Este post está para ser publicado há tempos mas esperava pela mudança do blog. Entonces, agora cá está.
Mês passado fui realizar uma desejo enorme que tinha desde sabe deus quando: assistir um show da Banda Vega que já falei aqui no blog várias vezes. Num domingão daqueles com chuva torrencial em sampa, fui eu e minha companheira para a Paulista assistir uma peça de teatro no Itaú Cultural (que malogrou devido a zona da organização do lugar) e, como a coisa não deu certo, fomos mais cedo para a Saraiva do Shopping Paulista assisti-los. Na verdade não foi um show, mas sim um pocket show que consiste em menos músicas em um espaço pequeno e sem nenhuma daquelas super produções. Mas mesmo assim adorei, gostei mesmo porque inclusive são nestes momentos que se percebe quem é fabricado pela mídia e quem é de verdade. E estes meu chapa, são de verdade mesmo!
Todos eles (Cláudia, Mingau, Marcos e Caio) mostraram que são bons e que falta um “isso” para explodirem no cenário do rock nacional das “globos” da vida (será que precisam/querem?). Mas o destaque, desculpem os marmanjos da banda, ficou com a Cláudia. Eu sabia que a mulher tinha uma voz poderosa pelo que já tinha ouvido nos CD’s da banda, mas ao vivo a mulher é uma coisa. Vá ter voz assim nos quintos dos infernos. Ela canta tão bem (ou melhor) que nos CD’s com uma voz que não desafina e com uma força de fazer arrepiar até sobrancelha. Inegavelmente se existe “roqueira” hoje com voz para cantar, Cláudia é a própria.
No final do show comprei o novo CD que ainda não possuía e, como todo bom fã, entrei na fila para pedir o autógrafo da banda e ter mais um na coleção. Comentei que tinha estado no Timor-Leste e que lá tocava muito as músicas do CD “Flores no Deserto” para os “tugas” e para a turma brazuca e que nunca deixei de ouvir os elogios pelo som de primeira linha. No final, mais uma surpresa: além do bom papo com o Marcos (valeu nego!) e aperto de mão de Caio e Minguau, Cláudia mostrou mais uma vez a pessoa sensacional que é: sem maiores cerimônias nos abraçou afetuosamente agradecendo nossa presença, algo que não é comum para artistas (iniciantes ou não) principalmente para aqueles que se acham a última Coca-Cola do deserto como Guilherme Arantes (este é um nojo só). Como ela, tive a oportunidade de conhecer poucos na época que trabalhava em rádio: Humberto Gessinger, Carlos Maltz (que entramos num papo ferrado sobre Leonel Brizola), Léo Gandelman e o velho Billy Paul.
Infelizmente as fotos que tirei ficaram uma bosta porque não regulei a máquina pequena como devia, mas no próximo show (que certamente estarei lá) vou levar a grandona com todas as lentes e tirar foto até do avesso da banda. Já que gosto da banda e de fotografia, vai ser prato cheio. Mas dos males o menor; ainda salvou uma parte do vídeo que fiz com a câmera e que pode ser visto abaixo. Só não reclame porque não passou por edição nenhuma. Do jeito que saiu da máquina está aqui mas pelo menos dá para perceber a voz de trovão da Cláudia.
Se você estiver por sampa dia destes, acesse o site da banda e veja se tem programação. Se tiver, compre o ingresso e vá com a certeza de não se arrepender, nem mesmo se cair um pé d’agua daqueles.