Desde moleque sou radioamador e radioperador (ex-PU2UTC, ex-PX2H8326 e atual PX2M2934) e sempre gostei do hobby. Passava noites em claro escutando estações do mundo todo e colecionando alfinetes num mapa com os países que já tinha falado (um total de 132). Hoje, devido ao trabalho e também a falta de estrutura, deixo parte dos equipamentos guardados para que na futura casa possa montar novamente o shark e “queimar botina” pelas frequências.
Mas nesta noite achei algo interessante. Estava fazendo o update de algumas aplicações em meu iPhone na AppleStore quando achei um aplicativo para a escuta das frequências das torres de controle de aeroportos do mundo todo. Melhor, encontrei o site que suporta a aplicação e lá é possível escutar tudo o que se passa nas conversas entre torre e aviões dos aeroportos mais movimentados do mundo.
Do Brasil, encontrei somente um (frequência de 134.450Mhz e 126.100Mhz) que é o aeroporto de Brasília (BSB) e justamente no momento que estou ouvindo as comunicações, entra um avião da United Airlines passando pela cidade. É lastimável o inglês dos operadores. Até mesmo o meu é melhor, um vexame (será que os caras do Legacy entenderam mesmo o que era para eles fazerem?).
Enfim, se gosta de “rádio cachoeira” e tem prazer nisso, acesse o site liveACT.net Tem muita coisa interessante para ouvir por lá.
OBS: a escuta destas frequências, bem com frequências da Polícia, Bombeiros, Ambulâncias e outros serviços é livre e legal. Entretanto não é permitida sob hipótese alguma a interferência nas mesmas.
No final de semana passado estive em São Luís, Maranhão para palestrar em um evento sobre a linguagem de programação PHP. Sobre o evento, nada a reclamar; mas sobre a viagem, fiquei frustrado. Era a primeira vez que pisava em solo maranhense e estava esperançoso de conhecer mais um dos patrimônios históricos da humanidade (o centro antigo da cidade). Entretanto a conjunção de trabalho, demandas, tempo feio e cansaço fizeram com que ficasse o dia inteiro que tinha livre dentro de um quarto de hotel.
Não, este post não é resultado de meus dias de descanso nesta semana em Salvador. Não aprendi a dançar axé no pelourinho e tampouco virei baladeiro (do Timbalada). É somente aquele momento de retrospectiva do que aconteceu no ano que está indo embora, nada mais que isso. Saldão do dito? Bom, muito bom. Pouco a reclamar. Claro, percalços aconteceram de vários tipos mas se não aparecem estes, creio que as coisas ficariam sem graça (não posso dizer com convicção porque sempre tem percalços deste lado aqui).
A empresa cresceu, agigantou-se e quase me engoliu. Com ela aprendi várias coisas ao longo do ano e principalmente que sempre deve-se ter as pessoas corretas nos lugares chaves. Também aprendi que confiança é algo bom mas deve-se levar quase ao pé da letra o dito do “um olho no gato e outro no peixe”. No final, a esperança sempre é a última que morre e desta vez… não morreu! Fazer o trabalho correto, ser justo e principalmente trabalhar prá caramba, faz a diferença entre o que fica na estrada e o que segue o caminho. Pedra todo mundo tem; importa saber o que fazer com elas.
E por falar em estrada, ela foi a minha companheira durante o ano de 2009. Verificando o TripIt, ferramenta de gerenciamento de viagens, lá estão 36 ao longo do ano com mais de 58 mil quilômetros de estrada em cento e dezoito dias, ou seja, quase 4 meses em hotéis, motéis, hostels, pousadas, guesthouses, aviões, carros, trens e sabe lá mais o quê. Grande parte delas a trabalho mas também tive algumas para desopilar o fígado e conhecer novas terras como o deserto de Atacama no Chile (onde ficou provado que o “nada” existe) e a praia de Boa Viagem em Recife ou ainda matar saudades do peixe com molho branco de Boa Vista, dos camarões de Florianópolis, do barreado do litoral paranaense e o tutu a mineira do aeroporto de Belo Horizonte. Além deste saldo, outro muito bom: milhas. Milhares delas nos cartões das companhias aéreas que vão me levar para outras viagens durante 2010 (preferencialmente para descansar da correria que já se apresenta).
