A ONU homenageou hoje Sérgio Vieira de Mello, diplomata brasileiro morto em um ataque à sede da ONU em Bagdá no ano de 2003. Na homenagem o atual secretário-geral Ban Ki-moon rasgou a seda para o brazuca que, dentre outras coisas, preparou os caminhos para a independência de Timor-Leste.
Em seu discurso o secretário afirmou que a ONU tem por obrigação “cumprir as missões inacabadas” de Mello. Se assim o é, está na hora de resolver a crise em Timor, caso contrário a perna vai ficar manca. É esperar para ver (mas não muito).
Estou tendo que passar pela sina de tirar um novo passaporte depois que a Indonésia acabou com o meu. Cada entrada de algumas horas naquele país me comiam US$ 10,00 e mais uma página da caderneta verde. O resultado disso foi que passei somente quinze dias ao todo naquelas ilhas vulcânicas mas tenho nove páginas inutilizadas por eles. Somam-se as demais usadas para outros países e fiquei com somente meia folha disponível, o que não dá para ir na esquina da América do Sul.
Então, para começar a maratona, entro no site da Polícia Federal a fim de preencher um formulário com meus dados e depois fazer o agendamento para a entrega de documentos e retirada da caderneta. E nesse momento, procurando uma profissão que servisse para explicar sem muita discussão minha condição laboral encontro entre as listadas ela, a profissão mais velha do mundo: prostituta.
Claro que fiquei chocado. Não por lá estar listada a profissão que em nosso país não é crime, mas sim por ela, sem lei nenhuma e sem ninguém dizer nada, ter sido elevada ao status de profissão, coisa que já acontece em países corretos como a Holanda. Entenda, meu choque não é por ser profissão, o que acho que deveria ter sido resolvido há muito tempo pois as leis que tratam do assunto são da década de 40, mas sim por ninguém falar nada nem para a população, nem para as prostitutas. Mas o que esperar da terra dos bate-bocas das igrejas de todos os tipos para discutir quem é que pode falar mal de quem e quem é que pode chutar a santa?
Novamente, o mundo animal em evidência. Depois da descoberta que as formigas são safadas, encontraram um urso ladrão.
Na Macedônia, pequeno país da Europa que integrava a antiga Iugoslávia, um urso foi condenado pela justiça por roubo de mel. O fato aconteceu na cidade de Bitola onde um apicultor, depois das sucessivas investidas do animal contra seu apiário, resolveu processá-lo pela perda do produto. Resultado: nesta semana o urso foi julgado à revelia (ainda bem!) por perdas e danos e agora está fichado na polícia. De outro lado, o governo vai ter que pagar três mil e quinhentos dólares para o apicultor a título de indenização.
Sabe aquela fábula ignóbil que contavam quando você era criança sobre a cigarra e a formiga (diga-se de passagem, a cigarra era espertona e a formiga, uma anta). Sabe aquela história que a professora de ciências diz que as formigas são certinhas, que a organização de sua sociedade é perfeita e tudo mais? Pois é meu amigo, foi descoberto que tudo isso é um enorme engodo e uma grande e deslavada mentira. Formigas são, na verdade, egoístas, corruptas e traiçoeiras, podendo inclusive ser comparadas com os senadores da república.
Estarrecido? Mas é isso mesmo que um estudo realizado por dois pesquisadores europeus concluiu esta semana: formigas são tão sem-vergonhas quanto a raça humana. E pior, aproveitam-se da lei de Gérson para ter vantagens, não fazer o trabalho que tem que ser feito e além disso passar por cima de outras para tentar ser a “rainha” dentro da colônia. Uma vergonha!
Tudo bem, já sabia que o mundo animal não era perfeito. Golfinhos são os únicos animais (além de nós) que fazem sexo por prazer, cachorros são incestuosos, macacos praticam a poligamia e assim vamos. Mas daí as formigas serem corruptas? Era só o que me faltava!
