Para a madrugada de hard work, uma inspiradora:
After The Rain – Jim Adkins
Para a madrugada de hard work, uma inspiradora:
After The Rain – Jim Adkins
Quem lê com certa regularidade o blog sabe que gosto de boa música. Smooth Jazz, Fusion Jazz e Jazz :-)
Aí ontem, lendo o blog e um cara na Indonésia, vi a notícia de um site interessante recém-lançado: chama-se SoundUnwound, uma ferramenta da Amazon com o site IMDB que faz algo muito legal: esmirilha a vida dos artistas trazendo todos os seus álbuns, biografias, conexão com outros artistas semelheantes, shows, etc, etc, etc. Uma verdadeira jóia para quem quer procurar saber tudo sobre música ou, como eu, encontrar novas.
Numa primeira busca que fiz, estava à caça de algo novo do Peter White. Não deu resultado; tudo o que ele já gravou eu tenho. Mas em compensação encontrei outro tão bom quanto ele: Ken Navarro; um gitarrista nascido em Indiana, EUA que vai pelas mesmas veredas do White; gostoso de se ouvir, tranquilo e muito feliz nas melodias acompanhadas vezes por piano, vezes por baterias, vezes por sax (que aí fica de arrasar).
Então, toca procurar o cara né. No SoundUnwound pega-se a discografia e no “shopping Internet”, os discos. O resultado: uma sexta-feira totalmente dedicada ao Ken em meu iTunes.
Ouça também e aprecie. Clique aqui para ouvir as músicas ou aqui para conhecer o site do cara.
Sexta feira agora tem a Banda Vega no SESI da Av. Paulista. Se estiver por lá no horário do almoço (12:00 horas), vale a pena assistir. Som de altíssima qualidade e de graça!
Acho que vou ter que comprar um iPod novo. Melhor, vou colocar na minha wish list um de 160 gigas. O meu de 74GB está no bico do corvo, só com 2,33 GB de espaço livre.
Não acredita? Veja o gráfico abaixo e vai entender o problema.
E para aqueles que não acreditam, todos os 70 gigas de música já foram devidamente escutados e organizados.
Ela foi a segunda no Idol Show 2005 da Suécia e acaba de lançar seu primeiro CD. Nascida na Macedônia (sabe onde fica?) e de descendência turca, Sibel começa a agradar ouvidos de todo o mundo, além de ser uma gracinha.
Fique de olho (ou de ouvido, como queira).
O “shopping internet” me rendeu mais uma pérola esta semana que chama-se JessyJ. Na verdade seu nome não é este, é Jessica Spinella. Mas no mundo do jazz é conhecida somente com JessyJ ou “jessy”. O que faz? Toca um sax de primeira linha e agora, com seu álbum de estréia da carreira solo, canta e encanta prometendo muita música boa para os próximos anos (pelo menos para mim).
Ela toca e já tocou com gente grande como Michael Bolton, Gloria Trevi, The Temptations e outros gigantes do jazz como Peter Brown e Peter White (que já falei dele aqui). E num “repente” resolveu partir para uma carreira solo paralela aos seus trabalhos, tocando e cantando. Acertou em cheio! O CD Tequila Moon é um mix de música latina (é filha de pais mexicanos) com uma produção harmoniosa que não deixa seu sax cair na chatice do tipo de Kenny G e consegue esconder a melancolia tradicional do instrumento. O resultado são dezenas de ótimos comentários da crítica musical e um CD para escutar a qualquer momento, principalmente naqueles que se deseja tranquilidade.
Duas ótimas surpresas são a interpretação vocal da música “Mais que nada” de Jorge Ben Jor, muito conhecida lá fora na voz de Sérgio Mendes e a famosa Besame Mucho. Nestas faixas ela canta com uma voz sem igual e que certamente se iguala a sua exuberante beleza corporal. Além destas, uma guitarra tipicamente mexicana partilhada com seu sax em Spanish Nights é algo para, sem sair do lugar, fazer uma verdadeira viagem pelas noites mexicanas. O nome casa perfeitamente com a música, nada melhor.
O CD foi lançado no começo deste mês e pode ser encontrado na Amazon onde inclusive os comentários confirmam as minhas impressões sobre ele. No Brasil, procurei nas lojas virtuais e nenhuma tem. Ou melhor, procurei algo sobre ela em português e nada de encontrar. Assim, se gosta deste tipo de jazz (o smooth jazz) compre direto dos EUA. Pelo visto vai demorar um pouco (ou muito) para chegar por aqui. Mas se ainda não quiser comprar o CD por pensar que tenho gosto musical duvidoso, clique aqui para acessar o site da artista e depois, na página principal, em Launch Junkebox para escutar um pouco de seu trabalho. Aproveite também para ver suas fotos. Vale a pena.