Tabelão das viagens de 2009
Mas o melhor mesmo não foram as viagens ou as investidas gastronômicas. Foram sim as pessoas que conheci ao longo do ano e também as que re-conheci. O que falar das meninas super poderosas da Arteccom (Adriana, Cris, Flávia e todo o time masculino também)? Dos geeks Akita, Dani, Dulcetti, Eliane, GC, Guanabara, Kauê e Makeenzy? Das feras Addi, Baeta, Ferrara, Gil Giardelli, Luli, Matt e Ryan? Ou ainda as peças raras que ressurgiram das cinzas como Alessandro Gil, Bimbo, Maçan, Noab, Juliano (que não cansa de sofrer com o Sport), Guilherme (que aprendeu a encher a cara), Pedro Moura e até mesmo o velho Gandhi de guerra voltou da tumba em 2009. Um ano cheio de grandes pessoas (algumas graaaannnndesss mesmo) e poucas perdas (ainda bem).
As meninas da Arteccom
2009 também foi um ano musical, fosse pelo meu amado vizinho com seu meio de condução vermelho (não é possível chamar de carro) com som de chacoalhar o vitrô da minha sala, fosse pelas maravilhosas aquisições no iTunes (leia-se, nos torrent’s que foram para o iTunes). Peter White, Michael Lington, Rodney Thompson, Jake Shimabukuro, Dave Koz, Chris Botti e Mark Barrios. Um timaço de gente boa que veio se unir aos já conhecidíssimos da MPB brasileira. Só a nata mesmo!
E além de música, fotos, milhares delas. Na verdade 3 800 fotos clicadas em tudo que é paisagem deste mundão. Muita foto engraçada, muita foto estranha e também, muita foto bonita. Depois do encontro com representantes das camadas menos favorecidas da sociedade no ano passado, a 40D chegou arrasando quarteirão e muita coisa pode ser vista aqui mesmo no blog por este link. Não está tudo lá? Claro que não, alguém tem que trabalhar nesta vida né?
Lagunas Miscanti – Chile
A coleção de pinguins também cresceu com novos participantes que já lotam o ninho e precisam de um novo em breve bem como a biblioteca que chegou naquela vergonha de ter livro sobre livro. Resultado: toca procurar um móvel maior para acomodá-los todos como merecem. A única coisa que não mudou é: ainda não tenho TV :-)
Então que venha 2010 com muito mais voos, muito mais livros, muito mais músicas, muito mais pessoas e principalmente, muito mais desafios. Afinal, sem eles a coisa fica muito sem graça. Ahhh, e muitos textos também. Prometo!
Ano passado tive o desprazer de ter um encontro com representantes das camadas mais baixas da sociedade em minhas férias. Neste encontro, fiquei sem máquina fotográfica (duas), celular, cartão de memória, canivete, zippo e meu MacBook preto que tinha comprado no Timor Leste.
Um ano se passou e chegou hoje a última peça que faltava da lista do que me levaram: o laptop. Já comprei a câmera (melhor!), o tripé, o celular (bemmm melhor!), o Zippo e ganhei o canivete. Mas… esta peça tem como diferença ser um lindo MacBookPro aluminium de última geração e que posso dizer: é o estado-da-arte em laptops. Presente de minha companheira, o equipamento vem me ajudar nos trabalhos diários, na edição (até que enfim) dos vídeos que tenho armazenados desde minha chegada no Timor, na escrita de vários textos e no término do livro que também foi roubado na ocasião.
Agora, só faltaram mesmo as fotos daquela viagem que foram embora com a câmera. Mas tudo bem, ter a certeza que os desgraçados continuam pobres, fodidos e quem sabe com um pouco de sorte, mortos, alivia a perda.