Confesso que imaginava a coisa diferente mas depois desta não sei o que vou dizer para meu pequeno. Será que efetivamente o mundo está perdido? Daqui há pouco vão me dizer que jaca se masturba, aí acabou de vez!
Este post está para ser publicado há tempos mas esperava pela mudança do blog. Entonces, agora cá está.
Mês passado fui realizar uma desejo enorme que tinha desde sabe deus quando: assistir um show da Banda Vega que já falei aqui no blog várias vezes. Num domingão daqueles com chuva torrencial em sampa, fui eu e minha companheira para a Paulista assistir uma peça de teatro no Itaú Cultural (que malogrou devido a zona da organização do lugar) e, como a coisa não deu certo, fomos mais cedo para a Saraiva do Shopping Paulista assisti-los. Na verdade não foi um show, mas sim um pocket show que consiste em menos músicas em um espaço pequeno e sem nenhuma daquelas super produções. Mas mesmo assim adorei, gostei mesmo porque inclusive são nestes momentos que se percebe quem é fabricado pela mídia e quem é de verdade. E estes meu chapa, são de verdade mesmo!
Todos eles (Cláudia, Mingau, Marcos e Caio) mostraram que são bons e que falta um “isso” para explodirem no cenário do rock nacional das “globos” da vida (será que precisam/querem?). Mas o destaque, desculpem os marmanjos da banda, ficou com a Cláudia. Eu sabia que a mulher tinha uma voz poderosa pelo que já tinha ouvido nos CD’s da banda, mas ao vivo a mulher é uma coisa. Vá ter voz assim nos quintos dos infernos. Ela canta tão bem (ou melhor) que nos CD’s com uma voz que não desafina e com uma força de fazer arrepiar até sobrancelha. Inegavelmente se existe “roqueira” hoje com voz para cantar, Cláudia é a própria.
Meu CD autografado
No final do show comprei o novo CD que ainda não possuía e, como todo bom fã, entrei na fila para pedir o autógrafo da banda e ter mais um na coleção. Comentei que tinha estado no Timor-Leste e que lá tocava muito as músicas do CD “Flores no Deserto” para os “tugas” e para a turma brazuca e que nunca deixei de ouvir os elogios pelo som de primeira linha. No final, mais uma surpresa: além do bom papo com o Marcos (valeu nego!) e aperto de mão de Caio e Minguau, Cláudia mostrou mais uma vez a pessoa sensacional que é: sem maiores cerimônias nos abraçou afetuosamente agradecendo nossa presença, algo que não é comum para artistas (iniciantes ou não) principalmente para aqueles que se acham a última Coca-Cola do deserto como Guilherme Arantes (este é um nojo só). Como ela, tive a oportunidade de conhecer poucos na época que trabalhava em rádio: Humberto Gessinger, Carlos Maltz (que entramos num papo ferrado sobre Leonel Brizola), Léo Gandelman e o velho Billy Paul.
Infelizmente as fotos que tirei ficaram uma bosta porque não regulei a máquina pequena como devia, mas no próximo show (que certamente estarei lá) vou levar a grandona com todas as lentes e tirar foto até do avesso da banda. Já que gosto da banda e de fotografia, vai ser prato cheio. Mas dos males o menor; ainda salvou uma parte do vídeo que fiz com a câmera e que pode ser visto abaixo. Só não reclame porque não passou por edição nenhuma. Do jeito que saiu da máquina está aqui mas pelo menos dá para perceber a voz de trovão da Cláudia.
Se você estiver por sampa dia destes, acesse o site da banda e veja se tem programação. Se tiver, compre o ingresso e vá com a certeza de não se arrepender, nem mesmo se cair um pé d’agua daqueles.
