Categoria: Opinião

Tapa-“sem vergonha”

Uma bela lentePara certas coisas sou um cara extremamente antiquado e não tenho vergonha disso. Prefiro móveis antigos aos moderninhos de MDF, prefiro o velho e bom guaraná às águas cheirosas e refrigerantes “zero”, prefiro carros “de velhos” aos mais arrojados. Claro, tenho o outro lado também que é gostar da tecnologia que tudo tem de moderno. Mesmo amando telegrafia feita com QRP’s (transmissão de sinais com 5 watts ou menos), não dispenso um bom Kenwood para berrar em tudo que é lado e adoro meu iMac, meu iPod e fico fascinado com controles remotos cheios de botões.

Na lista do “antiquado” tenho algo muito forte também que é “moda”. Odeio moda, odeio revista de moda e odeio gente que adora moda. Acho a coisa mais bizarra você ter que se adequar aquilo que meia dúzia de histéricos acreditam que é bacana. E a moda como sempre, sai com mais uma coisa bizarra: o “tapa-cofrinho”.

Antes de continuar, explicando o “cofrinho”…

Ao contrário do que tinha na minha época de criança, cofrinho não é mais aquele porquinho de plástico azul ou ainda aquele redondo de papelão e lata da poupança Haspa (lembra-se disso?). Atualmente cofrinho é o nome carinhoso para o rêgo. Sim, isso mesmo, aquela vala que fica entre as nádegas e que se torna mais profunda a medida que o dito ou a dita enchem o rabo de pástico. Esta parte do corpo foi assim apelidada pela analogia de se colocar moedas dentro. Tudo bem, não consigo compreender isso pois não é lugar para moedas, mas enfim.

Voltando…

A moda inventou então um tal de “tapa-cofrinho” que nada mais é que um pedaço de pano amarrado na cintura com a finalidade de esconder o dito cujo dos olhares mais interessados. Também, como diz a reportagem da Folha, algumas mulheres estão usando a nova invenção para esconder nádegas avantajadas destes mesmos olhares.

Não tive oportunidade de ver tal peça do vestuário feminino mas penso que seja algo como uma fralda amarrada na cintura e usada por aquelas que amam as tais calças de cintura baixa. No mínimo, ridículo para não dizer ignóbil.

Fiquei pensando o que se passa na cabeça tanto de quem inventou mas também de quem usa (diz a reportagem que uma loja em sampa já vendeu mais de 2 mil peças). Não é um pedaço de pano que vai esconder aquelas ancas (desejadas ou não) da verdadeira mulher brasileira e penso ser mais prático e coerente usar uma calça normal que a fralda. Tão simples; para quê complicar?

Se quer usar a calça baixa, deixe o cofrinho aparecer oras. Quem sabe não aparece alguém para colocar na poupança?

Monopólio do conhecimento em novo livro

Internet: O encontro de 2 mundosFoi lançado este mês o livro Internet: o encontro de 2 mundos que é uma compilação de 56 crônicas relacionadas ao mundo da Internet, comunicação, blogs, software e tudo o que tem a ver com o mundo digital de hoje em dia. Escrito de forma simples e até mesmo informal, a obra é muito interessante por trazer dicas, comentários e visões de 44 especialistas de tecnologia sobre o cotidiano da tecnologia.

Dentre um dos capítulos está o meu relacionado ao monopólio do conhecimento, um tema que normalmente as pessoas não fazem idéia que existe mas que pode ser visto diariamente nos canais de TV, jornais e revistas de todo o mundo e que, quer queira quer não, afeta a cada um de nós. Confesso, é meio denso mas preferi escrever desta forma para dar uma “chacoalhada” no leitor.

Estou feliz por mais este “ponto” bibliográfico. O primeiro foi no livro Software Livre e Inclusão Digital editado em 2003 e agora me dedico a uma série de obras mais técnicas relacionadas com desenvovimento web com a primeira já em fase de finalização e previsão de lançamento para o começo do segundo semestre.

Se quiser ler meu capítulo do livro, ele está disponível para download clicando-se aqui. Comentários, como sempre, são muito bem-vindos.

