Categoria: Viagens

Eu também não sei

Não me pergunte como a microlet sai do lugar porque eu também não sei.

Microlet

Voltando à lida

Templo de Uluwatu com vista do Oceano Índico

Templo de Uluwatu com vista do Oceano Índico

Parece mesmo que feriado é feriado em qualquer lugar do mundo. Bali estava simplesmente infernal pelas comemorações do término do Ramadã. Acho que todo mundo resolveu tirar a barriga da miséria depois de um mês de jejum. Kuta com um trânsito digno de volta às aulas em sampa, hotéis lotados, lojinhas apinhadas de gente e claro, um calor que dá medo.

Mas mesmo com tudo isso os quatro dias de descanso foram proveitosos. Além de muita cerveja, boa comida (e bota boa nisso), alguns passeios em lugares que não conhecia, as compras. Pela primeira vez meu lado feminino atacou e fui às compras de forma a dar inveja em qualquer socialite brasileira. Sacolas e sacolas nas mãos cheias de peças para casa, incensos, almofadas, imagens e tudo o que era bonito e barato. Minha sorte foi não poder passar muito o limite permitido de bagagem na companhia aérea pois caso contrário sairia de Bali com um contêiner abarrotado de coisas. Tudo é lindo, tudo é bem feito, tudo é barato.

A viagem rendeu cerca de 180 fotos. Pouco para quem normalmente clica este número por dia nos novos lugares. Acho que estava mais crítico e ao mesmo tempo sem muito tesão para as imagens. Mesmo assim algumas fotos ficaram magníficas e podem ser vistas no álbum especial desta viagem clicando-se aqui. Vídeo, somente quinze minutos que vão ficar guardados para serem somados com outros 45 (pelo menos) de outras passadar por lá. Assim ao menos é possível criar um DVD sobre Bali.

Agora é voltar para a lida e começar a planejar a próxima daqui há trinta dias. Esta, um sonho que tenho desde criança e que agora vou poder realizar. Isso é claro, se os tufões resolverem parar de assolar o Vietnã e Laos. Caso contrário, vou ver que mudar a rota para outro lado pois não estou a fim de sair rolando no meio de um turbilhão de água.

Cá bem-vindo!

Feriadão com descanso

Massa Inn Hotel - Kuta Beach - BaliMuito bem. Aqui do outro lado do planeta também é feriado no dia 12 mas ao contrário do Brasil onde é comemorado um feriado católico (Nossa Senhora, Padroeira do Brasil), esta região comemora o Eid ul-Fitr que marca o fim do Ramadã, mês de jejum para os mulçumanos. O importante é que não importa (boa esta não?) se é feriado católico, mulçumano ou dia das crianças. O que importa é que estou de saída para Bali a fim de pegar quatro dias de descanso na beira da praia só fazendo palavras cruzadas.

Então, já sabe; nada de post até segunda feira, nada de computador (que inclusive fica em Dili dormindo um sono merecido) e nada de artigo técnico no site profissional. Em contrapartida desta vez venho com centenas de fotos da ilha mais simpática da Indonésia para o deleite do povo.

Abraços e até a volta.

Reclama vai

A sequência de fotos a seguir serve para dar uma idéia do que é o sistema de transporte “público” no Timor-Leste e foram tiradas no último final de semana.

Microlet

Este micro-ônibus é chamado de Microlekt e faz a “linha” entre Dili e Baucau, a segunda maior cidade do país distante cerca de 150km. As pessoas, como é possível ver, viajam dentro do ônibus, em cima, dependuradas e onde mais conseguirem. Vale até no colo do motorista, conforme a dondoca :) e pagam por isso entre US$ 1 e US$ 3, o que também varia de acordo com a boa vontade do cobrador.

Microlet

Está impressionado? Pois então agora vem o melhor: esta viagem dura cerca de cinco, isso mesmo CINCO horas entre as duas cidades, sendo realizada pela “auto-estrada” Dili-Baucau que está assim:

Microlet

No meio da estrada, claro, é necessário fazer ultrapassagens como em uma estrada qualquer. Aí, o que acontece? Uma “pende” para um lado e a outra “pende” para outro.

