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Por que escrever?

Quatro anos se passaram desde o último texto aqui neste blog. Neste período, águas, viagens, mudanças, encontros e desencontros surgiram mas, acima de tudo, o insano debate pessoal do por quê escrever na era de mensagens instantâneas e redes sociais.

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Fato!

Maluca de pedra

Minha vizinha é maluca de jogar pedra. São vinte para as duas da manhã e, enquanto eu estou terminando um upgrade de software, ela está com a batedeira a toda fazendo comida. De duas uma, ou brigou com o marido ou sofre de insônia.

By the way, deve cozinhar muito. O cheio que chega pelo muro aqui não é brincadeira.

Revenge

Just it

Peace

Waste of time

Nesta semana tive um colapso nervoso. Uma noite muito mal dormida desfraldando algo que fiquei adiando durante um bom tempo. Rever o tempo que gasto com tarefas e atividades, das mais simples as mais complexas, das sem importância àquelas que acreditava serem muito importantes é um exercício complexo, triste, doído mas… revelador. Leia Mais

Impossible? Mesmo?

possible

Life

Receita de vida, by Toquinho

Pegue um coração, cheio de alegria
E toda a magia de uma tarde em Itapoã.
Ponha compreensão, no seu dia-dia,
E o ruim de hoje deixe prá fazer amanhã.

Ganhe pra viver, viva com carinho
E de preferência sem ter contas prá pagar.
Olhe pra você, não pro seu vizinho,
Que o tempo que passa não vai nunca te esperar.

Tá bom mas é bom não esquecer
Que a vida não livra a de ninguém.
O nosso futuro ninguém vê,
E o presente é o que se tem.

Da morte ninguém pode falar
Pois nunca voltaram prá dizer
E só mesmo o que a gente plantar
É o que um dia vai colher

O amor e a paixão, entram nesse jogo,
A paixão é fogo muito fácil de apagar.
O verdadeiro amor, cresce diferente,
Cotidianamente a gente tem que cultivar.

A vida não é, sempre o que se espera
Pobre de quem não se considera um aprendiz.
Cada um é um, tudo vale nada,
Se até o fim da estrada não se chega a ser feliz.

Dó?

Sempre que preparo uma viagem (exceto “Operações Apache“) eu procuro saber o máximo possível dos locais para onde vou. Sites turísticos ou interessantes e regionalidades como comidas e bebidas típicas. Mesmo sendo um trabalhão enorme normalmente compensa por descobrir ou conhecer coisas interessantíssimas.

E para a próxima viagem a partir de sexta-feira não está sendo diferente. Laos e Vietnã certamente possuem coisas inimagináveis e que não podem ser perdidas, principalmente porque sabe Deus quando piso novamente nestas terras. Vontade não vai faltar. Vai faltar é grana mesmo porque sair do Brasil até aqui, vão verdes de montão.

Para estas buscas uso diversas fontes. O Wikitravel, um wiki estilo Wikipédia mas voltado a viagens é sempre parada obrigatória para consulta. Também estão na lista o Amadeus (passagens aéreas), LonelyPlanet, National Geographic e claro, o Google. Mas também uso uma outra fonte interessante que são as redes P2P onde procuro (e encontro) vídeos, documentários e textos sobre os lugares. A vantagem desta fonte é que ela se torna muito mais consistente e com conteúdo mais interessante que qualquer outra.

Um exemplo foi a procura por algo sobre o Laos e o retorno do filme Hunted Like Animals (Caçados como animais) de autoria de Rebecca Sommer. É um documentário sobre o genocídio impetrado pelo exército do Laos contra aqueles que ajudaram a CIA na guerra do Vietnã e que hoje, trinta anos depois do confilto, ainda estão sendo caçados ou estão refugiados dentro da Tailândia em campos que são um verdadeiro horror.

O que mais assusta são as imagens capturadas com fidelidade da tristeza e amargura do povo Hmong e as faces daqueles que foram multilados, de uma forma ou de outra, pelo exército, inclusive velhos e crianças.

Refugiado do Laos na Tailândia

Mas a verdade por trás do documentário é desmascarar a ajuda norte-americana ao exército para o extermínio, seja provendo armas, logística ou métodos de tortura desconhecidos ou não comuns para o povo do Laos, usando para isso a desculpa da “guerra contra o terrorismo mundial”. No resumo, o governo americano ajuda a matar aqueles que ajudaram seu exército na vexatória derrota dentro das florestas vietnamitas, como se fosse vingança por terem perdido vergonhosamente o conflito.

Se você se interessou pelo documentário, acesse o site da diretora clicando aqui. Nele você pode encontrar trailers do filme ou ainda solicitar o DVD. Mas atenção, não indico assistir à noite ou com crianças na sala. As imagens são impressionantes e podem deixar aqueles mais fracos com indigestão (como toda a verdade apresentada nua e crua).

Depois ainda pedem para que eu tenha dó dos três mil americanos que morreram nas torres de Manhatann. Será que não devo ter dó dos trinta mil caçados como animais e exilados de suas terras?