Categoria: Opinião

Nojeira sem noção

A banda/bloco Olodum já foi inovadora. Em seu começo tinha grandes sucessos que até mesmo eu que sou terminantemente contra os modismos passageiros, gostava de algumas canções e claro, da batida compassada e bem feita que empolgou Michael Jackson e levou a trupe para o estrelato internacional.

De ONG, virou lixo. Há alguns anos não faz bosta nenhuma a não ser música de qualidade duvidosa e agora, neste carnaval sela de vez a má fase quando toca junto com os pseudos-cantores boiolas-emos Restart.

Sempre pensei que certas coisas não tinham como ficar pior mas o anúncio destas duas “bandas” no carnaval prova que não. Por mim, tudo bem, não gosto de carnaval e tampouco vou estar em Salvador para presenciar tal fato obsceno. Mas confesso que fico com dó daqueles que passaram o ano todo esperando pela data para se divertir e mais ainda por aqueles que vem do exterior, gastam os tubos de dinheiro para aportar nas terras de São Salvador e serão brindados com tal apresentação.

Depois não querem que o gringo sai do Brasil pensando que temos só lixo. Tem como?

Crianças, crianças…

Crianças às vezes passam a perna nos adultos de forma singular.

https://youtube.com/watch?v=4u25LtQDsT8

Morra Amazonino, MORRA!

Mas não é um grandessíssimo filho de uma puta velha?

Atualizando: a repercussão do caso é interessante. Câmara de Belém declara-o persona non grata. Que vexame!

Um ano de mochila

Você consegue se imaginar viajando por um ano ao redor do mundo? Claro que não. Você é um grande dum bundão e por isso não tem esta capacidade.

Exagerado eu? Não, tu que é bundão mesmo. Tem medo de perder os capítulos do BBB, as saidinhas no shopping, a caminha quente e claro, aquele prazer imenso de dirigir um Chevrolet “Melda” pago em 60 prestações. Bundão (e não reclame, ainda vou chamá-lo de bundão mais vezes). Leia Mais

Necessidade especial?

Comprando uma passagem no site da Avianca/Ocean Air, tem um campo para “necessidades especiais”. Fuçando no mesmo, eis que encontro uma opção no mínimo inusitada. Veja:

FraudeAlguém me explica?

Jornalismo ridículo

Não é de hoje que desisti de assistir os canais abertos de TV. A quantidade de lixo jogado pelas frequências é tão grande que fico imaginando se pudéssemos pesar, teríamos balança para tal. Desde reportagens sem nenhum cunho científico ou técnico até aquelas mais sensacionalistas criadas somente para “vender” o escracho de outrem, é uma verdadeira babel de inutilidades. Claro, as TV’s passam isso porque existe audiência e isso que me deixa mais chateado. Como pode uma pessoa perder horas de sua vida dando audiência para débeis mentais que banalizam tudo o que tem de ruim na sociedade? Vai entender.

E não é de hoje que a grande mídia impressa segue o mesmo caminho. E pior. Além de virar papel de enrolar peixe, os grandes veículos contratam jornalistas da pior estirpe que levam matérias estúpidas aos seus leitores e comumente, recheadas de erros ortográficos, de concordância e outros. Eu posso me dar ao luxo de errar no português em meu blog. Não estudei para ser jornalista, para ser professor e tampouco para ser qualquer coisa ligada a escrita. Aqui posso escrever da forma que quiser mas assim mesmo procuro manter o mais correto possível para não ser elevado ao mesmo nível destes pasquins.

Sou radical? Que nada. Olhe esta manchete da Folha de São Paulo de hoje:

Erro jornalístico

Como é que é? Sumiram com um município inteiro? Caiu uma bomba?

Não, simplesmente o jornalista colocou no mesmo título o problema das enchentes em Minas Gerais com a morte de uma pessoa em Belo Horizonte. Interessante não é?

Por estas e outras também deixei de ler jornal, seja impresso, seja na Internet. Leio esporadicamente alguma coisa relacionada a economia mas é comum ficar sabendo das coisas que acontecem no Brasil com a leitura da BBC News e da CNN. Ridículo não é? Ler um jornal estrangeiro para ter informações nacionais. Mas isso tem uma vantagem. Eles filtram e só mostram aquilo que realmente é notícia, afinal precisam mostrar notícias (desgraçadas ou não) de todo o mundo. Sou radical? Que nada, somente estou mantendo minhas faculdades mentais em dia.

Não voto mais

Desde o último pleito nacional ando pensando sobre o assunto e decidi: não voto mais. Desculpem-me os que ainda acreditam e os que nutrem a esperança de ver algo diferente. Eu não mais acredito que será a classe política que irá mudar nosso país, mas sim nosso povo e que não será pelo voto. Por quê da decisão? Explico.