Microlet

Já deve estar pensando na quantidade de acidentes não é? Pois não é difícil ouvirmos relatos de microlekts que despencaram barranco abaixo (normalmente são mais altos que um prédio de 10 andares) com todo mundo dentro, fora, em cima e onde mais estiver. Tanto é fato que um dos nossos técnicos do Ministério retornou hoje ao trabalho depois de rolar 100 metros “microlekt abaixo” em uma curva onde um pneu estourou. Sorte dele que foram somente 35 pontos na cabeça e um braço quebrado.Como não existe transporte público verdadeiro e tampouco fiscalização, vamos que vamos e deixamos na mão de Deus o próximo quilômetro.

E você ainda reclama das van’s brasileiras?

Diário de Bordo – Viagem à Europa (cap. 2)

Este é o segundo capítulo do diário de bordo de minha última viagem. Aqui são descritos os acontecimentos e aventuras desde minha saída de Dili, capital do Timor-Leste até a chegada em Frankfurt, na Alemanha mas divididos em duas partes devido a extensão do post.

Se você perdeu o primeiro capítulo desta epopéia, clique aqui e mantenha-se atualizado. Ao todo a “novela” está dividida em vários capítulos com informações e passagem para rir e chorar (também de rir). Aproveite! Leia Mais

Diário de Bordo – Viagem à Europa (cap. 1)

Já recuperado do jetlag e com a baderna do retorno organizada, é hora de começar a escrever os diários de bordo da viagem feita durante este mês para a Europa. Algumas pessoas já conhecem meus diários de bordo e gostam muito, principalmente pela quantidade de informações disponíveis e também pelo tom, hora sarcástico, hora sério. Aqueles que ainda não conhecem, poderão ter a oportunidade de passear juntos pelos caminhos e acontecimentos destes vinte dias e oito cidades de três países europeus, além de uma palhinha sobre mais dois países e três cidades (ou seriam duas, não sei). Leia Mais

Simbora

A inseparável mochilaPronto, mala fechada, passaporte na mão, boné e iPod no ouvido. Ahh… claro, a máquina fotográfica que não pode ser esquecida nunca.

O legal das viagens é comprar os badges para colocar na mochila. Além de destacá-la no meio daquelas esteiras gigantes dos aeroportos do mundo (estou falando de aeroporto e não campo de pouso), faz você lembrar onde passou, onde pisou.

Infelizmente minha mochila foi comprada depois que comecei a viajar para fora do país e por isso faltam vários badges: Chile, Argentina, Bolívia, Uruguai, Peru, Colômbia, Holanda, Noruega e até mesmo da Alemanha. Estes vou caçar em algum lugar do mundo ou, quando retornar aos países, compro. O da Alemanha coloco desta vez junto com a Indonésia, Malásia, Áustria e República Tcheca. Deste jeito já estou vendo o dia que não tenho mais mochila, mas sim um outdoor ambulante como comentou o Gustavo dias atrás que imaginava minha mala desta forma. Não errou! :-)

Quando voltar escrevo os relatos da viagem e posto as fotos. Até lá, só espero que o Timor-Leste não pegue fogo pois hoje é a escolha do primeiro-ministro e o caldo promete ficar quente.

Até a volta!

Pé na estrada mais uma vez

Ufa, está chegando mais uma viagem. Desta vez, nada de paisagens de quebra-cabeças ou ainda lugares exóticos. Agora o destino é o velho continente e um descanso mais que merecido (ralei estes meses viu, tá doido!) vendo palácios, museus, praças, monumentos e claro, passando um calor dos diabos.

O roteiro não sai muito daquilo que é legal de se conhecer em um giro pela Alemanha, Áustria e República Tcheca: Frankfurt, Nuremberg, Munique, Salzburgo, Viena, Praga, Berlim e Colônia. Poucas cidades para poder aproveitar bem cada uma delas, caminhar bastante e pedir a Deus para que o final do dia chegue logo. Desta vez, nada de backpacker, nada de McDonald’s (se bem que seria interessante conhecer um em Praga) e muito menos franguinho do KFC (pense numa coisa nojenta!). Ao contrário muita, mas muuuuiiiitaaa cerveja gelada e muito vinho do bom.

Mapa

No meio do caminho, ainda tem stop-over em Bali e Jakarta. Na primeira, escala obrigatória para quem sai do Timor rumo à civilização e a segunda, estratégica para a compra das bugigangas eletrônicas e preparação para dezessete horas de vôo e mais uma escala em Kuala Lumpur. Isso claro, se os malaios não pegaram a gripe aviônica brasileira. Aí meu amigo, só Buda vai saber quando chego em Frankfurt Am-Main.