O meu CD? Não conto nem sob tortura onde consegui ;-)
Este post está para ser publicado há tempos mas esperava pela mudança do blog. Entonces, agora cá está.
Mês passado fui realizar uma desejo enorme que tinha desde sabe deus quando: assistir um show da Banda Vega que já falei aqui no blog várias vezes. Num domingão daqueles com chuva torrencial em sampa, fui eu e minha companheira para a Paulista assistir uma peça de teatro no Itaú Cultural (que malogrou devido a zona da organização do lugar) e, como a coisa não deu certo, fomos mais cedo para a Saraiva do Shopping Paulista assisti-los. Na verdade não foi um show, mas sim um pocket show que consiste em menos músicas em um espaço pequeno e sem nenhuma daquelas super produções. Mas mesmo assim adorei, gostei mesmo porque inclusive são nestes momentos que se percebe quem é fabricado pela mídia e quem é de verdade. E estes meu chapa, são de verdade mesmo!
Todos eles (Cláudia, Mingau, Marcos e Caio) mostraram que são bons e que falta um “isso” para explodirem no cenário do rock nacional das “globos” da vida (será que precisam/querem?). Mas o destaque, desculpem os marmanjos da banda, ficou com a Cláudia. Eu sabia que a mulher tinha uma voz poderosa pelo que já tinha ouvido nos CD’s da banda, mas ao vivo a mulher é uma coisa. Vá ter voz assim nos quintos dos infernos. Ela canta tão bem (ou melhor) que nos CD’s com uma voz que não desafina e com uma força de fazer arrepiar até sobrancelha. Inegavelmente se existe “roqueira” hoje com voz para cantar, Cláudia é a própria.
No final do show comprei o novo CD que ainda não possuía e, como todo bom fã, entrei na fila para pedir o autógrafo da banda e ter mais um na coleção. Comentei que tinha estado no Timor-Leste e que lá tocava muito as músicas do CD “Flores no Deserto” para os “tugas” e para a turma brazuca e que nunca deixei de ouvir os elogios pelo som de primeira linha. No final, mais uma surpresa: além do bom papo com o Marcos (valeu nego!) e aperto de mão de Caio e Minguau, Cláudia mostrou mais uma vez a pessoa sensacional que é: sem maiores cerimônias nos abraçou afetuosamente agradecendo nossa presença, algo que não é comum para artistas (iniciantes ou não) principalmente para aqueles que se acham a última Coca-Cola do deserto como Guilherme Arantes (este é um nojo só). Como ela, tive a oportunidade de conhecer poucos na época que trabalhava em rádio: Humberto Gessinger, Carlos Maltz (que entramos num papo ferrado sobre Leonel Brizola), Léo Gandelman e o velho Billy Paul.
Infelizmente as fotos que tirei ficaram uma bosta porque não regulei a máquina pequena como devia, mas no próximo show (que certamente estarei lá) vou levar a grandona com todas as lentes e tirar foto até do avesso da banda. Já que gosto da banda e de fotografia, vai ser prato cheio. Mas dos males o menor; ainda salvou uma parte do vídeo que fiz com a câmera e que pode ser visto abaixo. Só não reclame porque não passou por edição nenhuma. Do jeito que saiu da máquina está aqui mas pelo menos dá para perceber a voz de trovão da Cláudia.
Se você estiver por sampa dia destes, acesse o site da banda e veja se tem programação. Se tiver, compre o ingresso e vá com a certeza de não se arrepender, nem mesmo se cair um pé d’agua daqueles.
Não pense que abandonei o blog. Ao contrário, estou recuperando posts do ano passado que estavam no blog antigo e colocando neste. Um trabalho enorme e demorado. Enorme porque é um tal de copia e cola que não está escrito e demorado porque a cada post, páro e leio novamente o que escrevi numa verdadeira sessão nostalgia. Muito gostoso isso.
E no meio desta tarefa ainda sobra um tempinho para o shopping internet. A nova aquisição chama-se Valerie Joyce, uma jazzista sino-americana dona de uma voz que dá vontade de sentar num daqueles cafés ou restaurantes bacanas como o Terraço Itália em São Paulo ou ainda o La Gloriette em Viena e ficar horas ouvido a mulher.
O último CD dela, The Look Of Love (The Music of Burt Bacharach) é uma coletânea de músicas conhecidíssimas de grandes artistas que ela interpreta em um piano, bateria e voz maravilhoso. Vale a pena procurar (na Amazon já tem à venda).
Nestas últimas semanas sumido pela dedicação ao desenvolvimento dos novos sites (sim, novos pois este vai mudar também), aproveitei para fazer novas aquisições na lojinha Internet; três CD’s que podem ser qualificados como ruim, bom e ótimo.
Primeiro, claro, o ruim porque assim já acaba o assunto.
