Tag: jazz

David, Don’t Let Me Be Lonely Tonight

Aos 78 anos, morre David Sanborn. Uma lenda do saxofone e um especialista em fazer qualquer melancolia ficar mais pesada.

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O Passo Pizza… e cadê o Jazz?

Quem aparece aqui no blog com certa frequência sabe que realmente gosto de jazz e sempre que estou na estrada, procuro algum lugar onde possa conhecer algumas músicas novas ou ainda recordar as já conhecidas. Leia Mais

Quiet nights

Diana Krall - Quiet NightsSe Deus fez voz mais linda no Jazz que Diana Krall, certamente guardou para ele e está cantando nos céus neste momento. E neste CD, muita bossa nova e até uma versão “feminina” de Garota de Ipanema que se tornou “The Boy of Ipanema”. Linda de morrer (não é ela, é a voz!).

Pelo amor de meus filhinhos, vai cantar bem assim em qualquer buraco do mundo e também em meu iTunes :-)

Angelina

O fino do smooth jazz no sopro de Michael Lington.

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Inspiradora

Para a madrugada de hard work, uma inspiradora:

After The Rain – Jim Adkins

O cara

Ken NavarroQuem lê com certa regularidade o blog sabe que gosto de boa música. Smooth Jazz, Fusion Jazz e Jazz :-)

Aí ontem, lendo o blog e um cara na Indonésia, vi a notícia de um site interessante recém-lançado: chama-se SoundUnwound, uma ferramenta da Amazon com o site IMDB que faz algo muito legal: esmirilha a vida dos artistas trazendo todos os seus álbuns, biografias, conexão com outros artistas semelheantes, shows, etc, etc, etc. Uma verdadeira jóia para quem quer procurar saber tudo sobre música ou, como eu, encontrar novas.

Numa primeira busca que fiz, estava à caça de algo novo do Peter White. Não deu resultado; tudo o que ele já gravou eu tenho. Mas em compensação encontrei outro tão bom quanto ele: Ken Navarro; um gitarrista nascido em Indiana, EUA que vai pelas mesmas veredas do White; gostoso de se ouvir, tranquilo e muito feliz nas melodias acompanhadas vezes por piano, vezes por baterias, vezes por sax (que aí fica de arrasar).

Então, toca procurar o cara né. No SoundUnwound pega-se a discografia e no “shopping Internet”, os discos. O resultado: uma sexta-feira totalmente dedicada ao Ken em meu iTunes.

Ouça também e aprecie. Clique aqui para ouvir as músicas ou aqui para conhecer o site do cara.

Mais uma pérola

Tequila Moon - JessyJO “shopping internet” me rendeu mais uma pérola esta semana que chama-se JessyJ. Na verdade seu nome não é este, é Jessica Spinella. Mas no mundo do jazz é conhecida somente com JessyJ ou “jessy”. O que faz? Toca um sax de primeira linha e agora, com seu álbum de estréia da carreira solo, canta e encanta prometendo muita música boa para os próximos anos (pelo menos para mim).

Ela toca e já tocou com gente grande como Michael Bolton, Gloria Trevi, The Temptations e outros gigantes do jazz como Peter Brown e Peter White (que já falei dele aqui). E num “repente” resolveu partir para uma carreira solo paralela aos seus trabalhos, tocando e cantando. Acertou em cheio! O CD Tequila Moon é um mix de música latina (é filha de pais mexicanos) com uma produção harmoniosa que não deixa seu sax cair na chatice do tipo de Kenny G e consegue esconder a melancolia tradicional do instrumento. O resultado são dezenas de ótimos comentários da crítica musical e um CD para escutar a qualquer momento, principalmente naqueles que se deseja tranquilidade.

Duas ótimas surpresas são a interpretação vocal da música “Mais que nada” de Jorge Ben Jor, muito conhecida lá fora na voz de Sérgio Mendes e a famosa Besame Mucho. Nestas faixas ela canta com uma voz sem igual e que certamente se iguala a sua exuberante beleza corporal. Além destas, uma guitarra tipicamente mexicana partilhada com seu sax em Spanish Nights é algo para, sem sair do lugar, fazer uma verdadeira viagem pelas noites mexicanas. O nome casa perfeitamente com a música, nada melhor.

O CD foi lançado no começo deste mês e pode ser encontrado na Amazon onde inclusive os comentários confirmam as minhas impressões sobre ele. No Brasil, procurei nas lojas virtuais e nenhuma tem. Ou melhor, procurei algo sobre ela em português e nada de encontrar. Assim, se gosta deste tipo de jazz (o smooth jazz) compre direto dos EUA. Pelo visto vai demorar um pouco (ou muito) para chegar por aqui. Mas se ainda não quiser comprar o CD por pensar que tenho gosto musical duvidoso, clique aqui para acessar o site da artista e depois, na página principal, em Launch Junkebox para escutar um pouco de seu trabalho. Aproveite também para ver suas fotos. Vale a pena.

O meu CD? Não conto nem sob tortura onde consegui ;-)

Ruim, bom e ótimo

Nestas últimas semanas sumido pela dedicação ao desenvolvimento dos novos sites (sim, novos pois este vai mudar também), aproveitei para fazer novas aquisições na lojinha Internet; três CD’s que podem ser qualificados como ruim, bom e ótimo.

