A felicidade pode não estar onde nascemos, mas ela existe”. Dias após, recebeu alguns “sinais” da vida dizendo que o melhor que teria a fazer era vir para o Brasil pois sua felicidade poderia cá estar. Resolvido, chegou ao seu pai e disse: “resolvi ir para o Brasil”. Seu pai, que aparenta ser pessoa vivida pergunta à ele o porque desta decisão e ele, de bate-pronto responde: “penso que estando embaixo das asas de meus pais não serei homem realmente. Assim, acredito que lutar o dia-a-dia em uma terra diferente poderá me dar esta condição”. Satisfeito com a resposta do filho, mandou-o para cá a fim de ajudar o irmão e também a se tornar homem.

Da mesma forma que o mais velho, estudou o que pode sobre nossa cultura e sobre os assuntos relacionados com seus negócios paralelamente as tarefas diárias que tinha que exercer dentro da pousada. De causos em causos, hoje está tranquilo, com família constituída e feliz da vida, condição esta estampada no sorriso tanto dele quanto de seu irmão mais velho.

As lições aqui são muitas. A primeira delas é que fazemos nossa felicidade (ou buscamo-a em qualquer lugar). A segunda que não existe impossível mas sim o medo (que já falei várias vezes aqui sobre ele). Medo do novo, medo da insegurança do que irá encontrar, medo de não dar certo, medo de tudo. E finalmente, a melhor delas é que sem trabalho e amor não se constrói nada. Esqueça o que você conhecer sobre “turcos” que nós brasileiros teimamos em chamar todos que são árabes (da mesma forma que os paulista generalizam todos os nordestinos como “paraíbas”). Eles cá não estão em busca de dinheiro fácil ou coisa do tipo. Cá estão para serem felizes, para contribuírem com nossa terra e também para nela deixar um legado de bons feitos.

Pessoas honestas e extremamente educadas e cortezes, certamente Deus para eles é muito bom e para mim, mais ainda em poder conhecer pessoas deste tipo que agregam mais ainda em minha vida e que me mostram cada vez mais que ser feliz é diferente de estar feliz.

À eles, meus sinceros e humildes parabéns pelo peito e coragem. À você que lê, visite a pousada e tenha certeza que irá se impressionar tanto quanto eu com o respeito e simpatia, provando que não é somente nós brasileiros que a temos.

Obs: as fotos de Olinda podem ser vistas clicando aqui.

Participe da próxima missão à Marte

Você não precisa ser uma sonda ou ter uma conta corrente sem limite de crédito para participar da próxima missão ao planeta vermelho. Basta simplesmente preencher um formulário e seu nome será incluído dentro de um mini-DVD que seguirá na missão Phoenix juntamente com mensagens de Carl Sagan, Arthur C. Clarke e muitos outros.

Os dados são simples: seu nome (que estará dentro do mini-DVD), endereço de e-mail e país (se quiser). Feito isso, até dia 5 de janeiro você pode também fazer o download do certificado em formato PDF que consta seu nome e a garantia que ele estará dentro do DVD.

Interessante não? Pois então acesse o site da Planetary Society clicando aqui e participe. Quem sabe daqui há alguns anos descobrem o DVD e seu nome está lá também, participando das primeiras palavras que outros seres vão ler de humanos?

Solução não convencional

O caos nos aeroportos não é exclusividade brasileira. Nos E.U.A. e em todo o mundo o período de férias e festas (para os ocidentais) faz miséria. Se não bastasse o clima entra no meio do caldo para entornar mais ainda.

Hoje o aeroporto internacional Indira Gandhi em Nova Délhi, Índia, foi fechado por causa de um nevoeiro. 3 ou 4 horas de espera e uma solução interessante: uma estudante da Caxemira, região norte do país que vive em conflitos armados, simplesmente ameaçou a “se explodir” dentro do saguão do aeroporto se não fosse imediatamente embarcada. Resultado: arrumaram um outro vôo para ela.

Já pensou se a moda pega em Congonhas?