A viagem realizada para o Chile no primeiro semestre foi tão bacana que até num guia de turismo foi parar. É o Guia do Chile editado pela On-Line Editora que está em sua segunda edição. Nele, além das dicas sobre o deserto do Atacama e a rota entre Santiago e as terras do norte, também emprestei diversas fotos de minha viagem que ilustram várias páginas do guia. E não é que ficaram muito boas?
O guia é legal não somente por isso. Tem muita dica interessante de lugares e algumas de hospedagem e alimentação. Particularmente ainda prefiro a Internet para buscas de informações sobre estas coisas mas vale a pena também por reunir num único volume várias coisas que são imperdíveis.
Ah, e definitivamente, o Chile é muito bacana. Agora me falta a parte sul mas como ainda não descobri como chegar lá na pontinha do mapa sem cair dele e me faltam pelo menos vinte dias para a aventura, vou só planejando a invernada. O problema maior na verdade não é este, mas sim a quantidade de lugares a conhecer no mundo. Acho que vou fazer um acordo com Deus baseado em número de carimbos no passaporte. Quando chegar nuns cento e cinquenta, me mando.
O guia pode ser encontrado em bancas de jornais ou ainda na web.
Estava fazendo as contas e tenho quase certeza que este ano bato meu recorde de quilômetros viajados. Já estou com a bagatela de 12.379 km rodados, 14 cidades visitadas, 37 dias na estrada e nem comecei as grandes viagens. Só para se ter uma idéia do tamanho da encrenca, faltam duas para Recife, duas para Boa Vista, uma para Manaus, tres para Brasília, uma para a França, uma para Nova Iorque, duas para Salvador, duas para Florianópolis e… sei lá mais onde pois quase toda a semana aparece mais uma na agenda. Decerto nem quando estava no Timor Leste viajei tanto quando o prometido neste ano.
Para computar todos estes dados tem um site muito bacana chamado TripIt. Nele adiciono todas as viagens, intinerarios e outros trecos e ele faz as contas para mim. Pelo menos isso.
Vou aproveitar minha participação num evento nesta sexta-feira e emendar uma visita ao litoral sul de SP, especificamente em duas cidades muito interessantes: Iguape e Cananéia.
Sempre gostei muito desta região. Por minha velha ser nascida em Paranaguá, litoral do Paraná, muito passei nesta área para as várias viagens de visita à parentes. Lembro-me inclusive de um restaurante que existia na beira da BR-116 com uma grande xícara na entrada (serviam um chá muito bom) e que uma vez paramos para tomar café e comprar chicletes pois estava com uma caxumba fenomenal e a mascação ajudaria. Melhor mesmo foi ver a inveja de meus irmãos :-)
Além da boa lembrança, gosto da mata atlântica quase intocável (até onde isso é possível), peixe do bom, areia por quilômetros, bananas ouro (adoro!) e palmito da espessura de um braço. Uma região que vale muito a pena conhecer.
Para finalizar, uma paisagem maravilhosa para tirar dezenas de fotos. Agora, só falta o tempo ajudar para aproveitar mesmo. Na volta, os comentários.
Espaço em disco rígido é como moeda; quando você precisa não tem e quando tem acha que é infinito. Ledo engano facilmente comprovado pela minha situação atual. Com um disco rígido de 250GB e mais outro externo de 320GB, simplesmente não tenho espaço para editar as fotos da última viagem porque o programa se recusa a abrir. “Estou sem espaço para trabalhar, diz ele”. Lamentável.
Ahhh, mas é só apagar alguma coisa. Quem dera! Feliz ou infelizmente não posso fazer isso. Somente as fotos ocupam 130GB e as músicas mais 80GB. O que sobrou são programas e ferramentas de trabalho. Então a solução será esperar um pouco para comprar outro disco externo e conseguir editar as fotos ou, quem sabe, alguns DVD’s.