Criando uma múmia

GirlsItamarandiba, cidade de Minas lá no norte do estado protagonizou um caso interessante de indenização na justiça. A mulher alega que aos 17 anos começou um relacionamento com um cara e deste engravidou. Tempos depois perdeu em um aborto espontâneo a criança, sendo este o motivo da desistência do relacionamento do parceiro.

Não satisfeita a moça resolveu entrar na justiça alegando “danos morais” pelo rompimento do relacionamento, pedindo a bagatela de R$ 60 mil na ação. Sensata, a desembargadora do caso recusou o pedido em primeira instância (cabe recurso) alegando que não existe comprovação de danos morais, inclusive porque ninguém é obrigado a manter uma relação conjugal com ninguém.

O interessante da matéria não é o fato em sí, mas é observar que a justiça brasileira, já atolada até a tampa de processos, está se convertendo em um balcão de emprego onde qualquer coisa entre um pum fedido e uma unha encravada vai parar nos tribunais. Claro, todos tem direito à justiça quando se sentem em seu direito de reparação de qualquer coisa mas convenhamos, temos que replicar aqui o modelo jurídico americano onde uma pedra solta na calçada rende indenizações de milhões de dólares? Comércio de sentenças?

Pior mesmo será para a moça que depois desta vai morrer múmia com teia de aranha pelo corpo. Quem vai ser o louco de chegar perto? Na próxima é assédio sexual seguido de distúrbios psicológicos com agravante de epilepsia. Eu hein!

Este tal “ser humano”

Sofro de um mal muto grande que é acreditar no ser humano. Pois é, coisa estranha dizer que isso é um mal mas a cada dia que passa, perco um pouco mais das esperanças neste que se acha o “ser”.

Em minha última estada em João Pessoa almocei no Mangai, o restaurante que considero o melhor de comida nordestina que conheço na face da Terra. Desculpe-me mas eu posso falar com conhecimento de causa pois lá morei durante um ano e meio e frequentei senão todos, a grande maioria dos restaurantes pessoenses. Além disso, minhas andanças por vários estados e estradas me dão esta condição de “expert em restaurante ó xente”. Leia Mais

Dói no bolso e na bunda

Não dói?A boa da semana foi a condenação da Furacão 2000 pela justiça do RS. Mais que o valor de quinhentos mil reais, o juíz deu uma lição na vagabundagem e também nos imbecis que adoram os vagabundos. Sim, chamo de vagabundo porque o cara que usa o “tapa” dado na filha de 3 anos como inspiração para fazer uma música, só pode ser um vagabundo (que inclusive deveria agora ser processado por bater em uma criança). Claro que a equipe e todos os envolvidos no “megasucesso” vão recorrer da decisão por entenderem que “um tapinha não dói”, mas penso que se ainda existe um pouco de coerência e hombridade neste país, vão perder no supremo e ter que amargar o prejuízo, quer queiram, quer não.

Entretanto as declarações do MC Naldinho são interessantes e fazem qualquer um pensar no sistema judiciário brasileiro. Como contra-argumento da decisão do juíz, ele diz que sua música foi gravada até mesmo pela Xuxa (grande m****) e que também outras que deveriam estar sendo julgadas e enfiadas no mesmo balaio, como “boquinha na garrafa” (se bem que prostituição no país não é crime e qualquer puta pode enfiar o que quiser no seu corpo), “eu dei” (e eu quero saber disso?) e a mais atual, “quero que o mundo acabe em b*****” Estas certamente deveriam fazer parte de processos não com o intuito de censurar a expressão, mas sim de coibir que nossa sociedade, mesmo podre do jeito que está, não se afundar cada vez mais.

Mas infelizmente creio que isso não irá acontecer principalmente em época de eleição inclusive para a Furacão 2000 ou os produtores do hit, afinal não podemos desagradar aqueles que direta ou indiretamente financiam campanhas e colocam deputados e vereadores nas câmaras de todo o país. Seria uma lástima para os dignos representantes do povo brasileiro que senta na garrafa esperando que o mundo acabe em…

Fique de olho (ou ouvido)

Sibel - The Diving BelleEla foi a segunda no Idol Show 2005 da Suécia e acaba de lançar seu primeiro CD. Nascida na Macedônia (sabe onde fica?) e de descendência turca, Sibel começa a agradar ouvidos de todo o mundo, além de ser uma gracinha.