Hoje, dia 5, o pau come no TSE. Entra em votação uma questão que para uns está mais que resolvida e, para outros é um verdadeiro terror. Estou falando das pesquisas com células-tronco embrionárias, ou seja, o uso de células humanas congeladas para pesquisas contra doenças e males que afligem milhares de pessoas como diabéticos, paraplégicos e outros. O assunto é tão importante que a presidente do tribunal reservou a tarde toda desta quarta-feira para o assunto que promete esquentar Brasília e o país.
Claro que os religiosos de plantão estão fazendo aquele lobby contra este que é considerado um “pecado capital”, mas pelas sondagens a matéria passa com folga no plenário. Melhor para aqueles que realmente precisam. Minha opinião? Totalmente a favor deste tipo de pesquisa. Não é porque estamos estudando este tipo de área que vamos virar deuses, pelo contrário, só queremos (aqueles que são a favor) permitir que o conhecimento humano possa andar mais um passo e principalmente que auxilie os necessitados.
Mas, pensando bem, brincar de Deus seria uma coisa muito bacana. Pelo menos poderíamos matar no ninho coisas como Bush. Já pensou que legal?
PS: Se você é contra ou abomina a idéia, antes de postar qualquer comentário com base em religião ou blábláblás de Deus, me arrume antes uma boa desculpa para explicar as matanças realizadas em nome de “deus” em dezenas de países do mundo. Aí a gente conversa…
Sei que o assunto é recorrente mas é preciso comentar. Mais uma vez fico estarrecido com a genialidade do ser-humano. Quando se presta para fazer coisas ruins, as faz com uma destreza impressionante. Mas quando dá para fazer coisas boas, não existem limites.
E não é que um sujeito lá na França acredita piamente que em quarenta anos estaremos (eu não, infelizmente) fazendo sexo com máquinas! Louco não é? Pois é, o carnaval nunca mais será o mesmo. Sai a globeleza e entra e roboleza, muito mais sarada, muito mais gostosa e além disso tudo, nonstop! E na Bahia então? Fará um sucesso tremendo já que a dita será movida a energia solar. Como baiano tem sol que não acaba mais, ela vai poder pegar duas semanas de folia sem cansar.
Mais interessante ainda é que já existem projetos em andamento sobre o assunto. Uma empresa japonesa (tinha que ser deles) criou uma boneca daquelas infláveis com gemidos e sussuros. Você dá uma mordiscada no peito da oriental, ela geme e fica sussurrando em seu ouvido. Tudo bem que deve falar aquela coisa incompreensível mas como nunca reclama, vale a investida. O que fico com medo é se passar a mão no traseiro e ela resolver distribuir tapas. Meu amigo, o que vai ter de gente com cara quebrada…
Mas as mulheres não precisam ficar tristes pois também existirão homens robôs, daqueles que limpam a casa, lavam a louça, passam, cozinham e estão sempre armados para qualquer coisa. A principal vantagem é poder programar quantos minutos deseja de preliminares, quantos de ato e, finalmente, quantas vezes mais. Sem frustração, sem reclamação, sem nada!
E depois ainda dizem que a informática causa problemas.
Notícia estarrecedora (pelo menos para mim): “Imigração barra casal por ser obeso na Nova Zelândia”. Imaginem, alguns quilos a mais e pimba, volta para casa. Tudo bem que aqui foram vááááários quilos a mais, mas…
Preciso me cuidar senão na próxima eu não passo. Vergonhoso!
Fiz na viagem à Indochina um stopover em Cingapura, pequena cidade/país enfiada numa ilhota ao lado da Malásia. Esta parada foi somente para comprovar (e comprovei) que Cingapura é um grande shopping-center dividido em alas de acordo com os interesses de seus moradores/visitantes. Se você deseja algo da Índia, vai para Little India (onde ficam também os “corredores” de eletrônicos que Ciudad Del Este se envergonharia). Se deseja qualquer bugiganga escrita em mandarim o destino é Chinatown. Já as marcas famosas (todas elas) estão lá em Ochard Road, algo como a Rodeo Drive americana ou ainda a Champs Elysieé parisiense. Um luxo!