Caetano continua uma bosta. Desculpem àqueles que o amam (dá para amar coisa desta?) mas Caetano é um João Gilberto magricela com sotaque baiano, ou seja, um chato medito a besta. A mania que tem de ficar cantando parte de músicas em inglês, francês, espanhol e, se deixar, grego, cansa e suas composições deixaram há muito de ser algo do tipo “óóóó”. Exceto por alguns repentes atuais como “Sozinho” e “Você Não me Ensinou a te Esquecer”, o baiano mais chato do mundo só regrava o que já foi regravado. Acho que seu período no exílio deixou-o meio “marolado”. Dele, recebi o último CD (lançado ontem), Cê – Multishow Ao Vivo que nada mais é que o último show agora feito por encomenda para o canal Multishow. Acho que ele está precisando de uma graninha porque fazer isso, tenha dó. Do CD, para mim salvaram três músicas, o resto, lixeira do iTunes.
Já o médio fica por conta dos Engenheiros do Hawaii. Sim, eles existem e estão aí mas confesso que tive que forçar o ouvido em alguns momentos para saber que era o Humberto que estava cantando. Os anos passaram e mudaram bastante mas, ao contrário do “chaetano seboso”, os Engenheiros se refizeram. O último CD, Novos Horizontes – Acústico traz velhos hits como Parabólica, Toda Forma de Poder e Prá Ser Sincero com várias novas. Duas que ficaram muito boas foram “No Meio de Tudo” e “Alívio Imediato” que aparentemente mostram a mudança pela qual a banda passou. Ficou mais velha mas como um bom vinho, soube se reciclar e ficar melhor. Não é mais o Engenheiros que vi em 92 quando trabalhei na transmissão do show no ginásio do Guarani em Campinas, que tinha uma energia tremenda e chacoalhava mais que terremoto na Indonésia, mas certamente ainda são os Engenheiros e.. acústicos.
Agora, o ótimo é mais que ótimo, é maravilhoso. A dona da voz chama-se Rosália de Souza, uma espetacular carioca de Nilópolis que canta a bossa-nova tão bem que poderia ser chamada de “maestro Tom de saias”. Mas além disso, envereda-se pelo verdadeiro samba dos morros cariocas e que lembra com uma facilidade muito grande artistas como Paulinho da Viola, Roberto Menescal e até mesmo Chico Buarque. Seu último CD, Brasil Precisa Balançar é uma viagem sensacional à um dos melhores períodos de composição da MPB e gostoso demais de ouvir. As mais belas composições ficam por conta de “Nem Que Seja a Nado” e “Rio de Janeiro”, além de “Meu Amigo Tom”, uma verdadeira declaração de amizade para o maior maestro brasileiro. Este CD vale a pena, mesmo que você não goste muito de bossa-nova. Escute e vai entender o que digo.
E tem mais? Tem, mas não agora. Deixa colocar o site novo no ar. O universo conspira…
E foram eleições presidenciais no Timor Leste. Nas urnas a esperança de mudanças, de um futuro melhor, mais digno, menos sofrido e, principalmente, mais igualitário. Utopia? Não, somente um sonho bom que pode ser realizado se todos quiserem e aqueles que foram escolhidos para representar o povo timorense tomem pulso e façam realmente o que precisa ser feito.
Estranho foi que, dia 9 passado, em um giro rápido por Dili, pude sentir novamente o que senti há 21 anos atrás quando em meu país foram retomadas as eleições diretas para presidente e que sonhávamos soltar os grilhões dos militares para ser uma nação democrática. Muito fizemos desde então; muitos erros (e quantos!) mas também muitos acertos os quais, de uma forma ou de outra está nos levando para uma situação menos pior do que aquela vivida durante mais de 450 anos. Via o povo caminhando nas ruas indo para os postos de votação com a esperança estampada no rosto e a carteira de voto na mão. Filas para exercer o direito fundamental de qualquer democracia e que fazem qualquer país, sejam pequenos ou grandes, um país para seus filhos realmente.
Tal como nós, não mudamos uma realidade de um dia para outro. Muitas vezes décadas são necessárias para aprendermos a força que um voto pode ter e quanto pode-se mudar com ele. Erramos e acertamos, claro. Errar e acertar é inerente ao ser humano de todas as formas. O que precisamos é sempre aprender com os erros e não repetí-los. Simples assim.
Para este povo, uma canção que muito ouvíamos em nosso período negro da história e que expressa não somente o que queríamos, mas o que até hoje buscamos.
Coração Civil
Milton Nascimento & Fernando Brant
Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade dos olhos de um pai
Quero a alegria, muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor, Brasil
Se o poeta é o que sonha, o que vai ser real
Vou sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder?
Viva a preguiça, viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu vou viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso um dia
Se realizar
[audio:http://www.michelazzo.info/f/2007/05/coracao_civil.mp3|titles=Milton Nascimento – Coração Civil]