Primeiro, claro, o ruim porque assim já acaba o assunto.
Caetano continua uma bosta. Desculpem àqueles que o amam (dá para amar coisa desta?) mas Caetano é um João Gilberto magricela com sotaque baiano, ou seja, um chato medito a besta. A mania que tem de ficar cantando parte de músicas em inglês, francês, espanhol e, se deixar, grego, cansa e suas composições deixaram há muito de ser algo do tipo “óóóó”. Exceto por alguns repentes atuais como “Sozinho” e “Você Não me Ensinou a te Esquecer”, o baiano mais chato do mundo só regrava o que já foi regravado. Acho que seu período no exílio deixou-o meio “marolado”. Dele, recebi o último CD (lançado ontem), Cê – Multishow Ao Vivo que nada mais é que o último show agora feito por encomenda para o canal Multishow. Acho que ele está precisando de uma graninha porque fazer isso, tenha dó. Do CD, para mim salvaram três músicas, o resto, lixeira do iTunes.

Já o médio fica por conta dos Engenheiros do Hawaii. Sim, eles existem e estão aí mas confesso que tive que forçar o ouvido em alguns momentos para saber que era o Humberto que estava cantando. Os anos passaram e mudaram bastante mas, ao contrário do “chaetano seboso”, os Engenheiros se refizeram. O último CD, Novos Horizontes – Acústico traz velhos hits como Parabólica, Toda Forma de Poder e Prá Ser Sincero com várias novas. Duas que ficaram muito boas foram “No Meio de Tudo” e “Alívio Imediato” que aparentemente mostram a mudança pela qual a banda passou. Ficou mais velha mas como um bom vinho, soube se reciclar e ficar melhor. Não é mais o Engenheiros que vi em 92 quando trabalhei na transmissão do show no ginásio do Guarani em Campinas, que tinha uma energia tremenda e chacoalhava mais que terremoto na Indonésia, mas certamente ainda são os Engenheiros e.. acústicos.

Agora, o ótimo é mais que ótimo, é maravilhoso. A dona da voz chama-se Rosália de Souza, uma espetacular carioca de Nilópolis que canta a bossa-nova tão bem que poderia ser chamada de “maestro Tom de saias”. Mas além disso, envereda-se pelo verdadeiro samba dos morros cariocas e que lembra com uma facilidade muito grande artistas como Paulinho da Viola, Roberto Menescal e até mesmo Chico Buarque. Seu último CD, Brasil Precisa Balançar é uma viagem sensacional à um dos melhores períodos de composição da MPB e gostoso demais de ouvir. As mais belas composições ficam por conta de “Nem Que Seja a Nado” e “Rio de Janeiro”, além de “Meu Amigo Tom”, uma verdadeira declaração de amizade para o maior maestro brasileiro. Este CD vale a pena, mesmo que você não goste muito de bossa-nova. Escute e vai entender o que digo.

E tem mais? Tem, mas não agora. Deixa colocar o site novo no ar. O universo conspira…

Dois maravilhosos monstros

Meu gosto por Ella Fitzgerald vem de longe. Acho que desde a primeira vez que li a obra de Mario Puzo, O Chefão. Nele, Jonny Fontane, um dos personagens da trama, é um cantor decadente com um problema nas cordas vocais que o impede de cantar como nos bons tempos. Frustrado, passava horas ouvido outros cantores e dentre eles, Ella Fitzgerald. Coincidência ou não, creio que tenha sido influenciado pelo livro pois em casa pouco se escutava o jazz americano; o velho ainda preferia os clássicos Chopin, Schumman, Listz e Tchaikovisk. Não importa. Hoje a paixão que tenho por Ella se compara somente a que rendo a Sinatra e Sammy Davis Jr. O restante fica léguas para trás. Sua voz vezes aveludada, vezes acetinada, vezes cheia de farpas, Ella é aquilo que se ouve na penumbra sorvendo um bom vinho para deixar a mente fluir embalada pela música.

Mas e quando este conjunto de qualidades se encontra com outro tão grande e tão forte quanto Antônio Carlos Jobim, o nosso maestro Tom? O que fazer? Certamente preparar a ambulância para o ataque do coração.

Pois descobri semana passada na web um presente para os ouvidos e o coração. Um songbook de Ella cantando músicas de e para Tom, mesmo nunca tendo trabalhado com o maestro brasileiro. No repertório de “Ella Abraça Jobim”, vários sucessos imortalizados por dezenas de artistas pelo mundo todo e outras músicas que são um verdadeiro presente não só para o brazuca, mas para todos que ouvem.

Ao contrário de alguns críticos, o álbum em minha opinião é sensacional. Tenho que confessar que o repertório deixa um pouco a desejar pois “esqueceram” de algumas músicas mais conhecidas e mais sonoras, mas isso não tira o brilho e a beleza da obra que deve obrigatoriamente estar na coleção de quem gosta de um ou de outro e, principalmente, de quem gosta dos dois.

A ficha técnica e comentários sobre o songbook podem ser lidos na Amazon clicando-se aqui e o álbum pode ser encontrado via torrent, clicando-se aqui. Mas atenção, compre o CD. Não pela pirataria em si, mas para ter guardada uma verdadeira obra que reverencia um dos maiores, senão o maior artista brasileiro.

Enjoy!

O fino do jazz moderno

Minhas excursões pelo mundo musical do jazz moderno tem me dado bons frutos. Depois de Chris Botti, encontrei um novo grupo de jazz moderno que está há dias tocando em meu MP3 player. Chama-se Acoustic Alchemy, uma banda anglo-americana com mais de 20 anos de estrada e um som fino, bonito, capaz de agradar desde o mais punk até o mais eclético ouvinte.

Em seu último álbum, American English (março/2005) o grupo repassa 20 anos de carreira já reconhecida pela qualidade musical e composições maravilhosas. Cada faixa cheia de sax, guitarras, trompetes e outros instrumentos que fazem a alma do grupo e do jazz em geral.

Vale a pena conhecer.