Cingapura é um país interessante por esta questão do consumismo e também por suas regras extremamente rígidas. Não é permitida a entrada no país com antenas parabólicas de quaisquer tipo, certos jornais e até mesmo, pasmem, chicletes! Em todas as praças, ruas e caminhos você encontra placas dizendo que não pode isso ou aquilo e junto dos sinais (para que qualquer analfabeto possa entender) lá está o valor da multa que, na maioria das vezes é extremamente pesada.
Claro que este tipo de governo “mão de ferro” tem seus prós e contras. Não se vê mendingos nas ruas e tampouco papel no chão (chega a ser vergonhoso jogar algo na rua). Os semáforos, todos organizados, são respeitados tanto pelos pedestres que esperam sua vez nas calçadas como pelos carros que não avançam ou atravessam. Toco de cigarro? Raríssimos são os encontrados. Da mesma forma revistas pornográficas ou propagandas apelativas de qualquer tipo de produto. Um verdadeiro oásis no meio do deserto de baderna que é o sudeste asiático. De outro lado, claro, a sensação de que qualquer deslize pode levá-lo a passar uma temporada na prisão (o que não deve ser ruim em Cingapura).
Neste cenário tentei traçar um paralelo com nossa terra brasilis e fiquei triste ao ponto de pensar em suicídio, o qual não levei adiante com medo da multa que minha atitude poderia acarretar (fiquei com medo da multa pós-morte). Por mais que tentasse não conseguia uma mínima linha lado a lado com Cingapura. Mas será que a questão é o governo mão de ferro, ao contrário do governo de fantoche que estamos tendo há décadas em nosso país? Ou seria o tamanho do país? Quem sabe por ser uma ilha? Ou por eles terem olhos puxados?
A resposta veio em uma das caminhadas que fiz pela cidade quando me deparo com o prédio da Biblioteca Nacional. Neste momento compreendi a verdadeira diferença entre o Brasil e Cingapura. Enquanto nós temos uma biblioteca esquecida pelo governo, agonizante e vivendo de migalhas, eles possuem um prédio de 15, isso mesmo QUINZE andares em um quarteirão que encerra mais de 8 milhões de obras de todos os tipos possíveis e imagináveis. Um verdadeiro panteão de conhecimento e que realmente é usado pela população como pude constatar in-loco.
Alguns vão advogar que nossa biblioteca ainda é maior (9 milhões de obras) ou que temos a maior da América Latina. Aí pergunto eu: “e daí?” Quem é que tem acesso ao conhecimento lá guardado? Quem é que sabe onde fica a Biblioteca Nacional de nosso país? E quem é que sabe para que ela serve? A diferença pode também ser observada nos slogans dos dois governos: excelência – serviço – integridade lá em Cingapura enquanto nós ficamos com o demagogo “um país para todos”. Só faltou mesmo colocar entre parênteses “os banqueiros”. Lamentável.
Não é de hoje que educação é o principal diferencial entre nações desenvolvidas e sub-desenvolvidas. Sem investimento nesta área nossos cérebros descem pelo ralo na tentativa de encontrar um pouco de água fresca em outros rios e para nós sobra o lodo do senado apinhado de mentirosos, traidores (das mulheres e da pátria) e ladrões, bem como um governo que chega ao limiar do “rouba mas faz”. Para fechar com chave de ouro, donos de faculdades de fundo de quintal que desfraldam a bandeira do “tudo por dinheiro“, independente da forma que este venha. O resultado é a cíclica retórica do pacote de biscoito “não sabe votar porque é burro ou é burro porque não sabe votar”?
Enquanto isso, lá no fim do mundo existe uma nação com cinquenta anos de independência, um crescimento de 8% ao ano, absurdos 1% de inflação anual, 3% de desempregados e uma renda per capita igual as quatro maiores potências mundiais. Será que a biblioteca infui nisso, ou não?