Mas vai valer a pena. Vou colocar mais alguns países no passaporte, vou poder tomar o famoso Kopi Luwak, subir em mais uma torre (a de Berlim), bater um papo com o Knut no zoológico, conhecer o primeiro campo de concentração alemão (Dachau), ver algumas locações de filmes como Supremacia Bourne, Blade II e Noviça Rebelde e tirar muitas, muitas fotos. Afinal, máquina fotográfica serve para isso mesmo ;)

Entonces já está avisado. A partir de 1º de agosto, nada de post. Parto em pleno inferno astral do Timor-Leste (será a escolha do primeiro-ministro), páro de escrever e parto para vinte dias de descanso. Mais que isso, vinte dias que indiscutivelmente valerão por uma vida toda, afinal não é sempre que podemos estar cara a cara com o futuro escolhido a dedo não é mesmo? Sobre isso… depois conto.

Seleção sem Galvão, quanta emoção

Não vou entrar na retórica do quanto é bom ganhar da Argentina, seja no futebol, no vôlei, na bolinha de gude e até mesmo no fliperama. Sempre, sempre é bom, até mesmo de meio gol, tá valendo.

Nesta segunda-feira, domingo no Brasil, tive o prazer de assistir a seleção brasileira mostrar um futebol até interessante e devolver “los hermanos” com um segundo lugar lá para as terras do Prata. Esta façanha aconteceu graças a um canal indonésio chamado RCTI que transmitiu ao vivo este e a maior parte dos jogos da Copa América, principalmente os brasileiros. Claro que os flashes de intervalo com as peitudas vestindo sumárias blusinhas foram incansavelmente repetidos para o delírio dos marmanjos e tristeza das mocinhas, afinal, fartura aqui só de vulcão.

Mas o melhor não está no fato da seleção ganhar, haja visto que nos últimos três confrontos internacionais, ganhamos todos. Também não está tanto no fato que quase enfartei logo as seis da manhã quando, ainda dormindo, meu roommate berra na sala com aquela pintura de Júlio Baptista no ângulo adversário. O melhor mesmo foi assistir noventa minutos de futebol sem o imbecil do Galvão Mala Bueno. Gente, vocês não fazem idéia de quanto é bom isso!

O jogo foi transmitido com narração em inglês por um cara que duvido não falar alguma língua latina pois sua pronúncia dos nomes dos jogadores, coisa que sempre pega para qualquer profissional da área, era quase perfeita. Além disso, comerciais com aquele narrador global que não morre nunca e as chamadas do gordo mais imbecil do planeta ficaram há mais de 23 mil quilômetros daqui quando, no chegar da manhã em Dili, pude pela primeira vez assistir futebol e não um poço de asneiras que nem mesmo o célebre Sílvio Luiz era capaz de fazer (e olha que ele era dose).

E pelo visto não fui somente eu que assisti. Obviamente que fui obrigado a tirar minha camisa canarinho do armário e desfilar com ela nos corredores da UN e Ministério nesta segunda-feira onde surpreendentemente, ouvi dezenas de pessoas (isso mesmo, dezenas) me dando os parabéns e até mesmo pronunciando “Brasil” de uma forma meio inteligível e com sotaque de algum país do sudeste asiático. Eita orgulho viu! Acho que vou comprar o jogo completo de camisas :-)

Finalmente, não esqueça, tem coisas que nem a Mastercard faz por você, só a RCTI em sumir com o Galvão.

FAQ Timor – nova versão

Dentro de algumas semanas chega mais uma leva de professores brasileiros ao Timor Leste mediante o convênio da CAPES com o governo timorense. Uma alegria muito grande pois ter aqui mais alguns brasileiros falando o português da terra é certamente muito bom.

Para auxiliá-los na tarefa (árdua diga-se de passagem) de atravessar vinte mil quilômetros que separam os dois países, atualizei a FAQ Timor com as dicas de viagem, inclusive porque foi detectado um erro na mesma.

Assim sendo, clique aqui e faça o download do documento. Caso precise de alguma informação adicional, entre em contato pelo e-mail paulino@michelazzo.com.br. Terei o maior prazer em ajudá-los.

E sejam bem-vindos ao Timor Leste!