Adoro ler e sempre tive livros em casa. Agora, depois do advento dos ebooks, tenho quase 10 mil livros dentro de meu Calibre (um programa de gerenciamento de livros) sobre tudo que é assunto. Infelizmente não devo ter tempo para ler todos mas assim mesmo os tenho, principalmente para consultas (livros técnicos) e algum entretenimento.
Categoria: Livros & Revistas
Acabei de ler a obra Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil do jornalista paranaense Leandro Narloch e confesso que há muito tempo não lia algo tão bom sobre nossa história (acho que o último foi a série de Elio Gaspari sobre a ditadura em nosso país).
De fácil leitura e com português para qualquer ameba entender, o jornalista fez um soberbo trabalho de busca e recuperação de informações sobre as verdades de nossa história e que são, convenientemente, jogadas para baixo do tapete a fim de pintar um quadro mais bonitinho. Levanta “lebres” sobre a escravidão no Brasil, sobre os portugueses, sobre a Guerra do Paraguai, a ditadura, figuras como Santos Dumont e Aleijadinho, além da divertida passagem sobre o Acre (que ainda acredito ser a terra de Lost da América do Sul).
Valeu cada centavo pago no mesmo, fosse pela qualidade do material ou ainda pela coragem do jornalista que joga titica com um baita ventilador na cabeça de muita gente. Melhor assim. Quem sabe desta forma não paramos para pensar no que somos realmente?
Disponível nas melhores (e piores) livrarias do Brasil.
A viagem realizada para o Chile no primeiro semestre foi tão bacana que até num guia de turismo foi parar. É o Guia do Chile editado pela On-Line Editora que está em sua segunda edição. Nele, além das dicas sobre o deserto do Atacama e a rota entre Santiago e as terras do norte, também emprestei diversas fotos de minha viagem que ilustram várias páginas do guia. E não é que ficaram muito boas?
O guia é legal não somente por isso. Tem muita dica interessante de lugares e algumas de hospedagem e alimentação. Particularmente ainda prefiro a Internet para buscas de informações sobre estas coisas mas vale a pena também por reunir num único volume várias coisas que são imperdíveis.
Ah, e definitivamente, o Chile é muito bacana. Agora me falta a parte sul mas como ainda não descobri como chegar lá na pontinha do mapa sem cair dele e me faltam pelo menos vinte dias para a aventura, vou só planejando a invernada. O problema maior na verdade não é este, mas sim a quantidade de lugares a conhecer no mundo. Acho que vou fazer um acordo com Deus baseado em número de carimbos no passaporte. Quando chegar nuns cento e cinquenta, me mando.
O guia pode ser encontrado em bancas de jornais ou ainda na web.
Foi lançado este mês o livro Internet: o encontro de 2 mundos que é uma compilação de 56 crônicas relacionadas ao mundo da Internet, comunicação, blogs, software e tudo o que tem a ver com o mundo digital de hoje em dia. Escrito de forma simples e até mesmo informal, a obra é muito interessante por trazer dicas, comentários e visões de 44 especialistas de tecnologia sobre o cotidiano da tecnologia.
Dentre um dos capítulos está o meu relacionado ao monopólio do conhecimento, um tema que normalmente as pessoas não fazem idéia que existe mas que pode ser visto diariamente nos canais de TV, jornais e revistas de todo o mundo e que, quer queira quer não, afeta a cada um de nós. Confesso, é meio denso mas preferi escrever desta forma para dar uma “chacoalhada” no leitor.
Estou feliz por mais este “ponto” bibliográfico. O primeiro foi no livro Software Livre e Inclusão Digital editado em 2003 e agora me dedico a uma série de obras mais técnicas relacionadas com desenvovimento web com a primeira já em fase de finalização e previsão de lançamento para o começo do segundo semestre.
Se quiser ler meu capítulo do livro, ele está disponível para download clicando-se aqui. Comentários, como sempre, são muito bem-vindos.
A revista Superinteressante disponibiliza desde não sei quando suas edições para consulta on-line. Para aqueles que gostam da linha editorial, vale a dica.
Acesse o arquivo clicando aqui.
PS: aproveitando a capa desta, sabe como viver bem? Simples; viaje, faça somente o que gosta (e não goste do que faz) e tome bastante vinho. Ahh, e claro, sexo pacas!
Eu já vi livro sobre tudo nesta vida. Livro sobre política, religião, física e biologia. Livro sobre culinária (adoro-os), sexo (também são muito bons), relacionamento, traição, ficção. Já vi livros sobre carreiras, sobre auto-ajuda, sobre beleza, sobre tudo. Mas eu confesso que nunca imaginei ver um livro sobre Emos.
Consta nos alfarrábios da história que Emo que é um derivado da música hardcore, algo mais meloso, mais triste, mais emotivo (daí vem o nome emo). Mas também virou sinônimo dos espécimes que adoram franjas, unhas pintadas de cores escuras e algumas outras “estranhices” que volta e meia vemos nos templos de consumo das grandes cidades, os shoppings. A febre emo se tornou tão forte que já existem desde lojas com produtos para emos (que possuem até asas postiças de anjos, coisa de louco mesmo) até páginas e páginas com piadas de todos os gostos.
Pois bem. E não é que escreveram um livro for dummies (para iniciantes) sobre Emos? Te juro! Agora qualquer um pode aprender como ser emo, o que vestir, com quem andar, que tipo de música ouvir e assim por diante. Algo impensável, pelo menos para mim.