Venho de família de comunistas de carteirinha. Comuna mesmo. Tenho até uma foto de meu pai com Luis Carlos Prestes pendurada no quadro da sala. Desde pequeno sempre acreditei naquela ladainha do “povo unido, jamais será vencido”, torci e trabalhei com todas as forças para ver lá no topo a esquerda. Mas… quanta frustração. Chegou este dia e nada mudou. Aqueles que surravam a escória da sociedade representada por Sarney, Calheiros, Collor de Mello, Maluf e os demais (que já deve conhecer), agora andavam de mão dadas, afagos e tapinhas nas costas, só faltando fazer boquete. Então, o que restou? Uma frustração enorme, uma tristeza sem fim em ver toda a energia e esperança depositada em alguns para… nada.

Parece que o Brasil é especialista em criar frustrações. Veja a Fórmula 1. Depois da morte de Ayrton Senna, que graça teve? Assistir uma corrida onde sempre era o mesmo que vencia (o alemão voador) e ver um funcionário da F1 desfilando sua pulseria Power Balance para todos dizendo sempre que “no ano que vem será melhor”. O mesmo com nossa tão famosa seleção de futebol. Temida por muitos, virou um saco de pancada com os mesmos Cafu’s, Roberto Carlos e Dunga’s da vida. E quando se renova é mais do mesmo.

Obviamente que esta decisão acarreta alguns problemas e especialmente para mim, um grande. Sem a votação obrigatória ainda existente neste país (criada para poder sustentar esta mesma corja que está no planalto central há décadas), não posso tirar meu passaporte, documento imprescindível para uma pessoa como eu que faço das companhias aéreas, sofá de casa. Mas eis que confirmei minhas suspeitas: mesmo não votando e não justificando nas duas últimas eleições (isso mesmo, eu NÃO votei no Tiririca), resolvi o problema com míseros três reais e cinquenta e um centavos; valor da multa eleitoral paga por minha intransigência cívica. Colocando na ponta do lápis, não vale a pena sair de casa para votar pois a perda de tempo e o custo, além de manter a mesma coisa de sempre, é mais caro que a multa a ser paga para regularizar a situação.

O valor da multa eleitoral

Alguns vão dizer que assim não exerço minha cidadania. Sim, exerço pois a decisão de ir ou não escolher quem vai me representar deveria ser minha e não uma obrigatoriedade que já acaba logo na entrada com esta tal cidadania. Depois, a reciclagem que acontece é devido a morte que tenta dar uma maozinha (mas também não faz milagre). Morre um ACM e vem o neto ocupar seu lugar. Sarney “foge” para o Amapá mas deixa seu clã a postos no Maranhão. E o que dizer de Collor; depois de uma “saída estratégica para a direita”, retorna as bancadas do senado para legislar sobre todos.

“Mas tem quem preste”. Sim, tem. Até o momento que chega lá. Depois, o sistema e a corrupção é tão forte e tão onipresente que aquele “que presta” se suja de lama até o último fio de cabelo ou simplesmente nada faz porque a máquina emperra. Cansei de ver durante mais de 20 anos gente boa se elegendo, se corrompendo ou se perdendo nas engrenagens da política brasileira. Na verdade, não na política, mas sim na politicagem.

MIlton Nascimento exprime em sua magnífica música Travessia todo este sentimento: “já não sonho, hoje faço, com meu braço o meu viver”. Acredito sim que vamos mudar em algum momento deste século quando deixaremos de ser os boçais que engolem as manobras de Maluf para se sustentar em cargos, os roubos sistemáticos aos cofres públicos, as maracutaias de dinheiro nas meias, cuecas, orifícios rugosos e onde mais puderem enfiá-lo. E que me desculpe Teotônio Vilela e tudo aquilo que fez pelo país, mas menestrel que fala a língua do povo não mais existem nesta terra. Resta simplesmente esperar que as leis da seleção natural façam sua parte. Enquanto isso, vou deixando de votar para não ter que escolher entre Tiririca, Romário ou Vagner Montes para me representar pois, nem mesmo no mais alto grau de insanidade, tipos como estes poderiam ser minha voz, onde quer que seja.

Trânsito em Floripa

Para mim que sou paulista, Floripa não tem trânsito, tem alguns pontos de encheção de saco somente e certamente impressiona a cada esquina com coisas que seriam impensáveis na capital da fumaça. Claro que para o manezinho o trânsito é infernal. Tudo bem, não vamos generalizar pois existem horários e momentos que o trânsito é só para paulistano que aprendeu com o tempo a ter paciência, tal como nas partidas do Avaí na Ressacada (a pista sul fica terrível!), a ponte de manhã e no final do dia e também quando a prefeitura inventa de brincar de Sim City em pleno sábado a noite na Beira-Mar norte e reduz a pista para uma, quando não meia. Também a SC-405 que vai para o sul da ilha pede uma duplicação há anos e parece (parece…) que vai sair na próxima legislatura.