Fique de olho (ou de ouvido, como queira).

Precisa acabar mesmo

Logo ONUA ONU homenageou hoje Sérgio Vieira de Mello, diplomata brasileiro morto em um ataque à sede da ONU em Bagdá no ano de 2003. Na homenagem o atual secretário-geral Ban Ki-moon rasgou a seda para o brazuca que, dentre outras coisas, preparou os caminhos para a independência de Timor-Leste.

Em seu discurso o secretário afirmou que a ONU tem por obrigação “cumprir as missões inacabadas” de Mello. Se assim o é, está na hora de resolver a crise em Timor, caso contrário a perna vai ficar manca. É esperar para ver (mas não muito).

Profissão regulamentada?

Estou tendo que passar pela sina de tirar um novo passaporte depois que a Indonésia acabou com o meu. Cada entrada de algumas horas naquele país me comiam US$ 10,00 e mais uma página da caderneta verde. O resultado disso foi que passei somente quinze dias ao todo naquelas ilhas vulcânicas mas tenho nove páginas inutilizadas por eles. Somam-se as demais usadas para outros países e fiquei com somente meia folha disponível, o que não dá para ir na esquina da América do Sul.

Então, para começar a maratona, entro no site da Polícia Federal a fim de preencher um formulário com meus dados e depois fazer o agendamento para a entrega de documentos e retirada da caderneta. E nesse momento, procurando uma profissão que servisse para explicar sem muita discussão minha condição laboral encontro entre as listadas ela, a profissão mais velha do mundo: prostituta.

Claro que fiquei chocado. Não por lá estar listada a profissão que em nosso país não é crime, mas sim por ela, sem lei nenhuma e sem ninguém dizer nada, ter sido elevada ao status de profissão, coisa que já acontece em países corretos como a Holanda. Entenda, meu choque não é por ser profissão, o que acho que deveria ter sido resolvido há muito tempo pois as leis que tratam do assunto são da década de 40, mas sim por ninguém falar nada nem para a população, nem para as prostitutas. Mas o que esperar da terra dos bate-bocas das igrejas de todos os tipos para discutir quem é que pode falar mal de quem e quem é que pode chutar a santa?

A profissão de prostituta no site da PF

O mundo animal

Urso presoNovamente, o mundo animal em evidência. Depois da descoberta que as formigas são safadas, encontraram um urso ladrão.

Na Macedônia, pequeno país da Europa que integrava a antiga Iugoslávia, um urso foi condenado pela justiça por roubo de mel. O fato aconteceu na cidade de Bitola onde um apicultor, depois das sucessivas investidas do animal contra seu apiário, resolveu processá-lo pela perda do produto. Resultado: nesta semana o urso foi julgado à revelia (ainda bem!) por perdas e danos e agora está fichado na polícia. De outro lado, o governo vai ter que pagar três mil e quinhentos dólares para o apicultor a título de indenização.

Nonsense.

O cara mudou

PHFiquei sabendo por fonte fidedigna e muito próxima que meu grande amigo P.H. (este sorridente na foto ao lado) mudou de lado. Isso mesmo. Agora o cara não é mais desenvolvedor nem programador. Virou designer. E pior, dizem que anda criando arco-íris com matizes muito doidas, típicas daqueles que se deslumbram com a coisa.

O menino tinha certamente um futuro brilhante pela frente e não sei honestamente o que aconteceu para descambar desta forma. Muitas vezes imagino que possa ter sido a maresia das belas praias de Vitória e Vila Velha mas, se assim fosse, outros também teriam o mesmo destino. Só falta agora dizerem que deixou o software livre para virar garoto sorriso da Microsoft. Aí vai ter que pedir prá sair pois ninguém vai suportá-lo.

Lamentável!