Felizmente a “obra” só existe em inglês mas duvido que demore a ser traduzida, afinal, o que tem de emo neste país.
Ontem comprei o livro “Encontro de Culturas em Timor-Leste” (assim mesmo, com um hífen no nome) que é o resultado da dissertação acadêmica do autor, Francisco Xavier de Menezes de 1968, ou sejam, 39 anos atrás e trata, claro, do Timor Leste daquela época e também de hoje.
Ainda não posso fazer comentários sobre o mesmo mas, infelizmente, a qualidade gráfica ficou a desejar pois a maior parte das folhas estão grudadas como se tivessem esquecido de refilar o livro. Espero que o conteúdo não esteja assim também.
Quando terminar, conto as impressões.
Em minhas andanças pela web encontrei algo interessantíssimo para as mulheres. Trata-se do Almanaque do Macho Moderno. Um verdadeiro compêndio que trata deste assunto numa forma assustadoramente verdadeira e muito engraçada sobre o que é o homem moderno, ajudando inclusive a entender o que são as novas categorias de “machos” como metrossexuais, bissexuais e outras coisas meio, digamos, estranhas.
Só por favor, não leve muito a sério pois mesmo sendo fatos, a narrativa foi amenizada pois na verdade, é muito pior :-)
O almanaque pode ser obtido clicando-se aqui.
Have fun!
Já tinha aqui comentado que adquiri o livro Ponto de Impacto do Dan Brown (o mesmo do Código da Vinci que vai ser lançado em filme no próximo mês de Maio) para uma leitura “sem compromisso”. Confesso que estou me tornando fã do autor que, de uma forma simples e ao mesmo tempo profunda, faz de temas atuais livros que prendem o leitor sem permitir que este vá ao banheiro.O enredo desta obra são as safadezas e falcatruas possíveis de serem feitas para eleger quem quer que seja. Tanto cá como lá, sempre existiram artifícios dos mais impensados para enfiar no poder não o melhor, mas aquele mais interessante para os interesses de poucos. Com isso em mente, o autor juntou algumas agências governamentais norte-americanas em um daqueles que seria, caso acontecesse de fato, o maior engodo possível de ser imaginado: um meteoro com fósseis que comprovaria a existência de vida fora da Terra (o que particularmente não duvido nem um pouco).
Passei 3 dias grudado na obra e me deliciei. Para quem gosta de intrigas, quebra-cabeças e emaranhados de histórias, vale a dica do livro.
Nárnia – depois de 20 anos
Quando do início da adolescência, como a maior parte dos garotos, era uma verdadeira pilha duracell ambulante: escola, bola, piscina, briga, esconde-esconde, subir em árvore, bicicleta e por ai vai. Mas tinha um diferencial de meus colegas: eu simplesmente amava a biblioteca da escola e lá passava incontáveis horas durante todo o ano.
A bibliotecária, Sra. Elizabeth (a amável Beth), sempre bonita e muito bem vestida, era uma pessoa que, de uma forma ou de outra, conseguia domesticar as feras do colégio. Eu, Newton Arraes, Marcelo Naime e alguns outros (como guardamos os nomes dos tranqueiras né) conseguíamos, em questão de minutos, fazer um pátio sepulcral se tornar um verdadeiro mercado de peixe que nem mesmo a diretora conseguia conter; somente a bibliotecária. Íamos para a “casa da leitura” e lá ficávamos não a contragosto, mas com um prazer enorme absortos na leitura das mais diferentes histórias que iam desde a série Vagalume (quem não lembra?) até… As Crônicas de Nárnia.
Nesta época travei conhecimento desta série de livros do autor C.S. Lewis que simplesmente me faziam viajar. Uma terra inexistente mas contada com tal riqueza de detalhes que era impossível se desligar. Queria sempre ler mais uma página para saber o que aconteceu com o personagem, fosse esse humano ou não.
Deixando a nostalgia de lado (que ainda vou contar aqui de minha sessão “best days” feita há pouco tempo), quando do primeiro trailer de filme As Crônicas de Nárnia no cinema, não acreditei (da mesma forma que Tolkien com o Senhor dos Anéis, o qual já tinha lido). Me senti voltando no tempo para o colégio em Campinas onde lia, muitas vezes embaixo das árvores do grande jardim, aquelas histórias.
De tanto falar, meu pequeno se interessou também e fomos nós para o cinema no dia da estréia nacional. Como previsto, é deslumbrante o que hollywood pode fazer. Lindo, simplesmente lindo. Os personagens, a fotografia, o cenário, a música (que você pode baixar o CD), tudo feito com um esmero que pouco vi em adaptações. Valeu cada minuto do filme e cada centavo gasto na entrada e na pipoca.
Mas qual não foi minha surpresa que, no natal, meu menino me vem com o livro de edição única de todas as crônicas? Nas próprias palavras dele, parecia uma criança ganhando um presente muito desejado. E certamente o foi. Agora, aproveitando a estada dele em férias na minha casa, aproveito para reler a obra que tanto me cativou há 20 anos atrás.
Para esta obra não preciso esperar a fim de comentá-la. É deslumbrante. Um conjunto de crônicas que fazem qualquer um (que possua bom gosto, é claro), viajar por mundos encantados e voltar a ser criança, sonhando com fadas, bruxas, animais falantes e as mais impressionantes aventuras que são possível imaginar.
Àqueles que não são dados a coisas do coração, que leiam Paulo Coelho. Dizem que vale a pena tanto quanto jornal de embrulhar peixe na feira.