Mas o trânsito tem algo interessante e que me deixa boquiaberto. Educação nata. Brasiliense se gaba que levanta a mão na faixa de pedestres e os carros param. Aqui amigo, não se levanta a mão; simplesmente para-se na faixa e coisa funciona sem que ninguém atrás fique reclamando que você parou no meio da pista para dar a vez a um pedestre. Outra coisa interessante que percebo é que os carros que vem para Florianópolis devem passar por um PEM que acaba com suas buzinas. Não ouço ninguém buzinando feito um paulista maluco para que o trânsito ande, afinal o dispositivo é para sinalizar atenção e não é polidor de chifre de corno para ficar usando a cada segundo. Isso contribui para um trânsito mais humano, menos irritante. Também vejo, por exemplo, algo que nunca poderia ser visto em SP ou Rio. Para ir ao sul da ilha, a melhor forma é usar a pista sul e depois a SC-405. Pois bem, devido a construção de um viaduto no final da pista, o trânsito fica ruim como é esperado. Na pista da esquerda, carros que vão para a ilha sul, na direita, carros que vão para o aeroporto, Ressacada e outros bairros. A fila para a parte sul fica imensa e você deve pensar “todo mundo fura fila”. Que nada! Fica aquela fila enorme mas todos, um atrás do outro aguardando sua vez. Claro, sempre tem aquele resto de aborto mal educado que leva a lei de Gérson ao pé da letra, mas a maioria das pessoas compreendem que se fizerem isso, só piora a coisa.

Pode-se pensar que a devido a frota ser nanica, isso é mais fácil de resolver. Que nada. A frota de Floripa é maior que a paulista quando colocamos habitantes x veículos na planilha. São hoje cerca de 268 mil veículos registrados na capital, perfazendo 0,66 veículos por habitante. Em São Paulo o número é similar, 0,6 veículos por habitante. A diferença é: educação.

Resumindo, até o trânsito colaborou para que eu viesse a Florianópolis ;)

Florianópolis

Mapa de FlorianópolisAlguns de meus amigos já sabem, outros não mas o acontecido é que me mudei novamente de casa. Depois de uma temporada de 2 anos e meio em São Paulo, resolvi que chegou a hora de “sossegar o facho” de mudanças, jogar âncora e arrumar um lugar tranquilo para viver. Durante minha vida toda, tal como a música do Legião Urbana, “já morei em tanta casa que nem me lembro mais”. Bauru, Brasília, Campinas, Dili (Timor Leste), João Pessoa, Jundiaí, Paulínia, Poços de Caldas, Rio de Janeiro, São Paulo… tantos lugares, tantas casas diferentes que chegou a hora de um basta.

Quando estava saindo de Brasília em 2005 tinha duas opções para escolher: ou João Pessoa ou Florianópolis. Naquela época o nordeste me encantava com o sol de ano inteiro, falta de frio, amigos por lá e custo de vida baixo. Este conjunto fez com que tivesse escolhido a capital paraibana naquela época em detrimento ao sul do país. Leia Mais

Hollywood sacana

Chegada em BaliHollywood não presta mesmo. Se não bastassem alguns lixos que lançam com pontualidade britânica, ainda resolvem colocar nas telas dos cinemas um filme para deixar mais caro meu fim de ano!

Amigos meus da época de Timor Leste vão passar o réveillon em Bali, na Indonésia. Me mandaram um convite para estarmos juntos e como de bobo só tenho a cara e o jeito de andar, resolvi aceitá-lo. Então, liga-se para a companhia aérea para reservar os tickets com as milhas obtidas nos últimos tempos de viagens pelo país (pelo menos aproveito para as férias não é?). E qual a minha surpresa? Simplesmente não existe disponibilidade de voos em todo o mês de dezembro e tampouco nos primeiros quinze dias de janeiro. Tudo por conta do tal filme Comer, Rezar e Amar estrelado pela Julia Roberts.

Ainda não assisti o filme, somente trailers na Internet mas vou acabar indo para conferir pois não é possível que um filme faça com que as passagens para o sudeste asiático “sumam” de uma hora para outra só porque tem um monte de pessoas que desejam tirar um tempo sabático na ilha. Tudo bem, ela não é minha mas pôxa vida, deixa eu ir também né! Nada de passagens para Jakarta, para Kuala Lumpur e tampouco para Bangkok.

Em um dos trailers pude ver inclusive uma rua que conheço em Bali e que logo de cara deu aquela sensação nostálgica gostosa de lá estar novamente. Não sei o que falam da ilha no filme mas posso afirmar com conhecimento de causa: ela é mágica, é linda, é maravilhosa, é deslumbrante. Um lugar que indico à todos neste mundo para conhecer antes de morrer (sim, ela está naquele livro fuleiro dos 1000 lugares para conhecer antes de morrer). Bali é inexplicável. Só lá estando para entender, ou tentar, o que existe de mágico no ar e mesmo estando lá 4 ou 5 vezes, não consigo ainda explicar quando me perguntam.

Enfim, agora toca tentar juntar milhas de outras companhias aéreas mais um pouco de grana para rever a magia. Quem sabe minha virada do ano vai ser novamente antes que a de Copacabana?